A CRUZ DE CRISTO 2 – O CRISTO NA CRUZ

Paulo Sergio Larios

“A Cruz é o ultimo argumento de Deus.”

Autor desconhecido.

INTRODUÇÃO

As crianças tem uma capacidade impar, que é o de fazerem as perguntas certas, corretas, a respeito de algum assunto. Eu tenho ensinado as minhas filhas, a Bíblia, principalmente para a mais velha, hoje com 11 anos. O adulto tem perguntas também, mas a posição, o estatus, as convenções, não lhe permite fazer perguntas aparentemente bobas, mas dificeis de responder.

Esse estudo de hoje é baseado em perguntas. O método do pregador perguntar para ele mesmo sobre o tema de sua pregação é muito util, pois nos faz estarmos adiante da duvida do ouvinte. Entenda essa lógica, que chega a ser meio infantil até. O que é a Cruz? Para responder isso precisamos nos perguntar quem era a pessoa que morreu na Cruz. Porquê mataram o moço Jesus na Cruz. Porque ele morreu crucificado e não de outra maneira. Esse morto voltou à vida? E por ora: Quais são as doutrinas principais referentes à Cruz?

1 - QUEM ERA O MOÇO QUE MORREU NA CRUZ MAIS FAMOSA DA HISTÓRIA?

Sabemos sobre a Biblia que Jesus era uma pessoa muito acessivel de lidar. Meigo, educado, sempre respondia a contento as perguntas de todas as pessoas. Muito bondoso só queria o bem das pessoas. Jesus tinha um poder incrivel, vindo da parte de Deus, pois suas curas eram impressionantes. Nunca antes surgiu um pregador igual a Jesus. Jesus fazia e demonstrava algo que a antiga religião de Israel não conseguiu, apesar de que deveria ter tentado: Jesus explicava Deus. Jesus explicou também quem era Deus e o que Ele estava fazendo na história humana, que depois de Jesus passar por essa terra, abemos hoje exatamente quem é o Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Jesus era filho de Maria e de José. Ele tinha a profissão do pai, a carpintaria. O Ministério de Jesus começou quando ele tinha trinta anos, pois essa era a idade minima para entrar na vida publica, segundo a época. Mas Jesus entrou no Ministério de Deus. Batizado por seu primo João Batista, no Rio Jordão, Jesus foi levado ao deserto para ser provado por Deus e receber os direcionamentos necessários para o seu ministério profético. Seu ministério foi curtissimo, durou apenas três páscoas, ou aproximadamente, o que se convencionou: três anos e meio. Jesus era um profeta da antiga. No Israel do passado, haviam os profetas nacionais, aqueles que eram vozes para toda a nação. Jesus era um desses profetas. Jesus era meigo, amável, cheio de amigos. Jesus tinha ao seu lado pessoas que morreriam por ele. O amor e a amizade dos amigos era tanta, que eles o seguiriam onde quer que ele fosse. Moço ainda já se tornara lider de milhares de pessoas. Sua fala era única. A sua pregação era inédita. Jesus só pregava um único assunto, desde o inicio do seu ministério até o final dele: O Reino de Deus e o Deus do Reino. Sua fala era a mais importante do mundo, pois ele falava de vida após a morte e demonstrava isso ressuscitando pessoas. Jesus falava do presente, como viver bem com seu marido, ou com seus filhos; Jesus pregava o carinho, o amor, o respeito as lideranças. Jesus dizia que o Reino de Deus viria a terra e Deus moraria dentro de nós, na pessoa do Espírito Santo. Ele profetizou que o iriam matar, mas prometeu que iria ressuscitar.As mulheres o amavam; os homens o amavam; os pobres o amavam; os ricos o amavam; todos o amavam. Seus amigos eram compostos de gente de todo canto, até romanos estavam se convertendo à sua fala. Jesus cuidava dos pobres, dos convalidos, dos perdidos, dos sem futuro. Jesus tinha em suas fileiras de amigos – ele os chamava assim – milhares de pessoas que só cresciam a todo instante. Aonde ele ia alguma coisa muito importante acontecia.

2 – PORQUÊ QUERIAM MATAR JESUS?

A principio a Sinagoga não ligou muito para Jesus. Em algum lugar alguém disse pela primeira vez sobre Jesus: apareceu um novo profeta em Israel. Mas o seu ministério foi crescendo e as pessoas foram chegando. Jesus era revolucionário e a sua fala era perigosa, demais. Ele acusava abertamente o Sinédrio de muitas coisas. Certa vez ele expulsou os cambistas de dentro do Templo, a chicotadas. Ele chamou a liderança de Israel de Raça de Víboras, cobras. Jesus era um profeta que acusava abertamente o rumo que a liderança deu a Israel. Ele confrontou todos os partidos religiosos da época. Ele confrontou todas as pessoas que chegavam até ele. Ele profetizou abertamente que a Sinagoga queria matá-lo.

OS SETE MILAGRES DE JOÃO

O Evangelho de João mostra sete milagres, todas eles mostram seu aspecto subversivo e confrontador da liderança de Israel.

1 - Água transformada em Vinho (2.1-11)

Esse milagre ocorreu num casamento e a confrontação vem quando entendemos que Deus estava, na fala de Jesus escolhendo uma outra noiva. Isarel havia sido rejeitado como noiva de Deus, como nação santa e Jesus dizia que ergueria algo chamado Igreja e até Israel, para ser salvo, deveria se tornar Igreja. A Igreja era o novo israel de Deus, pois a antiga noiva havia sido rejeitada. Começar o seu ministério num casamento era profético e confrontador.

2 - Cura do filho de um Oficial (4.46-54)

Jesus curou o filho de um nobre, que servia o rei Herodes, inimigo de Israel. Jesus pregava o amor entre os povos, mas era impossível, Israel que fora tão desprezado e subjugado durante tanto tempo, amar, como Jesus falava, os seus inimigos. Como amar Herodes? Como amar aqueles que faziam tanto mal a Israel. Nessa época Israel estava tomada. Um rei que não era de Deus. A dominação romana. Um Sinédrio de fachada. A pobreza que tomava conta das ruas. A quantidade de ladrões e grupos subversivos tomavam Israel. Todos queriam derrubar o rei. Todos queriam expulsar o romano. Israel era um barril de pólvoras e não era necessário vir um jovem qualquer e esfregar isso na cara. Curar o filho de um oficial do rei, causou inimizade com alguns.

3 - Cura do Paralítico no Tanque de Betesda (5.1-9)

Jesus continuava a aprontar. Cada milagre ia se tornando um pesadelo para a Sinagoga. Seus feitos agora eram seguidos de perto. Algumas pessoas já haviam sido encarregadas em desacreditá-lo, mas não estavam conseguindo. A cura do paralitico no Tanquede Betesda apontava para Israel e lhe dizia que Israel estava aleijado, paralitico, e que portanto perdera o valor para Deus. Jesus com essa cura dizia que Israel estava aleijada, precisando de cura. “Queres ser curado?” perguntou Jesus ao paralitico. Decerta maneira essa fala foi carregada, levada até o alto escalão de Israel, que revoltara-se excessivamente com a cura e com essa fala. Jesus só piorava para ele mesmo a situação. O ódio contra ele só aumentava.

4 - Multiplicação dos Pães (6.5-13)

Jesus tinha prerrogativas de Deus. Seus milagres ofendiam a religião judaica de uma forma nunca vista. Já bastava o João Batista, que procurou a morte e conseguiu. O seu radicalismo acusava alguém importante. João se meteu com a relação pessoal de alguém e pagou com a vida por isso. Agora Jesus multiplica pães e fala que ele é o pão da vida. Quem Jesus pensa que é: Deus? Isso é a mais alta blasfêmia possível. Jesus já se tornava réu de morte. A Sinagoga já dava mostras que a única maneira de calar Jesus era matando-o. Algumas pessoas já estavam encarregadasde matar Jesus, mas ele sempreconseguia estar um passo à frente deles e nunca era alcançado. Jesus não tinha casa, não tinha parada, saia de onde estava de madrugada, não ficava muito tempo em lugar algum. Jesus era absurdamente móvel. A Sinagoga ficava pasma da mobilidade de Jesus. Como era esperto esse carpinteiro metido a profeta. Multiplicar pães, dizer-se que era Deus, era blasfemo.

5 - Caminhar sobre as águas (6.16-21)

A Igreja vê essa passagem não só apenas como linda, mas como Deus pode andar sobre as águas, os problemas e nos chama para andar sobre eles, sobre dominar a situação. Mas para a Sinagoga da épocade Jesus, o que é que esse moço estava querendo? Era só o que faltava dizerem que ele estava andando sobre as águas. É claro que era mentira, quem andou sobre as águas alguma vez na vida. Era algo impossível, inviável. Estavam espalhan do a mentira de que Jesus andou sobre as águas, pois queriam dizer que ele era Deus? Era só o que faltava. E Jesus pregou certa vez que quem o via via o Pai. Jesus era um profeta louco. Cheio de razões e certezas e milagres enormes. Ele chamava Deus de pai, nessa época. Ensinou até uma oração, onde Deus era o Pai-Nosso. Jesus ofendia a religião de Israel, com a sua fixidez e leis corretas. Certa vez ele usou a própria lei para acusar a lei: “Atire a primeira pedra quem não tiver pecados”. Jesus profetizava que o Templo de Israel, baluarte da eligião judaica, iria ser destruída e que em trêsdias ele a reconstruiria. Ele era um louco e precisava ser calado, mas não de qualquerforma, pois multidões andavam com ele. Ele precisavaser morto de forma exemplar. Tinha que doer, tinha que ser vergonhosa a sua morte.

6 - Cura de um cego de nascença (9.1-7)

Jesus curou um cego, o que apontava para Israel, cega de ódio, de rancor, de rapina, de ladrões, de corrupção. A Sinagoga estava cega, Israel estava cega, mas não era necessário ninguém dizer isso. Israel não enxergava mais Deus. Isarel não o reconhecia mais. Isarel não era mais a religião de Deus, não daquele jeito. Jesus veio e disse no primeiro milagre que Deus escolhera uma noova noiva. A noiva atual era cega de traumas, de ódios, de corrupção. Seus lideres estavam rejeitados. Haviam dois sumos-sacerdotes em Israel e nenhum era qualificado. Chegava a época de consagrar o cordeiro e Deus escolheu João Batista para batizar nas águas a Jesus Cristo. Segundo constava ele estava qualificado a falar em Nome de Deus e isso era aterrorizante para Israel, pois ou Deus estava com a Sinagoga, ou Deus estava com Jesus. Será que a Sinagoga estava cega? Começaram a pensar alguns da própria Sinagoga.

7 - Ressurreição de Lázaro (11.17-44)

Jesus demonstrava prerrogativas de ser Deus, o que era impossível e a mais alta blasfêmia possível. A Sinagoga tinha o dever de parar esse profeta metido a besta. A solução era matá-lo e ai ele ressuscitou o seu amigo Lázaro, um homem que morreu e ficou, perante muitas pessoas morto. Quando Jesus chegou no tumulo de Lázaro, depois de quatro dias, o tumulo estava apinhado de gente que não queria ir embora – veja a importância e o amor que tinha por Lazaro. Jesus ressuscitou um morto de quatro dias, perante tantas e tão distintas pessoas que era inegável os seus milagres. Resolveram então matar Lázaro também, o que demonstra nessa fala, que a morte de Jesus era iminente e certa. Jesus tinha que morrer e Lázaro também.

3 – PORQUÊ NUMA CRUZ?

Jesus poderia ser morto com uma facada, pela espada, afogado, envenenado, de mil e uma maneiras possíveis, mas Jesus foi morto na Cruz. Porquê Jesus morreu crucificado e não de outra maneira?

A mortede Jesus necessitava de ser de tal monta que espalha-se os eus seguidores, Israel não queria umarevolução nas mãos. A morte de Jesus precisava ser algo tramado de tal jeito que os seus seguidores, os seus discipulos e apóstolos – é, Jesus os estava organizando – se espalhassem e pensassem duas vezes em perpetuar os seus ensinos subversivos. Mas a mortede Jesus precisava doer nele, Jesus. Jesus tinha que morrer lentamente da pior forma possível. Sua morte deveria doer demais e ser horrível demais. Como matar Jesus então? Óbvio, crucificado.

A cruz é até hoje o mais vil objeto de tortura já inventado pelo ser-humano. A cruz tem um aproveitamento de 100%. Ninguém jamais desceu da cruz vivo. Todos que foram crucificados morreram. Quem iria ser morto pela cruz era obrigado a carregá-la, o que era uma tortura psicológica impressionante. Imagine o pavor de levar o objeto que vai matá-lo. Jesus foi pregado na cruz, pelos braços e pelos pés. Jesus foi pregado pelos pulsos, onde as principais terminações nervosas do corpo passam. A dor de ser ferido nesse lugar é terrível. Jesus foi chicoteado antes. Colocaram uma espécie de coroa de espinhos em sua cabeça. Os espinhos entrando no couro cabeludo traziam dores tão fortes, que ao respirar, a pessoa tinha impressão de que milhares de faquinhas entravam dentro da sua mente. A coroa furando a fronte furada por enormes espinhos e a nuca também, eram suficientes sozinhas para matar Jesus. As chicotadas sem dó que lhe deram os endemoniados soldados eram suficientes para matá-lo. Jesus chegou na cruz, meio morto. Os pregos furando seus pés, imobilizados, um por sobre o outro, traziam dores inimaginadas. Jesus era um corpo inteiro e desfigurado de dor. Quando a cruz foi levantada, o peso do corpo forçava o peito do crucificado para frente e ele não conseguia respirar. A cabeça do crucificado pesava toneladas de dor. O corpo caindo para a frente, mas pregado numa cruz, ia rasgando a pele. As câimbras percorriam o corpo inteiro o coração dava seus ultimos suspiros, forçado ao máximo. O crucificado já estava numa taquicardia constante, sem respirar, sufocado, o corpo inerte, as cãimbras, todas as terminações do corpo doendo ao mesmo tempo. Todos os seus órgãos do corpo falhavam. Os rins gritavam. A sede era avassaladora. A fraqueza no corpo ia colocando a pessoa como numa nuvem de dor, num sonho pisicodélico. A cruz é a mais dolorosa tortura já inventada até hoje. A cruz é pavorosa. A cruz é vergonhosa.

A cruz era um simbolo de vergonha. O crucificado ficava nu, ou quase. Seu corpo não tinha mais controle por suas faculdades e ele expelia fezes e urina. Muitos vomitavam. Ver um crucificado era algo pavoroso. As mães fechavam os olhos dos filhos ao passarem perto das cruzes em Israel. Os homens desviavam o olhar. O crucificado olhava da sua cruz os seus entes queridos e ele sabia que estava sendo um espetáculo medonho profundamente traumático.

Jesus não foi morto de qualquer jeito. Jesus foi morto de forma vergonhosa e inigualavelmente dolorosa. Jesus foi morto de forma exemplar. Os “cristãos” pensariam duas vezes em querer continuar a serem seguidores desse charlatão.

4 – JESUS RESSUSCITOU

E ai começaram a vir as noticias de que Jesus ressscitou. O que mais vai exprimir os corações da Sinagoga nessa época, eram as pregações de Pedro, no inicio de Atos dos Apóstolos. Esse Jesus que vocês mataram, era o Filho de Deus. Voces... mataram o Filho de Deus. Aquele que vocês mataram, é o Filho de Deus e Ele ressuscitou.

Essa pregação de Pedro era muito grave, pois ou a Sinagoga fez um favor para Deus, matando um profeta estranho e blasfemo, ou a Sinagoga conseguiu a ira de Deus, pois mataram o Filho dEle. Ou Deus estava com Israel, ou Deus estava com Jesus. Dizer que Jesus ressuscitou era expor essas verdades.

O Nome de Jesus

20Esse poder ele exerceu em Cristo, ressuscitando-o dos mortos e fazendo-o assentar-se à sua direita, nas regiões celestiais,

21muito acima de todo governo e autoridade, poder e domínio, e de todo nome que se possa mencionar, não apenas nesta era, mas também na que há de vir.

22Deus colocou todas as coisas debaixo de seus pés e o designou como cabeça de todas as coisas para a igreja,

23que é o seu corpo, a plenitude daquele que enche todas as coisas, em toda e qualquer circunstância. (Efésios 1:20-23)

A ressurreição de Cristo nos mostra na fala de Paulo em Efésios que a sua passagem e seus sacrificio por essa Terra, deu-lhe o título, o reconhecimento de estar Acima de todo governo, autoridade, poder e dominio, ou de qualquer nome que se possa mencionar, abaixo é claro do de Deus. A ressurreição de Jesus mostra que ele conseguiu e que ele tem um título agora, O Nome Acima de Todo Nome. Jesus tem o poder sobre todos os poderes, sobre todas as autoridades, sobre toda potestade, sobre qualquer poderio.

5 – PRINCIPAIS DOUTRINAS REFERENTES À CRUZ

São muitas as doutrinas referentes sobre a Cruz de Cristo. As principais são a Expiação, a Substituição e a Satisfação. Sobre essas falarei posteriormente.

Graça e Paz!

pslarios
Enviado por pslarios em 02/03/2014
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