Algumas perguntas importantes sobre o islamismo (com suas devidas respostas) que muitos ocidentais gostariam de fazer

O que é o islã?

Islã significa submissão a Deus. Islamismo é uma religião monoteísta, culto a um só Deus. Alá significa Deus e para muitos muçulmanos Alá é o mesmo Deus que apareceu a Abraão, na Bíblia.

Quando surgiu?

O islamismo foi fundado pelo profeta Maomé, no século sete da era atual (depois de Cristo).

O que é o Corão?

Corão ou Alcorão é o livro sagrado, que segundo a crença, foi ditado pelo anjo Gabriel a Maomé. Maomé memorizava os versos e mandava secretários escreverem.

O que são hadits?

Hadits são textos que contêm leis (algumas que não se encontram no Corão), lendas e histórias sobre a vida de Maomé.

Se Deus já se manifestou na Bíblia, porque precisou criar nova religião?

Muçulmanos acreditam que a Bíblia foi modificada com o tempo, devido a inúmeras traduções, e com o tempo, os escritores deturparam a palavra de Deus. Já o Corão atual é o mesmo que foi concebido no tempo do profeta, portanto, foi preservado sem nenhuma alteração.

No entanto, mesmo entre alguns eruditos muçulmanos, existem aqueles que pensam que o Corão também sofreu modificações com o tempo, devido principalmente a disputas entre os seguidores do profeta, que tinham ideologias e interpretações diferentes dos textos corânicos.

Se o islã é uma religião de paz, como afirmam, porque vemos tantos atos violentos cometidos por muçulmanos nas últimas décadas?

No início do islã, Maomé desenvolveu uma doutrina mais espiritual e compassiva. Preocupado com a vida miserável da população, subjugada pela classe dos ricos, ele, de forma análoga a Jesus, clamou por mais justiça, caridade com os pobres, proibiu o infanticídio (comum entre os pobres por não conseguirem sustentar tantos filhos), dizendo que a comunidade iria ajudar a criá-los. Ele também era tolerante com as demais religiões, e disse que ninguém devia ser convertido ao islamismo na base da ameaça ou da força: sura 2,256: “Não há imposição quanto à religião”.

Segundos os historiadores ocidentais, ainda na época da vida de Maomé, quando o islamismo já era uma religião forte, com milhares de adeptos, o discurso muda de tom. Percebemos ao ler o Corão que se antes havia tolerância para judeus e cristãos, e eles conviviam pacificamente, assim que o islã se torna um poderoso exército, e começa a entrar em terras estrangeiras, a ordem é perseguir e matar cristãos e judeus. Os infiéis, como são chamados os que estão fora do islamismo, serão preservados se aceitarem pagar os tributos.

Mas depois de vários avanços por terras ocidentais, o islã capitulou diante dos exércitos cristãos, e por volta do século quinze os muçulmanos recuaram para seus locais de origem. Principalmente nos séculos dezoito e dezenove, países como Inglaterra, França e Estados Unidos invadiram países da África e da Ásia, onde viviam muitos muçulmanos, e os escravizaram, roubaram suas riquezas, exploraram seus recursos naturais, e foram condescendentes com governos tiranos e corruptos que trataram de explorar ainda mais a população.

Por tudo isso, no começo do século vinte alguns muçulmanos intelectuais começaram a nutrir um terrível ódio do Ocidente, e um desejo de vingança se espalhou entre eles.

A Irmandade Muçulmana foi criada com a intenção de voltar aos princípios do islã, interpretando as escrituras literalmente. O desejo desta e de outras organizações radicais é de destruir o Ocidente, e espalhar o islamismo pelo mundo todo.

Os atos violentos que vemos nos últimos anos, são executados por uma minoria chamada de fundamentalista ou extremista. A maioria dos muçulmanos, porém, é pacífica e deseja viver em paz com todo mundo. A maioria gostaria de ter as mesmas liberdades que têm os ocidentais e desaprovam a violência em nome do islã.

O que é islamização?

É um termo criado para explicar o aumento de muçulmanos vivendo no Ocidente. Devido ao crescente número de casos de violência envolvendo jovens muçulmanos na Europa, nas últimas décadas têm crescido o número de opositores à entrada de muçulmanos em países europeus. Eles defendem um maior rigor ao visto dado aos imigrantes. Outros, de extrema direita, querem o fechamento das fronteiras a todos os muçulmanos. Seus argumentos são:

Eles não se integram ao estilo de vida ocidental;

Mesmo que na vida social tentem agir de acordo com as leis ocidentais, em casa preservam os costumes de seus locais de origem: batem nas esposas, praticam a poligamia, mutilam os órgãos genitais de suas filhas, e em alguns bairros de maioria muçulmana, estão implantando a sharia (lei religiosa): cortam membros de ladrões, apedrejam mulheres acusadas de adultério, agridem homossexuais, obrigam as ocidentais a vestir o véu, etc.;

São perigosos. Mais da metade de presidiários em países como a França, Alemanha e Inglaterra é muçulmana;

Se deixá-los entrar, vai crescer os atos de terrorismo. Calcula-se que hoje existem cerca de 1.200 jihadistas (extremistas religiosos) somente em solo francês;

Dão muitas despesas ao estado social. Eles têm muitos filhos, a maioria está desempregada e vivem às custas dos contribuintes europeus;

As madrassas (escolas para crianças muçulmanas) e mesquitas (templos de oração) que estão se alastrando pela Europa são lugares onde pregam o ódio ao Ocidente e incitam jovens a se filiar aos outros terroristas.

Os que são a favor da entrada de imigrantes, inclusive de muçulmanos alegam que:

A maioria se integrou bem ao modo de vida ocidental. Alguns presidentes europeus informam que não tem nada a se queixar da maioria dos muçulmanos;

A Europa envelheceu e precisa de mão de obra estrangeira;

Deve-se respeitar a cultura dos outros;

Deve-se acolhê-los por razões humanitárias e cristãs, pois muitos são refugiados políticos ou sofrem perseguição religiosa;

Quem acha que o islã vai dominar a Europa está enganado. Pois a maioria não é religiosa fanática assim como não o são a maioria dos cristãos e judeus.

É verdade que os muçulmanos vão dominar o mundo?

Aqueles que acreditam que isso vai acontecer, dizem que há duas formas em andamento para a dominação do mundo pelo islã:

A pacífica: sugerida pela maioria dos clérigos, é através da alta taxa de natalidade em famílias muçulmanas. Como a procriação em famílias no Ocidente vem baixando, com o tempo haverá mais muçulmanos do que cristãos.

A violenta. Sugerida pela minoria radical. Pensam em destruir o Ocidente através do medo de atos de terror. Convertendo à força para o islã, acreditam que em breve desaparecerá qualquer resquício da civilização ocidental e enfim, o islamismo triunfará absoluto no mundo.

Como seria o mundo dominado pela religião muçulmana?

Se for liderada por religiosos moderados, talvez seria como se observa hoje em países como a Turquia, em que as mulheres têm algumas liberdades, como andar com a cabeça descoberta, dirigir automóvel, estudar e se formar em faculdades.

A Turquia é um estado secular, sem religião oficial; mas cerca de 98 % são muçulmanos. Acredita-se que só uns 66% vão rezar nas mesquitas e observem os costumes religiosos. A constituição da Turquia consagra a liberdade religiosa e de consciência. Então não haveria problemas de relacionamentos entre muçulmanos e demais credos.

Se for liderada por extremistas, a sharia seria aplicada a todos.

O que seria proibido:

Seguir outra religião, ateísmo, homossexualidade, pornografia, casas de prostituição, liberdade de expressão, ouvir música não religiosa, pintar quadros ou desenhar, namorar, andar de mãos dadas em público, mesmo que fosse entre casados, danceterias, bebidas alcoólicas, banho de mar e piscina em trajes de banho, mulher ir a estádios, andar sem a companhia de um masculino da família, etc.

Como seriam as punições:

Adúlteras, homossexuais, depravados: apedrejamento até à morte ou enforcamento;

Ladrões: mutilação.

O que seria lei:

Mutilar meninas em seus órgãos genitais;

Poligamia para o homem;

Trajes que cobririam totalmente a mulher, deixando de fora somente o rosto;

Seria permitido:

Homens casar com meninas novas;

Marido bater na esposa desobediente.

Os que defendem a implantação da sharia no mundo todo, e há inclusive intelectuais ocidentais que desejam isso, alegam que o mundo sob a religião muçulmana seria melhor e haveria mais ordem e moralidade.

Por que os muçulmanos praticam a mutilação em suas filhas se o Corão não fala nada sobre isso?

Realmente o Corão não manda os pais mutilarem suas filhas. Ocorre que existem dois hadits (para alguns eruditos, não legítimos), em que o profeta teria concordado com esse costume, que vinha já dos tempos do antigo Egito, e cuja finalidade era profilático, ou seja, evitar infecções devido a areia do deserto. No entanto, entre famílias com melhor grau de instrução, esse costume tende a desaparecer.

O Corão realmente trata a mulher como inferior?

Depende da interpretação e do verso escolhido.

Vou mostrar um trecho em que o Corão trata a mulher com igualdade perante o homem:

Proíbe um homem casar com uma mulher sem que ela deseje: “Ó fiéis, não vos é permitido herdar as mulheres, contra a vontade delas” (sura 4,19).

Aqui, ela é inferiorizada:

Corão 4,34: "Os homens têm autoridade sobre as mulheres porque Alá fez um superior à outra". No entanto, a tradução do professor Samir El Hayek (ou, interpretação, como ele acha mais correto dizer) mostra que a superioridade masculina é apenas física, “Os homens são os protetores das mulheres, porque Deus dotou uns com mais força do que as outras”. Os estudiosos que não concordam com a submissão feminina, encontram na sura 4,1 prova de que Alá as fez com direitos iguais ao homem: “Ó humanos, temei a vosso Senhor, que vos criou de um só ser, do qual criou a sua companheira e, de ambos, fez descender inumeráveis homens e mulheres. Temei a Deus, em nome do Qual exigis os vossos direitos Mútuos”.

Como esses, há outros versos que mostram que a mulher ora é tratada igual, ora inferior ao homem. Muitos estudiosos explicam essas discrepâncias por conta de o Corão ter sido reescrito diversas vezes, seguindo interesses dos copistas, de forma análoga a que ocorreu com a Bíblia.