JESUS ENSINAVA A IMORTALIDADE DA ALMA
Jesus foi o maior divulgador da crença na imortalidade da alma. Em vários momentos, o Mestre procurou esclarecer os céticos ou endossar essa doutrina diante daqueles que já acreditavam nela.
Em certa ocasião, debatendo com os saduceus que eram os mortalistas, isto é, as pessoas que não acreditavam na imortalidade da alma, daquela época (Atos 23:7-8); Jesus relembrou as palavras do Anjo a Moisés: “Eu Sou o Deus de teus pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó” (Êxodo 3:6).
Trazendo à memoria dos saduceus esse episódio, Ele acrescenta: “Ora, Deus não é Deus de mortos, mas de vivos”. Querendo assim, mostrar aos discípulos de Zadok que o Anjo não disse: “Eu Fui” tampouco afirmou: “o Deus que Abraão adorou”, mas, asseverou apenas: “Eu Sou”. Indicando que os três patriarcas estavam vivos e ainda eram servos do Eterno, permanecendo conscientes no mundo espiritual e o senhor continuava sendo o seu Deus.
Em outra circunstancia, Jesus conversando com os fariseus, grupo que era imortalista, ratificou a sobrevivência e o estado cônscio da alma no além-túmulo, através da parábola do rico e Lázaro (Lucas 16: 19-31). Essa metáfora tinha como um dos três personagens desencarnados justamente o espírito de Abraão.
Ora, Jesus reprovou a descrença mortalista dos saduceus e apoiou o imortalismo farisaico, reforçando ainda essa crença através de uma parábola; significando que o próprio messias divino compartilhava desse credo, caso contrário, teria repudiado publicamente a ideia da sobrevivência da alma como fizera tantas vezes ao referir-se à hipocrisia e ao legalismo dos fariseus.
Outra confirmação da imortalidade da alma ocorreu durante a transfiguração (Lucas 9:30), onde o espírito de Moisés, desencarnado e retornado para junto da comunidade espiritual dos hebreus muitos séculos antes (Deuteronômio 32:50; 34: 5,6,8; Josué 1: 1-2), materializou-se diante de Jesus em plena demonstração de que a vida continua e com ela mantém-se também a dinâmica das relações humanas nos dois planos.