As estranhas escolhas de Deus

O modo de Deus fazer as coisas é sempre surpreendente e, por vezes, estranho para a lógica humana. Parece que Deus vê as coisas de ponta cabeça. Para ilustrar isso basta fazer uma rápida viagem pela história bíblica.

Ele escolheu um jovem casal pobre para assumir a paternidade terrena de seu filho Jesus. Uma cidade longínqua e insignificante no interior da Palestina foi escolhida como local para o nascimento desse Filho.

Escolheu um grupo de pastores pobres, gente da periferia, como os primeiros convidados a conhecer o menino recém-nascido e o significado de seu nascimento.

Esse Filho, por sua vez, adotou um comportamento estranho para a época e cultura: Tocou em leprosos, perdoou adúlteros, dialogou com prostituas, conviveu com pessoas de reputação suspeita, adotou o amor e o perdão como respostas às atitudes e ações agressivas. Identificou as crianças como padrão de pureza e põe em questão a sabedoria dos adultos. Exaltou os fracos e ignorantes e expôs a insensatez dos sábios e entendidos deste mundo.

Fez sua entrada em Jerusalém como filho de Deus, o Messias, montado num jumento. Com essa atitude zombou da pretensão dos homens sempre ávidos por receberem homenagens e demonstrarem prestígio.

Confiou a tarefa de anunciar a mais importante notícia de todos os tempos a um grupo de homens iletrados, sem educação refinada, que não conheciam os clássicos da literatura, nem da filosofia grega e nem da ciência. Escolheu a “loucura” da pregação como instrumento de anúncio da graça salvadora de Deus.

Morreu como um marginal sob as mais abjetas humilhações e transformou a cruz, antigo símbolo de maldição, em instrumento de salvação. E, por fim, subvertendo a ordem natural do mundo até aquele momento, ressuscitou de modo glorioso para a absoluta derrota do inferno, para surpresa de seus perseguidores, e para a suprema alegria de seus seguidores e de todos os que nEle crêem.

A ordinária lógica humana jamais será suficiente para compreendê-lo e nunca encontrará categorias para definí-lo. Nada nos resta a não ser cairmos diante dEle em adoração à semelhança do Apóstolo Paulo... “Oh profundidade das riquezas tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus... quem conheceu a mente do nosso Senhor?”