RELIGIOSIDADE E ESPIRITUALIDADE

RELIGIOSIDADE E ESPIRITUALIDADE

Duas palavras bastante conhecidas, e que têm uma importância fundamental na vida de todos os hominais. Religiosidade tem uma derivação latina (religiositate) e uma qualidade do religioso, disposição ou tendência para a religião ou as coisas sagradas, ou escrúpulos religiosos. Já a espiritualidade representa a qualidade ou caráter de espiritual, refere-se também a doutrina acerca do progresso metódico da vida espiritual. Quando nos referimos à religião vem à mente os templos, as assembleias, os centros, as igrejas entre outros.

De derivação grega (enklesia), assembleia de cidadãos, assembleia de fiéis, e pelo latim (eclesia) - Templo cristão, autoridade eclesiástica, a comunidade dos cristãos, o conjunto dos fieis ligados pela mesma fé e sujeitos aos mesmos chefes espirituais, Igreja é a assembleia dos adoradores, dos justos e dos que amam. A igreja é uma árvore colossal, cujos frutos nem sempre foram os melhores. Dizem que a igreja ideal será aquela que reúna todas as qualidades boas e repila de si todas as más.

A que acompanhe e acarinhe a ciência, como a sua melhor evangelizadora, apropriando-se dos trabalhos que ela insensível realiza na senda da verdade, ao mesmo tempo em que mantenha os princípios espirituais do culto à mesma verdade, de que a Ciência conquista a demonstração. Lembre-se de que a verdadeira igreja é invisível, porque se compõe de todas as almas retas, que só Deus conhece.

As igrejas são sempre santas em seus fundamentos e o sacerdócio será sempre divino, quando cuide essencialmente da Verdade de Deus, mas o sacerdócio político jamais atenderá a sede espiritual da civilização. Sem o sopro divino, as personalidades religiosas poderão inspirar respeito e admiração, não, porém, a fé e a confiança. Aqui estamos nos referindo a todos os templos cristãos. Cristo também tem a sua igreja? Claro que sim.

A igreja do Cristo tem por templo o vosso planeta, por fiéis todos os homens que praticam a sua moral simples e sublime e por sacerdotes todos os corações puros que arrebanham espíritos transviados para reconduzi-los àquele que empunha o grande cajado de pastor. A igreja do Cristo é o conjunto dos filhos do Senhor, filhos submissos e zelosos, que se reúnem pelo pensamento, quando não o podem fazer de fato. Aqui inserimos uma indagação feita por muitos religiosos ou estudiosos de teologia. "O que Paulo de Tarso pensava do Cristo"?

E você o que pensa do Cristo? Paulo tem sido acusado de ter introduzido no Cristianismo um Cristo diferente de Jesus dos Evangelhos. Ele fala mais do "Cristo, Rei dos séculos" do que Jesus, o carpinteiro de Nazaré, que ele não viu em carne. Ele se gloria de ser apóstolo, não do "Jesus carnal", mas do Cristo imortal, que lhe aparece às portas de Damasco, e o transformou totalmente.

Alguns teólogos afirmam que Paulo de Tarso transformou o humilde Jesus da Galileia num herói redentor do mundo, à maneira dos super-homens dos escritores gregos. Essas suposições são do estudioso em religião Huberto Rhoden. Cristo é sim o redentor do mundo, porém, não é o único Messias de cujas obras hão sido testemunha a Terra.

Uma multidão de Espíritos Superiores, encarnados entre nós, o havia de ter por auxiliares na sua missão libertadora. Pedra angular da civilização a porvir. O único Espírito Puro a pisar o orbe terrestre. Médium de Deus. Modelo e paradigma de salvação. É o mensageiro de eterna beleza, gravando, ainda e sempre, poemas de alegria e paz, consolação e esperança nas páginas vivas do coração humano. Jesus é com certeza o Cristo encarnado na Terra. Você duvida?

Filho de Deus e emissário de sua glória, seu maior mandamento confirma Moisés, quando recomenda o amor a Deus acima de todas as coisas, de todo coração e entendimento, acrescentando, no mais famoso decreto divino, que nos amemos uns aos outros, como Ele próprio nos amou.

Sobretudo nas Epístolas aos Colossenses, aos Efésios e aos Felipenses, exalta Paulo as glórias do Cristo Cósmico, que bem pouca semelhança tem com o singelo Jesus dos evangelistas.

Paulo descreve a passagem do Cristo pré-humano para um super-Cristo pós-humano, tornando-se maior depois da encarnação do que era antes. O Cristo é segundo João, o "Unigênito do Pai", a creação única da Divindade, o único Teogênito (novo gerado), ao passo que nós e todas as outras creaturas somos Cristo-gênitos, creados pelo "Cristo".

"Por ele foram feita todas as coisas, e nada do que foi feito sem ele."

Essa é a confusão que certos teólogos fazem entre Deus e Divindade que tem proporcionado muitas controvérsias seculares e milenares. Segundo escreve Rhoden os livros sacros, sobretudo na visão de João e de Paulo de Tarso, o Cristo é Deus, mas não é Divindade. Pelo que aprendemos Deus é o princípio supremo considerado pelas religiões como superior a natureza. Ser infinito, perfeito, criador do Universo. A própria Igreja Católica na oração da Ave-Maria diz que Maria é a mãe de Deus. E aí o que dizer?

Nas religiões politeístas, divindade de personificação masculina, superior aos homens, e à qual se atribui influência especial, benéfica ou maléfica, nos destinos do Universo. Objeto de um culto ou de um desejo ardente, que se antepõe a todos os demais desejos ou afetos. Na filosofia o Princípio supremo de explicação da existência, da ordem e da razão universais, e garantia dos valores morais.

Em nossa humilde opinião pode o "Cristo" ter recebido a missão divina de construir o planeta, pois, o Pai arquitetou para ele. Sendo Espírito Puro, ele não é Deus, pois o único Deus para nós humanos, ele o chamava de Meu Pai. Paulo de Tarso na verdade foi um dos que revolucionou o cristianismo, visto que os primeiros seguidores de Jesus eram chamados de "seguidores do Caminho" e após a conversão de Paulo é que se costumou chamar de cristãos os seguidores de Jesus.

Há quem afirme que Paulo como um falsificador dos evangelhos, como um contrabandista que tenha introduzido no cristianismo um Cristo Cósmico ao lado do singelo Jesus nazareno. João era místico e descreve no início do seu Evangelho: "No princípio era o Logos, e o Logos estava com Deus, e o Logos era Deus." Fica o questionamento, O Cristo Cósmico, pré-humano, e o Jesus cosmificado pelo Cristo, pós-humano. Esta é a síntese de Paulo, o Alfa e Omega da sua vivência e de todas as suas epístolas.

Em nossa opinião, Cristo era assim chamado, o Espírito ainda não encarnado na Terra. Depois da sua encarnação, ele passou a se chamar de Jesus, e como sua encarnação foi na Terra ele pode ser considerado Jesus humano. Ele sempre afirmava e suas explanações, "Eu sou filho do Homem"! Nós somos filhos do homem, mas também, através de Jesus nos tornamos filhos do Altíssimo. O mais importante e que devemos assimilar, são os seus grandiosos ensinamentos que perduram até os dias atuais.

Seja filho do Homem, seja filho de Deus não tira sua condição de Espírito Puro, o único a pisar o solo terrestre. Que Jesus seja louvado. Para que não paire nenhuma dúvida, Paulo depois de convertido ao afirmar que todo ser humano é dotado de um corpo espiritual, ele pensa mais além, só que ele não faz a distinção entre materialidade e espiritualidade. Cristo encarnando na Terra, mesmo com todo evolução espiritual passa a ser um Jesus humano. Pense nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI- DA ACE- DA UBT E DA ALOMERCE

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 15/10/2014
Reeditado em 15/10/2014
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