Um certo Galileu

UM CERTO GALILEU

A música para-liturgica “Um certo Galileu” é um dos maiores sucessos fonográficos do talento de José Fernandes de Oliveira, o conhecido Padre Zezinho, SCJ e inclusive titula seu primeiro álbum (1975), à época um LP, hoje convertido em CD.

Recordo que o referido LP me foi dado em 1980, presente do amigo João Pedro, hoje na casa do Pai, na saída de um encontro de casais (Bodas de Caná) do qual participamos, em Pelotas, RS. Com o tempo o “bolachão” gastou de tanto uso, e me obrigou a adquirir um CD, que ouço até hoje.

Há dias, um amigo compartilhou comigo um vídeo do Facebook de um recital do Padre Zezinho onde ele conta que recebeu criticas de bispos (três ou quatro deles) sobre a música em questão, que havia “matado Jesus Cristo”, pois a letra termina com a morte do Mestre e omite a ressurreição e outros “dogmas”. Não sei se essas críticas são fruto de zelo pastoral, ciúme ou inveja. Esses dois fatores não são difíceis de visualizar entre eles. Abaixo, a letra original que minha geração cantou..

Um certo dia, a beira mar, apareceu um jovem Galileu. Ninguém

podia imaginar que alguém pudesse amar do jeito que ele amava.

Seu jeito simples de conversar, tocava o coração de quem o

escutava. E seu nome era Jesus de Nazaré, sua fama se

espalhou e todos vinham ver o fenômeno do jovem pregador

que tinha tanto amor. Naquelas praias, naquele mar,

naquele rio, em casa de Zaqueu. Naquela estrada, naquele sol, o

povo a escutar histórias tão bonitas seu jeito amigo de se

expressar enchia o coração de paz tão infinita. Em plena rua,

naquele chão, naquele poço e em casa de Simão, naquela relva,

no entardecer o mundo viu nascer a paz de uma esperança. Seu

jeito puro de perdoar fazia o coração voltar a ser criança. Um

certo dia, ao tribunal, alguém levou o jovem Galileu. Ninguém

sabia qual foi o mal e o crime que ele fez; quais foram seus

pecados. Seu jeito honesto de denunciar mexeu na posição de

alguns privilegiados. E mataram a Jesus de Nazaré e no meio de

ladrões puseram sua cruz, mas o mundo ainda tem medo de

Jesus que tinha tanto amor...

Depois do desafio episcopal, o gênio criador de Zezinho compôs a quinta estrofe, a seguir, que se tornou o fecho da inspirada melodia:

Vitorioso, ressuscitou, após três dias à vida Ele voltou.

Ressuscitado, não morre mais, está junto do Pai Pois Ele é o

filho eterno, mas Ele vive em cada lar e onde se encontrar um

coração fraterno. Proclamamos que Jesus de Nazaré Glorioso e

triunfante Deus conosco está Ele é o Cristo e a razão da nossa

Fé, e um dia voltará!

E-mail: kerygma.amg@terra.com.br

Site: www.antoniogalvao.com