De onde vem o mal? O que leva uma pessoa a desprezar seu semelhante? O que há na mente de um sociopata?

Perplexidade. Essa é a sensação que a maioria de nós tem ao se deparar com fatos como a morte de cinco pessoas de uma mesma família, ocorrida no início deste mês na zona norte da capital paulista. Além das mortes, o que mais choca é a hipótese de que o crime tenha sido cometido pelo adolescente Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, de apenas13 anos, que teria matado os pais, a avó, uma tia-avó e cometido suicídio.

Mas, como isso pode ser possível? Será que o mundo está enlouquecendo? O ser humano não tem mais amor dentro de si? São perguntas que, com certeza, rondaram a cabeça de todos que estão acompanhando o caso.

Abordado pela imprensa sobre o caso, o psiquiatra Daniel de Barros, chefe do núcleo forense do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, esclareceu que é preciso cautela antes de se determinar um culpado, já que é muito raro, em situações em que filhos matam pais (parricídios), o criminoso cometer suicídio. Além disso, crimes assim costumam ter histórico de conflitos ou violência familiar ou mesmo de interesse financeiro, o que não é o caso. Mais raros ainda, alerta o especialista, são os casos de familicídio (assassinato de famílias), que normalmente são praticados pelo chefe da família e não pelos filhos.

Casos como esse e tantos outros que têm chocado a sociedade ao redor do mundo são objeto de estudo do professor de psiquiatria e criminologia na Universidade da Pensilvânia (Estados Unidos - EUA) Adrian Raine, que recentemente lançou o livro "The Anatomy of Violence" ("A Anatomia da Violência"). Ele trabalha com a neurocriminologia, uma nova área que aplica técnicas de neurociência para tentar compreender as causas de um crime. Porém, mesmo com todo avanço tecnocientífico, Raine admite que fatores como pobreza, preconceito, maus-tratos paternos e más condições de habitação e educação podem influenciar a pessoa a ter um comportamento agressivo, inclusive afetando seu desenvolvimento cerebral.

Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a sociopatia como doença ou deficiência, caracterizada pelo desprezo pelas obrigações sociais e a falta de consideração com os sentimentos dos outros. Normalmente, são pessoas egocêntricas, com falta de empatia com outros seres humanos, ausência de sentimentos de remorso e de culpa em relação ao seu comportamento. Geralmente mentem, roubam, abusam, trapaceiam, manipulam dolosamente seus familiares e parentes, colocam em risco a vida de outras pessoas e, decididamente, nunca são capazes de se corrigir.

Esse conjunto de caracteres faz com que os sociopatas sejam incapazes de aprender com a punição ou incapazes de modificar suas atitudes. Estatísticas apontam que cerca de 3% da população e 20% dos criminosos são sociopatas. Essas pessoas são tão convincentes na arte de manipular, que, mesmo que se conviva durante anos com elas, é quase impossível imaginar o seu lado negro, mau e perverso.

Independentemente das explicações racionais que possamos ter, é humanamente impossível aceitar que alguém possa matar outro alguém por motivos banais ou mesmo sem motivo algum. Também é inevitável não pensar na profecia bíblica de que, como sinal do final dos tempos, veríamos pais contra filhos, filha contra mãe, sogra contra nora (Lucas 12.53), enfim, famílias se autodestruindo. Mas, por que isso acontece?

O jornal britânico Daily News comparou a recente chacina brasileira com a ocorrida em Amityville, vilarejo de Nova York (EUA), em novembro de 1974, quando Ronald DeFeo Jr., então com 24 anos, matou os pais e quatro irmãos enquanto todos dormiam. O caso norte-americano virou livro e ganhou as telas de cinema sob o titulo de "Terror em Amityville". No julgamento, Ronald alegou insanidade mental, dizendo que "vozes em sua cabeça" ordenaram que matasse os familiares. A promotoria do caso contestou a tese da defesa, dizendo que, embora Ronald fosse consumidor de heroína e LSD e tivesse transtorno de personalidade antissocial, estava consciente de suas ações no momento do crime. Por isso, ele foi condenado a 150 anos de prisão.

A explicação dada pelo assassino de Amityville pode parecer absurda ou até mesmo uma manobra de advogados para tentar minimizar a culpa do réu. Porém, casos de pessoas que adotam comportamentos anormais ou cometem atos violentos e afirmam ter sido "orientadas" por vozes, e até mesmo vultos estranhos, são mais comuns do que se possa imaginar.

Experimentos científicos realizados em 1907, pelo médico norte-americano Duncan MacDougall, de Massachusets, e publicados no renomado jornal The New York Times, provaram que quando o homem morre, perde o equivalente a 21 gramas, atribuídos à existência da alma. O ser humano é composto de corpo físico, de alma e de espírito. E, acredite você ou não, há uma recomendação bíblica para que as pessoas combatam o exército espiritual da maldade (Efésios 6:12), o mesmo que aliciou Ronald DeFeo Jr. para matar seus familiares e tantas outras pessoas ao redor do mundo.

Esse exército invisível, mas nem por isso irreal, tem como objetivo roubar, matar e destruir a vida dos seres humanos (João 10:10), por meio da crescente violência.

Poderemos afirmar que a única forma de vencer o mal é pela fé. E a fé vem pelo ouvir e compreender a palavra de Deus. Os espíritos do mal costumam agir e dominar a mente das pessoas: Toda pessoa que está nas mãos desses espíritos primeiro é vítima, e depois se transforma em instrumento deles, pois, além de sofrer, também acaba sendo usada para fazer sofrer. Quando a pessoa se conscientiza do problema e toma a decisão de se libertar, enfrenta uma verdadeira batalha, mas não física, e sim, espiritual.

Essa é a melhor arma para combater o mal: a Palavra de Deus. Ela está disponível a qualquer pessoa que tenha fé, independentemente de religião.

Cristiano Batista dos Santos
Enviado por Cristiano Batista dos Santos em 21/08/2013
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