QUESTÕES POLÊMICAS SOBRE RELIGIÃO

QUESTÕES POLÊMICAS SOBRE RELIGIÃO

“Não se impressione com as opiniões alheias. Há quem descreia da sua capacidade de lutar. Faz mal (u) juízo da sua honestidade. Desacredita da sua nobreza de espírito. E outras coisas mais. Eles estão errados. Deus pensa diferente de você. Não se deixe impressionar. Você é capaz. Tem honradez. Possui grandeza de alma. O mais importante é o que você mesmo pensa a seu respeito”. (Lourival Lopes).

Muitas pessoas afirmam que religião, política e futebol não se discutem. Ledo engano. São três assuntos, que apesar da polêmica deve ser discutido sim. Não existem leis que proíbam um bom diálogo em termos de conhecimento por pessoas educadas e civilizadas. A religião perfeita será aquela de cujos artigos de Fé nenhum estejam em oposição àquelas qualidades (atributos divinos), aquela cujos dogmas todos suportem a prova dessa verificação sem nada sofrerem. Como nos relata a história que de Jesus Cristo não criou nenhuma religião e como o homem é um ser “criado simples e ignorante”, e além do mais imperfeito, as religiões podem trazer embutidos em seus livros considerados sagrados, muito do animismo hominal.

A religião é antes sentimento, que conhecimento. É a alma da adoração e da justiça; o corpo dessa alma é a igreja universal. Por favor, não confundir com a IURD (Igreja Universal do Reino de Deus). A religião é um laço de atração e aproximação entre Deus e a criatura; atração da parte do Criador, que é a vontade absoluta e eterna; aproximação por parte da criatura racional, que é a vontade relativa, subordinada à ordem harmoniosa, estabelecida pela sabedoria suprema que tudo dirige e estimula. O que é Deus? A inteligência Suprema causa primária (primeira) de todas as coisas. Espírito são seres inteligentes que povoam o Universo. Os espíritos estão delineados como encarnados e desencarnados.

A única diferença é que os espíritos desencarnados depois do processo de estagnação biológica se despojaram da matéria grosseira chamada de carne. E os encarnados ainda vão se despojar. Existem inúmeras classes e ordem de Espíritos, no entanto, todos eles sejam encarnados ou desencarnados possuem o livre-arbítrio. Falando em espírito, Jesus Cristo foi o único espírito Puro a pisar no orbe terrestre. Citaremos algumas nuanças na visão da Doutrina espírita sobre ressuscitação, milagres e pais biológicos. Todas elas em termos de indagação. Jesus Cristo Ressuscitou? Diríamos que não no sentido de ter seu corpo físico restituído depois da morte. Não se pode compreender o que ocorreu com Jesus Cristo após o calvário sem considerar a existência do Perispírito.

Todos têm um corpo espiritual, suspeitado desde a antiguidade. Sabe-se hoje que é feito de uma matéria quintessenciada, uma substância vibrando acima da velocidade da luz, e que por isso ainda não é detectada por aparelhos científicos. O perispírito é o corpo principal do espírito e o acompanha no decorrer da evolução, encarnação após encarnação. Como ocorre com todos os humanos, Jesus desligou-se do corpo físico após a morte na cruz, mantendo-se presente e perceptível por meio de seu perispírito.

Dias depois surgiu para Maria de Magdala (Madalena) pelo fenômeno da materialização. Dessa forma, Jesus demonstrou a imortalidade; a vida espiritual; a existência do perispírito, a comunicação mediúnica, os efeitos físicos e tantos outros fenômenos que seriam objeto de estudos da ciência espírita 1.800 anos depois. A materialização do Espírito através de uma substância denominada ectoplasma. A ciência que estuda o ectoplasma chama-se ectoplasmia. Outra indagação importante. Jesus Cristo fez milagres? Não. Os milagres no sentido teológico não existem.

A palavra milagre (de minari, admirar) significava originalmente algo admirável ou surpreendente. Usualmente, no entanto, passou a ser utilizada para designar uma anulação das leis da natureza, evento no qual Deus manifestaria o seu poder. O livro A Gênese, os milagres e as predições segundo o Espiritismo de Allan Kardec, trata como diz o nome, de explicar cientificamente os fatos do Evangelho considerados miraculosos, que na verdade são realizados pelo sonambulismo, clarividência, mediunidade, e outros fenômenos pesquisados pela ciência espírita. (Fonte: Revista Universo espírita).

As inúmeras curas são elucidadas pelo magnetismo animal e espiritual. Afirmou Kardec no livro citado: “O Espiritismo, longe de negar ou destruir o Evangelho, vem, ao contrário, explicar e desenvolver, pelas novas leis da natureza, que revela tudo quanto Cristo disse e fez; de tal sorte que aqueles para quem era inteligíveis certas parte do Evangelho podem distinguir entre a realidade e a alegoria; o Cristo lhes parece maior; já não é simplesmente um filósofo, é um Messias divino”. O assunto mais polêmico nós iremos citar agora. Jesus Cristo teve pais biológicos? Sim.

Jesus é filho de Maria e José, e nasceu como todos os humanos, de acordo com as leis naturais. Cristo não veio mostrar uma superioridade inatingível e sobrenatural, mas viveu como nós, oferecendo um exemplo para seguirmos seus passos e agir como ele para alcançar a felicidade. Por isso, ele afirmou que somos deuses (João, 10:34), e que podemos fazer tudo o que ele fez, e muito mais, no decorrer das reencarnações. Como a maioria dos dogmas cristãos, a virgindade de Maria é uma apropriação da mitologia ancestral.

No Egito, Ísis, mãe do deus Hórus, engravidou apenas tocando com seu dedo o corpo de seu marido já morto, Osíris. O culto a Ísis é um dos mais antigos do mundo, simbolizado pela mãe amamentando seu filho, o deus encarnado Hórus. A figura de Maria com o menino Jesus ao colo é uma clara apropriação dessa antiga representação. (A Igreja Católica Apostólica Romana, ao transformar a pessoa de Maria na “Rainha dos Céus”, estava homenageando deusas da mitologia antiga como Semíramis e Isthar (Babilônia), Afrodite e Vênus (Grécia) e Diana (Êfeso) confira Jeremias 7:18). Em 378, o primeiro Papa Dâmaso (e não Pedro), cria o culto à Maria (Mariolatria).

Em 754, o Concílio de Constantinopla condena a adoração de imagens e a invocação da Virgem Maria e dos santos. O Papa Estevão II fez vistas grossas e ouvidos de mercador. A virgindade de Maria foi buscada num trecho de Isaías (7:14): “Eis que a jovem concebeu e dará a luz a um filho, e por-lhe-á o nome de Emmanuel”. Alguns tradutores para o grego confundiram o termo “jovem” (almah) com “virgem” (betulah) e escreveram parthenos (virgem, em grego) e não neamis (jovem em grego) como seria o correto. Se não fosse milenar e popular mitologia de concepção virginal da deusa Isis, provavelmente o equívoco teria sido corrigido sem discussão.

Mais recentemente, em 1854, o papa Pio IX instituiu que Maria, no instante do nascimento, foi imunizada do pecado original por Deus. Em pleno século 19, mais um dogma se estabelecia. Não podemos jamais desmerecer as qualidades espirituais de Maria, pois foi uma excelente mãe e esposa. Depois da morte de José, João Evangelista recebeu a missão de cuidar de Maria, quando ela chorava copiosamente ao ver o filho sofrer crucificado. Ela dizia> “Meu filho, meu filho e Jesus olha para ela e diz: Mulher eis aí o teu filho (João) filho eis aí a tua mãe”. Na realidade João cuidou de Maria até o dia de sua morte. Pense nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES- MEMBRO DA ACI- DA ACE- DA UBT- DA AOUVIRCE E DA ALOMERCE.

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 13/02/2014
Reeditado em 14/02/2014
Código do texto: T4690083
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