“10 ‘MALES’ QUE ESTÃO SUFOCANDO A IGREJA BRASILEIRA”.

“10 ‘MALES’ QUE ESTÃO SUFOCANDO A IGREJA BRASILEIRA”.

Pr.Luciano Costa.

1º O LIBERALISMO TEOLÓGICO.

Movimento que não crê na Bíblia como Palavra de Deus. Que afirma não crê nos milagres bíblicos, não crê que a Bíblia Sagrada é inerrante e infalível entre outros disparates à fé cristã. O liberarismo teológico tem sido uma forma de racionalizar a fé, desmistificar os milagres, reinterpretar Cristo, como um cristo histórico, e reformular a maneira de ler, entender e interpretar a Bíblia Sagrada. Seus expoentes se auto intitulam “teólogos”, contudo são meros especuladores, céticos, procurando destruís os pilares do cristianismo histórico. Ler Sl 119, 89 ; II Pe 1. 20-21.

OBS: Alguns deles são: Karl Barth ( Teologia Dialética) , Bultmann ( Teologia Existencialista) e Paul Tillch ( Teologia do Ser).

Barth, que não cria que a Bíblia é a Palavra de Deus, infalível, divinamente inspirada, e que seria simplesmente um livro, mas pelo menos um livro através do qual podemos chegar a Palavra de Deus. Também dizia ser a Bíblia um documento humano e falível.

O Bultmann, é cheio de heresias: segundo ele Jesus não foi concebido pelo Espírito Santo, nem nasceu da virgem Maria, sofreu sob Pôncio Pilatos e foi crucificado, mas não desceu ao Hades ( inferno), não ressuscitou dos mortos e nem subiu aos céus. Também não está assentado a direita de Deus Pai e não voltará para julgar os vivos e os mortos.

Por fim, Paul Tillich. Que afirma que dizer que Deus se fez homem é uma afirmação sem sentido. (aqui quero citar I João 4.2,3 “Nisto conhecemos o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus, e todo espirito que não confessa que Jesus não veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo...).

Para Tillich, Deus não é natural nem sobrenatural. Sua ideia de Deus não é trinitária nem pessoal.

Como podem se chamados estes hereges de “Maiores teólogos do século XX?”. E não citei vários outros que poderiam ser citados.

(Extraído do Livro Teologia Contemporâneo, Pr.Vicente de Paula Leite. CETADEB. Curso Avançado de Teologia. 1ª edição.jul/2011)

2º APOSTASIA TEOLÓGICA.

É a proliferação de doutrinas extras bíblicas e a negação de Doutrinas Básicas do Cristianismo histórico. Com o surgimento de “novas teologias” que buscam adaptar a verdade do evangelho a ensinamentos de homens réprobos quanto a fé. “E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade.” 2 Pedro 2:2. Hoje, o Evangelho de Cristo tem sido contestado em face desses apóstatas que negaram a fé bíblica e Cristocêntrica. Paulo já advertia a Timóteo: “Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrina de demônios, pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência.” II Tm 4. 1-2.

3º TEOLOGIA DA PROSPERIDADE.

Corrente teológica que prega que o crente não pode adoecer, não pode ser pobre, não deve passar por dificuldades financeiras e/ou sofrimento nessa vida. Prega que Deus é ‘obrigado’ a realizar determinadas coisas se nós fizermos a oração certa, usar a fé inteligente e etc, essa corrente teológica é mais usada nas igrejas neopentecostais, contudo hoje até mesmo outras igrejas estão abraçando essa teologia. Tendo sua origem no “movimento da fé”, que tem como precursor Kenneth Hagin, David Coopeland, entre outros americanos. Tendo chegado ao Brasil na década de 90 e encontrado solo fértil nos evangélicos brasileiros, principalmente na vertente pentecostal (ou pseudo-pentecostal?) o neopentecostalismo. Essa teologia continua fazendo seus clientes adeptos, e principalmente vítimas, visto que nem todos os que seguem os ditames por ela apregoados se tornam verdadeiramente “prósperos”, segundo a sua concepção de ser próspero. Ler I Tm 6. 3-5; Fp 3. 18-21.

4º TEOLOGIA DA BATALHA ESPIRITUAL.

Essa teologia emprestada dos EUA tem levado muitos crentes a praticarem ritos e outras atividades que jamais foram praticadas pela igreja pentecostal histórica. Seguindo ensinos de ex-bruxos, ex-feiticeiros e outros autores americanos e brasileiros que tem abraçado essa ‘nova corrente teológica’. Muitos livros têm sido publicados para quebrar maldições hereditárias, e outras mais. Muitos têm permanecido dependentes de orações de libertação realizados por supostos ‘pastores’ e homens que conhecem o mundo do sobrenatural. Dentro da acepção desse ensino ( também chamada de “Teologia do Domínio”) todos os males são originados na ação de espíritos malignos. Até mesmo a pobreza, desemprego, enfermidades diversas, dificuldades no relacionamento conjugal, e etc. A questão desse ensino se for levado a sério, é que o homem não é moralmente responsável pelos seus atos, visto que o que ele faz o faz impelido por demônios e não é voluntariamente pecador. Quanto a libertação do pecador, ela será condicionada a orações de pessoas com experiência na “área de libertação”, e ainda será preciso várias “sessões” para que a mesma seja por fim liberta do poder do mal. Sugiro ler, II Co 5, 17.

5º HEDONISMO

Hedonismo: O hedonismo (do grego hedonê, "prazer", "vontade"1 ) é uma teoria ou doutrina filosófico-moral que afirma ser o prazer o supremo bem da vida humana.2 Surgiu na Grécia, e importantes representantes foram Aristipo de Cirene e Epicuro.2 1 O hedonismo filosófico moderno procura fundamentar-se numa concepção mais ampla de prazer entendida como felicidade para o maior número de pessoas*.

Muitos vivem uma busca apenas pelo seu bem estar, seja ele social econômico, familiar entre outros; contudo o Evangelho de Cristo nos chama para uma vida de comunhão com Ele, de luta, de renúncia, de santidade. Hoje há uma inversão de valores. Como afirma Renato Vargens: “Existe o Evangelho dos Evangelhos e o evangelho dos evangélicos!” Este “evangelho dos evagélicos” promove o antropocentrismo, a fama, o sucesso pessoal, o enrriquecimento, as glórias desse mundo! Algo muito distante do prega o Evangelho de Cristo nos comssiona para pregar o arrependimeto e a chegada de seu Reino. Que ele mesmo diz que não é comida e bebida, mas justiça e paz no Espírito Santo. Ler Mt 6.33 ; Jo 18.36; Lc 17. 21.

* Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

6º O EVANGELHO ANTROPOCÊNTRICO.

Este evangelho tem colocado o homem no centro. Levando muitos a acreditarem que o seu conforto e bem estar é a essência do evangelho que professam. Muitas são as suas formas de divulgação: livros, pregações, a música e etc. Um dos meios de proclamação dessa concepção, na qual o homem está no centro das atenções, e que o mesmo pode exigir e desfrutar do melhor dessa terra, porque simplesmente é o filho do Rei, são as músicas gospels. Há uma repetição de um sem número dessas músicas que exaltam o homem, que o elevam a categoria de campeão, vencedor, e etc. E ainda mais que apresenta uma mensagem triunfalista, na qual mais uma vez Deus não é glorificado, apenas opera (trabalha) para servir ao homem. Certamente este “evangelho” não prepara verdadeiros cidadãos dos céus que buscam a justiça do Reino aqui na terra, justamente por serem ensinados a serem ensimesmados, a terem a ideia que Deus está como um serviçal para atender a todos os seus anseios. Paulo escrevendo aos irmãos em Filipos advertiu: “Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo. O fim deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles é para a confusão deles mesmos, que só pensam nas coisas terrenas.” ( Fp 3. 18-19). Ler Mt 6. 1-18 ; I Jo 5. 14- 15.

7º O MISTICISMO EM NOME DE ESPIRITUALIDADE.

A prática do ‘misticismo evangélico’, isto é, de uma suposta espiritualidade cristã, tem levado muitos crentes a darem toda a ênfase a experiência espiritual, a um ‘mover no sobrenatural’ em detrimento de uma vida de piedade e santidade cristã. Esse misticismo promove-se tendo como parâmetro a experiência mítica, sem levar em conta o que ensina a Palavra de Deus. Dentro dessa operação ritos, símbolos, e campanhas de libertação são mais relevantes do que o ensino, do que a busca pela santidade. Buscam-se pessoas dotadas de poderes “mágicos”, de uma “revelação especial”, para poderem ter contato com o divino. Este misticismo cresce assumindo diversos contornos. Até mesmo lugares são tidos como sagrados, nos quais Deus opera poderosamente, estando a sua operação determinada à frequência e assiduidade dos crentes aos mesmos. Também dentro desse misticismo temos o retorno de objetos “sagrados”, “ungidos” detentores de poderes espirituais para aplacar o mal. Ler Rm 16. 18; I Co 11. 13-15; Cl 2. 4, 18.

8º O RELATIVISMO MORAL E ÉTICO.

O que era pecado no passado, hoje já não é mais. Bem, isso é uma incongruência, pois na verdade o pecado permanece sendo pecado, e a desobediência a Deus também. Contudo, a partir de “novas” interpretações do texto bíblico, muitos têm relativizado princípios morais, éticos, entre outros. Talvez seja essa a razão de tantos divórcios entre cristãos? Fornicação entre os jovens? Bem, como de casos extraconjugais no meio das lideranças. Essa lassidão moral não encontra respaldo bíblico, é apenas uma tentativa de adaptar os desejos pecaminosos do homem a interpretações equivocadas da Palavra de Deus. Por isso, o sal que deveria salgar, tem perdido o seu poder de influenciar. (Mt 5. 13). Mateus escreve que por se multiplicar o pecado o amor de muitos esfriaria, vivemos esse tempo. Contudo, princípios bíblicos são inegociáveis, não mudam; doutrina é permanente, outras coisas são relativas e condicionadas à cultura, igreja, credo e etc. Ler Is 5. 20; II Tm 3. 13.

9º A POLÍTICA ECLESIÁSTICA E A BUSCA POR TÍTULOS E CARGOS NA HIERARQUIA DA IGREJA.

Processo eletivo com padrões seculares. A busca de maiores títulos eclesiásticos: bispos, apóstolos, e agora reis. Sem dúvida a lista é extensa de aberrações nessa área. Contudo a igreja brasileira está em forte processo de apostasia em alguns de seus segmentos. A hierarquização da fé é apenas um dos muitos sintomas que demonstram isso. Poderíamos falar da simonia que há em várias denominações, o cargo “episcopal vitalício”, ente tantas outras coisas que tem provocado a fragmentação da igreja brasileira em intermináveis lutas pelo poder eclesiástico. São tantos títulos para atribuir (mais poder? mais status?) novas funções de lideranças que até mesmo quem não conhece a verdade bíblica fica escandalizado. É claro que esses homens se auto intitulam de “ungidos” de Deus, fiquemos com a Palavra que nos alerta para esse tempo presente, dias que antecedem o retorno de Cristo para arrebatar a sua igreja. Portanto observemos que nos disse Paulo: “Porque ainda sois carnais, pois havendo entre vós inveja ,contendas e dissensões, não sois porventura, carnais e não andais segundo os homens?”. (I Co 3.3). Assim posto, Paulo ainda continua falando dos partidarismos que existiam na igreja que estava em Corinto. Tudo girando em torno de grupos que preferiam seus líderes e rivalizavam com os demais, o que hoje não e diferente.

10º O RETORNO DAS INDULGÊNCIAS PLENÁRIAS.

Indulgência era uma forma de compensar a falta cometida, pecado não confessado, não abandonado; prática que a igreja católica inventou, para arrecadar recursos para seus papas. Naquela época a indulgência “garantia” a libertação da alma do pecador do purgatório, levando-a ao paraíso, mediante o preço pago ao Papa através das mesmas. Hoje esta indulgência ressurge como forma de ‘adquirir’ as bênçãos de Deus. Essa práxis ressurge com a teologia da prosperidade, com suas campanhas de arrecadação de ofertas, estipuladas, premeditadas. Outro aspecto é a venda de objetos sagrados, lenços, toalhas, campanhas aonde o crente investe seu dinheiro para depois ser abençoado por Deus. São heresias modernas. Práticas próprias dos neopentecostais. Contudo que hoje não mais se limitam apenas esse movimento. Esse movimento tem enriquecido a muitos de seus líderes, que hoje possuem jatinho, fazendas e construíram verdadeiros impérios pessoais à custa da fé de pessoas que acreditaram está cumprindo uma orientação bíblica.

CONCLUSÃO

Muitos fatores tem sufocado a igreja brasileira, outros aspectos poderiam ser colocados aqui, ou substituídos, porém tudo começa com pequenas coisas até que alcance proporções gigantescas. O analfabetismo bíblico tem permitido que os crentes sejam facilmente manipulados por lideranças sem escrúpulos. A falta de oração e discernimento espiritual tem deixado à igreja vulnerável a ação de espíritos enganadores. Aqui é apenas um vislumbre da real situação, muito poderia ser dito, contudo aqui fica esse simples alerta.

Pb. Luciano Costa

Pedagogo – UERN

Atualmente pastoreia a Assembleia de Deus na Cidade de Riacho de Satana/RN.