O Nada Não Existe
           
     Não sinto por decepcionar muitos filósofos, teóricos e racionalistas, porque tenho prazer em dizer: o nada não existe.
            Pois, se o nada existisse, não brilharia em cada um a força que emerge depois das desilusões.
            Caso ainda de não termos nenhuma mãe chorando quando perdesse um filho, ou qualquer um quando vê partir o ser amado.
            A esperança não é o nada, pois ela se fia em um sentido inato, que transcende a razão, mas que não a contraria.
            Quem contraria a razão é o nada, pois prega que fez o tudo surgir.
            E como pode algo nascer do nada e permitir que tenhamos todos esses sentimentos e permitir que floresça a própria razão? Sinto que não há o nada, mas como o provar? Quero que também provem qual a fonte dos sentimentos.
            Algum cientista já viu em laboratório a célula do amor, ou a do ódio, a do desprezo, a da amizade, da sinceridade, do afeto, de todos esses nossos contraditórios e tentou provar sua existência, embora todos saibamos que existam?
            Se o nada existisse, por que seríamos honestos, justos, bons e corretos?
            O nada nega qualquer atitude boa e justifica a existência dos maus.
            Aliar-se ao nada e justificar que tudo dele provem é negar a essência da razão, do sentimento, de tudo o que nos compõe enquanto seres humanos e que nos afasta da barbárie e do animalesco.
            Quem quer justa confirmação da inexistência do nada pode, e deve, fazer uma única pergunta para si mesmo todos os dias: o que preciso fazer para ser eternamente feliz? A seu turno cada um encontrará a resposta e a confirmação de que não há o nada...
 
(Jurandir Araguaia é escritor, palestrante motivacional espírita, ex-fiscal-ambiental/Goiânia, Auditor Fiscal/Go, formado em Ed. Física e Adm. de Empresas. Site: www.jurandiraraguaia.com)