MERCADO DA FÉ

Quero cientificar que nesse artigo não tenho a intenção de atacar ou criticar qualquer igreja ou denominação e sim criticar as práticas de soluções mágicas de problemas e da forma deturpada de pregar o evangelho.

Portanto gostaria de iniciar este pequeno artigo com o seguinte questionamento “Ministério é Vocação ou Profissão?”

Quando tratamos de religião, tratamos da história de cada ser humano em particular, pois a religião esta ligada a todos os aspectos da vida; espirituais, sociais e até mesmo político. A religião fala das necessidades mais profundas e das aspirações mais sagradas, que procuram ser feitas através das crenças, práticas e instituições religiosa. Em Tiago 1. 26-27 fala o seguinte: "Se alguém cuida ser religioso e não refreia a sua língua, mas engana o seu coração, a sua religião é vã. A religião pura diante do nosso Deus e Pai é esta: Visitar os órfãos e as viúvas, nas suas aflições e guarda-se isento da corrupção do mundo". Mais tenho observado nesses dias um crescimento desordenado das igrejas evangélicas e o despreparo de alguns líderes.

Alguns movimentos vêm crescendo na comunidade evangélica os quais têm fugido de um culto racional e de adoração, como também do propósito de pregar a palavra de Deus, revelando um pragmatismo religioso onde destacam experiências subjetivas, revelações especiais dando ênfase a realização de milagres mediatizados, como norma de fé, deturpando o verdadeiro sentido de adoração e pratica do evangelho. Praticam uma interpretação bíblica alegorizante, teatralizada e tendenciosa ao que dão aos líderes um papel crescente de mediadores de bênçãos divinas, daí seus cultos baseiam-se na oferta especializada de serviços mágico-religiosos, de cunho terapêutico e taumatúrgico, centrados em promessas de concessão divina de prosperidade material, cura física e emocional e de resolução de problemas familiares, afetivos, amorosos e de sociabilidade, transformando a relação com Deus em negociata, dando ao culto um caráter mercantilista revestido de um misticismo pagão. Corrompem valores espirituais envolvidos com politicagem e toda sorte de engano a respeito da salvação e com essas práticas eles atraem e convertem majoritariamente todos os indivíduos independente de classes sociais, raça e cor, muitos deles em crise pessoal e/ou financeira, geralmente mais vulnerável a esse tipo de evangelização. Em Oseas 4.6 Deus fala o seguinte: "O meu povo perece por falta de conhecimento" Esse é um versículo muito forte, pois diz respeito a nossa responsabilidade individual de buscar conhecimento e a verdade a respeito de tudo que estamos vivendo, estamos perecendo pela falta de conhecimento. Negligenciamos conhecimento, menosprezamos a grande maioria das ferramentas de aprendizado que Deus coloca em nossa vida e, assim, caminhamos cada dia rumo a apostasia e longe dos caminhos estabelecidos pelo Senhor. Podemos então através dessas observações afirmar que seus líderes não passam de profissionais da fé, fazem do ministério uma profissão.

Em Mateus 24.24 diz o seguinte: Pois se levantarão falsos cristos e falsos profetas e apresentarão grandes milagres e prodígios para, se possível, iludir até mesmo os eleitos.

Já Paulo escreveu: "Rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles. Porque os tais não servem a Cristo nosso Senhor, mas ao seu ventre; e com palavras suaves e lisonjas enganam os corações dos inocentes." (Romanos 16:17-18).

Pedro disse: "Mas houve também entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá falsos mestres, os quais introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesma repentina destruição." (2 Pedro 2:1)

Diante do que foi visto podemos concluir que as práticas heréticas estão enraizadas e diluídas em meio ao cristianismo verdadeiro e cabe a nós conhecedores da palavra de Deus separar o joio do trigo e guiar os nossos irmãos em Cristo no caminho da verdade e do conhecimento.