OS ANJOS EXISTEM?

OS ANJOS EXISTEM?

Lá por 1965 lancei, pela Editora Vozes, de Petrópolis, o livro que titula esta matéria, que logrou obter mais quatro reedições, por conta da significativa aceitação da crítica e do público leitor. Posteriormente, outra editora (de São Paulo) trouxe da Europa um trabalho sobre angelologia que, por conta do sucesso da minha obra ganhou o título “Os anjos existem!”, embora o original tivesse outro nome. Como o meu “Os anjos existem?” fosse um campeão de vendas, eles utilizaram o mesmo título, apenas com a mudança do sinal. É para ver como em todos os ambientes tem gente safada. Dei um estrilo e a editora entrou na justiça contra a clonagem do título do meu livro, e os picaretas foram condenados a retirar do mercado o motivo da fraude.

Feito o preâmbulo literário, vamos ao assunto tema desta matéria. Eu escrevi o livro em nome da minha fé, pois desde criança me foi inculcada a crença no poder ajudador do anjos, a partir do nosso anjo da guarda que nos protege individualmente diante de todos os perigos. Recordo do tempo da minha infância, havia na casa da minha avó materna, um quadro pendurado na parede, com uma pintura, onde duas crianças tentavam atravessar uma ponte, sobre um riacho de águas turbulentas, guiados por um anjo que as protegia dos buracos existente no crítico assoalho do pontilhão.

Na última semana de janeiro podemos assistir, na cidade de Fortaleza, a atuação do anjo da guarda, confirmando para nós a existência desses seres sobrenaturais, mensageiros de Deus. Fugindo do indispensável controle de sua mãe, uma criança, de um ano e pouco, uma menina, Beatriz, chegou perto da janela e caiu lá embaixo, do terceiro andar, de uma altura de quase nove metros. Diante da comoção dos que assistiram o fato, a menina que inicialmente permanecia imóvel, começou a se mexer, levantando-se naturalmente. Quando alguém lhe estendeu a mão, a criança já estava se levantando, saiu caminhando na direção dos seus familiares que a contemplavam atônitos.

Medicada no hospital, ficou constatado que Beatriz nada sofreu, exceto um arranhão no rosto, conforme mostrou a televisão. Um fato como este, não há como explicar logicamente o ocorrido, a não ser sob a visão sobrenatural da intervenção do anjo que protegeu a pequena garota, ante a ameaça de uma queda que se afigurava como uma tragédia mortal. Se algum cético ou ateu questionar a eficácia protetora dos anjos, o relato do verdadeiro milagre que salvou a vida de Beatriz, é argumento suficiente para demonstrar a presença e o poder do anjo da guarda.