Recursos financeiros e a religião

É sensato pensar que ninguém realiza coisa alguma sem recurso financeiro.

Existe uma certa ojeriza, certo repúdio, manifestado pelo senso comum quando nas instituições religiosas,até mesmo nas casas espíritas, fazem referência a este assunto. Como se fosse "proibido" levar ao conhecimento dos adeptos a real situação financeira daquela agremiação; uma forma saudável de integração comunitária, de transparência e responsabilidade social.

Então de maneira alternativa promovem-se bingos, sorteios e bazares a fim de manter o árduo trabalho social realizado por essas "casas" que não possui qualquer espécie de apoio, subsídio governamental.

O problema é como conciliar o auxílio financeiro oferecido com a destinação e propósitos do que é arrecadado???

Sabemos que poucos, voluntariamente, conseguem enxergar e analisar as necessidades de verbas para a manutenção estrutural de uma instituição sem fins lucrativos, especificamente aqui, as de ordem religiosa.

Viramos as costas como se isso não fosse compromisso e responsabilidade nossa condicionados à adeptos e usuários. Outra questão recaí sobre a forma como esses recursos são administrados. E aí que a "coisa pega"!

Sabemos que existem religiões que contam com dizimistas e ofertantes fidelíssimos que dão este suporte por princípios, valores e principalmente fé.

Já cheguei a ver afixado num mural dentro de uma igreja católica,(lugar de destaque) a exposição vexatória e difamatória das pessoas inadimplentes com o dízimo...Pessoal! isto é ridículo!!. E atentem que eles recebem dividendos e subsídios vindos de várias fontes, principalmente do Vaticano e do governo federal (são os únicos) por se tratar da religião "disfarçadamente oficial" de nosso país, muito embora decretado sua condição de laicidade.

Penso que se não fosse a maneira espúria, ilegal e anti ética das práticas e das abordagens extorsivas recaídas sobre "o rebanho" a fim de sugar, muitas vezes, aquilo que eles nem possuem, à custa da desinformação, da deseducação espiritual, não haveria tanta suntuosidade, tanta ostentação, tanto aparato tecnológico que sustenta este sistema religioso.

E isto, imagino, não deve estar nem um pouco agradando a Jesus.

Néo Costa
Enviado por Néo Costa em 18/06/2015
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