Em um debate no rádio o caloroso locutor falava das decisões que são tomadas hoje e que não duram nada. As alianças que são quebradas sem preocupação com o outro. E terminou no ar e começamos o nosso. Tão caloroso quanto os jornalistas e com argumentos contundentes quanto.

Cada um apresentava sua posição com segurança, o meu silêncio parecia covardia, mas não era. Eu só queria compreender o que era dito e a verdade pôr trás de cada frase.

Era como se fosse um bando de gente perfeita. Ninguém errava e muito menos admitia erros. Até que, como um golpe de consciência um fala: sabemos de tudo que fazemos de errado? Na teoria cristã somos os melhores, mas teoria não salva ninguém.

Eu sorri e balancei a cabeça apoiando. Então com coragem e menos calor começamos a liberar nossos corações para uma conversa mais sincera.
E uma pergunta que não conseguia calar era: Porque mesmo sabendo que aquela amizade nos levará ao erro, porque sabendo que ficar na internet fora do horário de circulação comum em casa nos levará a hábitos pecaminosos e ainda o fazemos?

Porque não nos entregamos a Cristo como nos entregamos ao pecado? Ali nós começamos a ver quão miseráveis somos sem Jesus.
Entregamo-nos a paixões infames sabendo que essas poderão nos destruir e destruir nossa comunhão com o Espírito Santo, mesmo assim nos entregamos (o espírito está pronto, mas, a carne é fraca)

Vemos tudo isso todos os dias, somos experientes em identificar ciladas, só não conseguimos ser fortes quando ela está à nossa frente.

Depois de horas debatendo o assunto a conclusão foi uma só: Não somos quem imaginamos ser e nossa visão da realidade e do imaginário é oposta. Diante do cristianismo é a mesma forma. Sabemos tudo para aconselhar, mas estamos no mesmo patamar dos discípulos. Eles caminhavam com Jesus, conheciam Seu poder de cura e de maravilhas, já o Ser Deus em Cristo não tinham nenhuma noção. Quando Jesus ressuscitou eles disseram: verdadeiramente Esse era o Filho de Deus.

Estamos dentro da igreja, vendo e ouvindo tudo que Jesus tem feito, mas quando o pecado está à nossa frente escolhemos errar porque Jesus está somente na nossa mente e não na realidade do cotidiano.

A realidade da vida cristã não sabemos como lidar, não é falta de conhecimento, mas falta de compreender quem somos diante do Rei.

Eu vejo meus erros sei quando vou cair e não faço nada para mudar essa realidade. Essa é a nossa conversa sempre que nos deixamos seduzir pelo pecado. Como foi com os discípulos, só damos conta quando descobrimos que servimos a Deus em Cristo porque sabemos de Seu poder e não porque Ele é Deus.

Então não vale a pena brincar com o pecado, porque sabemos quem ele é e sabemos o que acontecerá conosco. Ainda sim nos entregamos. O que fazer? Lutar para que não sejamos seduzidos pôr ele e não nos acharmos forte o suficiente para encará-lo, pois não somos. A carne é fraca e sempre tendenciosa ao pecado.

Leticia Carrijo
leticiacarrijo81@gmail.com

 
Leticia Carrijo
Enviado por Leticia Carrijo em 24/07/2017
Reeditado em 24/07/2017
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