DAI A CESAR

Mostrai-me a moeda com que se paga o imposto! Apresentaram-lhe um denário.

Perguntou Jesus: De quem é esta imagem e esta inscrição?

De César, responderam-lhe. Disse-lhes então Jesus: Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.

Nesta passagem bíblica de Mateus 22, Jesus deixa claro que o dinheiro, seja qual for, não é o objetivo de Deus.

O exemplo vem de cima, aquele que prega a palavra, mesmo sendo humano e estar sujeito ao erro, deve ser um exemplo para os demais, pois com certeza vai ser seguido pelos que o ouvem.

Quando vivíamos pela Lei, estávamos sujeitos a Lei, com o sacrifício e ressureição de Jesus, hoje vivemos pela graça. Se confiamos nele e o seguimos, sabemos que o justo vive pela fé, já não há Lei, somente graça.

A igreja diz que não podemos servir a Deus e ao dinheiro, mas não cessa de nos incitar a pagar o dízimo, já que ela própria não vive sem o dinheiro.

Padres são dedicados aos fiéis, doam sua vida ao próximo, mas não sabem o que é necessidade. Dificilmente você vê um padre ou pastor vestindo-se mal ou andando a pé, todos tem um bom carro, diria até que muitos se deixam levar pela vaidade e compram carrões sem nenhum pudor, até discutem sobre a potência do motor e os opcionais, por outro lado, o exemplo de Jesus é outro. Jesus andava a pé longas distâncias, pregava na chuva, nos campos sob o sol inclemente, passando muitas vezes fome e sede, ele comeu os pães e peixes que abençoou com toda a multidão. Na bíblia não se ouve falar sobre a vida financeira de Jesus, com certeza havia um caixa para as despesas do grupo, proveniente da doação das pessoas. A única vez que Jesus não andou a pé, foi quando subiu no jumentinho para entrar em Jerusalém.

Vejo padres e pastores com roupas de grife, carrões, viajando à férias no exterior, frequentando academias, anéis nos dedos, vaidade das vaidades, sempre pedindo mais dinheiro nas missas e cultos.

Filhos de pastores frequentam boas escolas particulares, cursos de linguas, viagens ao exterior, boas roupas, tudo com dinheiro de dízimo que foi abolido, pois vivemos pela graça e não pela Lei.

Se vivemos pela graça, de quanto é o dizimo, é a décima parte do que você ganha ? Certamente que não, pois pela graça você já não vive para o mundo, então pode dar tudo que ganha, não há limites de doações para aquele que vive pela graça.

Para arrecadar dinheiro nas igrejas é preciso dizer a verdade, informar os fiéis que não há obrigatoriedade, vivemos pela graça. Tornar claro a todos, as iniciativas de investimento coletivo que a igreja está administrando e tocar os corações pela graça e não pela Lei.

Chega de mentira, o cristão não pode ser pressionado pela mentira, padre e pastor, dirigente de igreja tem que dar o exemplo de austeridade com o dinheiro arrecadado, tem que ser espartano, caso contrário não é padre nem pastor pelo dom, mas pelo comodismo, pelo interesse.

Com certeza, Deus não mente, Deus é bom, Deus é amor, e pela graça vai tocar os corações dos fiéis para a participação, doação e transformação da comunidade.