NASCIMENTO DO CISNE

NASCIMENTO DO CISNE

Francinei Sousa da Silva

RESUMO

A presente pesquisa aborda sobre a vida e a obra do cisne que foi enviado por Deus. O principal objetivo deste artigo é analisar de forma minucioso a biografia do cisne de Deus, sabendo que esse cisne iniciou seu voo na Alemanha e continuou voando pelo mundo inteiro. Esta pesquisa classifica-se quanto à abordagem como qualitativa, referente aos objetivos é descritiva, e quanto aos procedimentos técnicos classifica-se como bibliográfica. As buscas foram realizadas no banco de dados de sites como Google Acadêmico e outros sites, tendo como base vários autores que falam a respeito do tema em questão, outras fontes de pesquisas foram: livros, bíblias e revistas. Nesse artigo espera alcançar os objetivos que são: relembrar a importância do cisne alemão para o cristianismo, revelar os propósitos de Deus através do cisne que tentaram queimar, porém não conseguiram e conscientizar as pessoas que é imprescindível que haja uma nova reforma no cristianismo, essa reforma significa voltar para os princípios cristãs que existia na Igreja do primeiro século.

Palavras-chaves: Deus, Cisne, Reforma, Cristianismo.

BIRTH OF THE SWAN

ABSTRACT

The present research deals with the life and work of the swan that was sent by God. The main purpose of this article is to analyze in detail the biography of the swan of God, knowing that this swan began its flight in Germany and continued flying all over the world. This research is classified as qualitative approach, referring to the objectives is descriptive, and as for the technical procedures it is classified as bibliographical. The searches were done in the database of sites such as Google Scholar and other sites, based on several authors who talk about the topic in question, other sources of research were: books, bibles and magazines. In this article he hopes to achieve the goals that are: to remember the importance of the German swan for Christianity, to reveal the purposes of God through the swan that tried to burn, but failed to make people aware that there is a need for a new reformation in Christianity, reformation means returning to the Christian principles that existed in the first century Church.

Keywords: God, Swan, Reformation, Christianity

INTRODUÇÃO

É importante relatar a história de Martinho Lutero por se tratar de um acontecimento histórico que desmascarou a igreja católica apostólica romana nas práticas que não estava em conformidade com a bíblia sagrada como, por exemplo, a venda de indulgências.

É bom ressaltar que Lutero deu início a mudança de pensamento da época que si estendeu a várias épocas. Se hoje existe diversidade religiosa no cristianismo foi por motivos que houve uma reforma denominada reforma protestante.

Na disciplina de Romanos lecionada pela professora Elizabeth Lacerda na instituição Seminário e instituto Bíblico Maanaim compreendeu-se a importante contribuição de Martinho Lutero para o Cristianismo. É necessário observar a vida e obra de Martinho Lutero para entender como era a doutrina eclesiástica e para relembrar o que acontecia naquele período antes da reforma e conhecer porque foi preciso haver uma reforma.

É de suma relevância conhecer a reforma luterana. Esse tema deve ser bastante aprofundado pela sua importância histórica, social e religiosa. Lutero é um grande herói que contribuiu para que a igreja de Cristo aproximasse-se da sua forma original. Martinho ajudou no retorno mais próximo da igreja primitiva. Para que tudo isso acontecesse foi preciso uma reforma protestante iniciada com êxito por Martinho Lutero.

Martinho Lutero desafiou as doutrinas da igreja católica apostólica romana por haverem ensinamentos divergentes as sagradas escrituras. Com a meditação da bíblia sagrada Lutero teve seus olhos abertos.

Esse reformador deixou vários pensamentos importantes para reflexão e uma melhor visão da interpretação das escrituras. Porém, Lutero deixou um enunciado que marcou a história da reforma protestante, a frase pronunciada por Martinho Lutero foi: “Quem prega o evangelho em todos os seus aspectos, menos nas questões relacionadas com os problemas de seu tempo, não está pregando o evangelho” (STEVEN 2013).

Lutero voltou-se contra os ensinamentos católicos a partir que leu e meditou na carta do apostolo Paulo aos romanos, a carta que despertou Lutero foi romanos 1.17 que diz: “o justo viverá por Fé”. Com isso o monge alemão descobriu que o homem é justificado pela Fé em Jesus Cristo, para Martinho romanos 1.17 é a “descoberta do evangelho”, essa descoberta provocou como consequência a reforma protestante.

Após a venda que “cegava” Lutero desfazer-se, houve uma grande indignação do Monge contra a venda de indulgências. Ele não aceitava que partes do céu fossem vendidas, pois Lutero entendia que o céu não poderia ser negociado. Como forma de Protesto Martinho desenvolveu 95 teses que iriam contra algumas doutrinas da igreja católica.

Esse reformador lutou contra toda e qualquer forma de mentira, para ele a verdade deveria prevalecer. Segundo Lutero: “a mentira é como bola de neve, quanto mais rola, tanto mais aumenta”. Martinho foi responsável por desmascarar a mentira da igreja católica relacionada à venda de indulgência. Essa mentira permaneceu por muito tempo, até que um dia ela teve fim.

Então, pergunta-se: Por que a mentira da venda de indulgência sobreviveu por muito tempo? Por que Lutero conseguiu fazer aquilo que outros não conseguiram? No tempo de hoje é necessário acontecer outra reforma?

REFERENCIAL TEÓRICO

1. Biografia do Cisne

De acordo com o livro a heroica ousadia de Martinho Lutero. Lutero nasceu em Eisleben, Alemanha, a 10 de novembro de 1483, sua família era constituído de camponeses católicos alemães, pelo fato de Lutero ter sido criado num lar católico, ele recebeu uma disciplina muito rígida. Martinho foi ensinado orar aos santos, realizar boas obras, reverenciar o papa e a igreja, entre outras coisas.

Com apenas 12 anos em Magdeburgo Martinho foi aluno de uma escola de uma irmandade religiosa. Em 1505 aconteceram fatos importantes na Vida de Lutero como, por exemplo: recebeu grau de Mestre em Artes da universidade de Erfurt e começou a estudar direito.

Lutero resolveu torna-se monge e entrou no mosteiro Agostiniano de Erfurt, isso aconteceu pouco tempo após iniciar seus estudos de Direito. Tempo depois deixou o mosteiro para ensinar filosofia moral na universidade de Wittenberg

Martinho continuou os seus estudos e obteve o título de doutor em teologia. Lutero lecionou teologia bíblica na universidade de Wittenberg de 1513 a 1518. Com o passar dos anos o monge agostiniano começou a sofrer uma angustia que provocou muitas aflições. Essa situação originou-se pelo fato que Lutero não conseguia compreender como uma pessoa que tem um coração com desejos pecaminosos poderia esperar salvação diante de um Deus santo e puro.

Justo Gonzales declara que Lutero:

Supunha-se que as boas obras e a confissão fossem a resposta para a necessidade que aquele jovem monge tinha de justificar- se diante de Deus. Porém não bastavam nem uma coisa nem outra. Lutero tinha um sentimento muito profundo de sua própria pecaminosidade e cada vez mais tratava de sobrepor-se a ela, mas cada vez mais se apercebia que o pecado era muito mais poderoso do que ele. Isto não quer dizer que não fosse um bom monge, ou que levasse uma vida licenciosa ou imoral. Pelo contrário, Lutero se esforçou em ser um monge perfeito. Repetidamente castigava seu corpo, segundo lhe ensinaram os grandes mestres do monarquismo. E sempre socorria-se do confessionário com tanta frequência quanto fosse possível. Porém tudo isso não bastava. Se para que os pecados fossem perdoados, era necessário confessa-los, o grande medo de Lutero era esquecer alguns de seus pecados. Portanto, uma e outra vez repassava cada uma de suas ações e pensamentos e, quanto mais os repassava, mais pecado encontrava. (GONZALEZ 2001).

O tempo de aflição de Lutero chegou ao fim quando houve a resposta ao questionamento do monge, essa resposta foi encontrada na bíblia. Martinho descobriu mediante a meditação nas sagradas escrituras que não há alguém que mereça ser salvo pelas suas obras, mas sim pela fé em Jesus Cristo. Lutero entendeu que somente pela Fé em Jesus Cristo é que o homem pode ser Salvo, pois não outra forma de ser salvo a não ser por Cristo.

Em junho de 1525, Lutero casou-se com Catarina de Bora, uma ex-freira. O casal teve seis filhos e abrigaram onze órfãos. Durante a sua vida Martinho publicou cerca de 400 obras, incluindo comentários bíblicos, catecismo, sermões e tratados. Esse monge também escreveu livros, hinos para a Igreja. Diversas línguas publicaram parte de suas obras.

Em 1546 Lutero faleceu, aos 63 anos de idade, em sua cidade natal Eisleben. O corpo de Martinho foi sepultado na igreja do Castelo de Wittenberg, onde cerca de 30 anos antes, havia afixado suas 95 teses.

1.1. Revolta do Cisne

Lutero se revoltou contra a corrupção que a igreja católica efetuava naquele período. A igreja católica apostólica romana estava distorcendo a palavra de Deus, por esse motivo Martinho começava a nutri um sentimento de indignação contra as doutrinas Católicas.

A igreja católica afirmava que a escada na qual Jesus desceu ao palácio do tribunal de Pilatos foi removida para Roma, e que aqueles que arrastassem de Joelhos beijando cada degrau teria seus pecados perdoados por Deus. Lutero ao chegar na escada santa exclamou desesperado:

Em Roma eu quis livrar meu avô do purgatório, e subi a escadaria rezando um paternoster em cada degrau, pois estava convencido de que se orasse assim, poderia livrar e redimir a alma dele. Mas quando cheguei ao último degrau, o pensamento me vinha: quem sabe se isso é Verdade? (STEVEN 2013)

O papa Leão X em 1517 autorizou a venda de indulgência na Alemanha para que contribuíssem para a construção da basílica de são Pedro em Roma. As indulgências estavam sendo mercantilizada de forma repugnante. Nesse período o principal vendedor das indulgências era o monge dominicano João Tetzel.

Tetzel discursava de uma forma convincente que muitas pessoas compravam as indulgências. O discurso mais famoso de Tetzel foi: “Assim que a moeda tilintar no cofre, uma alma é libertada do purgatório” (STEVEN 2013).

A notícia da venda de indulgência chegou aos ouvidos de Lutero que resultou numa inconformidade que perturbou o monge agostiniano. Em consequência da inquietação de Lutero surgiu as 95 teses protestando a doutrina católica da venda de indulgência.

Martinho Lutero defendia a ideia de que o papa não possui a autoridade para remir qualquer culpa, com exceção de anunciar o perdão dos pecados mediante a remissão dado por Deus a todos que se arrependerem. Percebe-se a revolta de Lutero em algumas frases reflexivas como, por exemplo:

“É insulto à palavra de Deus quando, em um mesmo sermão, tempo maior é gasto falando de indulgência do que desta palavra”.

“O verdadeiro tesouro da igreja é o santíssimo evangelho da glória e a graça de Deus”.

“É blasfêmia dizer que a cruz erguida com o brasão papal [pelos pregadores de indulgências] é de igual Valor a Cruz de Cristo”.

1.2. A morte do Cisne

Lutero morreu no dia 18 de fevereiro de 1546, às 2h45 de uma quinta-feira, numa manhã muito fria em Eisleben, cidade onde nasceu a 10 de novembro de 1483. Tinha, portanto, 63 anos de idade. Na véspera de sua morte, tomou em sua mão um giz e escreveu na parede aquele conhecido verso: “Pestis eram vivus; moriens ero mors tua, papa.” – “Em vida fui tua peste; morto, serei tua morte, ó papa”.

O cadáver ficou durante todo o dia 18 na casa do Dr. Drachstedt. No dia 19, sexta-feira, pouco depois do meio-dia, foi levado em procissão, ao toque dos sinos de todas as igrejas, para a paróquia principal de Santo André, para as últimas homenagens. Lá foi velado durante a noite por dez homens. Na tarde desse dia (19 de fevereiro), veio a ordem de que o cadáver de Lutero fosse transladado a Wittenberg. Na manhã do dia 20, antes da comitiva fúnebre pôr-se em movimento, M. Coelius fez alocução, exaltando o Reformador, novo profeta da Igreja, narrando com detalhes todas as circunstâncias de sua morte.

Entre meio-dia e uma hora, enquanto os sinos das igrejas soavam fúnebres, uma carruagem aproximou-se da igreja de Santo André, na qual, entre cantos litúrgicos, colocaram o ataúde, e puseram-se em movimento. Algumas pessoas acompanharam o cortejo até certa altura. Dois jovens condes e outros quarenta ginetes fizeram a escolta do defunto.

O cortejo parava em quase todas as aldeias. O povo queria ver Lutero pela última vez. Chegando a Halle na mesma tarde do dia 20, depois das cinco horas, encontraram crianças de escolas com seus professores, o que obrigou o carro fúnebre a deter-se mais uma vez. O corpo foi levado até a igreja de Nossa Senhora, onde foi velado durante a noite. Na manhã seguinte, que era domingo, pelas seis horas, sob o sonoro badalar dos sinos de todas as igrejas, a comitiva retomou a viagem.

O cortejo seguiu de Halle até Bitterfeld, e dali até Kemberg, onde passaram a noite. Por fim, no dia 22 de fevereiro de 1546, segunda-feira de manhã, teve lugar a majestosa entrada em Wittenberg, pelas 9 da manhã. O povo acorreu em massa. Prepararam solene recepção, mas, nessas alturas, era tão forte a putrefação do cadáver, apesar do rigor do inverno, que não permitiram que o caixão baixasse da carruagem. Foi então transportado diretamente até a capela do castelo de Wittenberg, onde se preparou a sepultura junto à do príncipe Frederico.

2. O que é indulgência?

Em relação às indulgências Latourette relata que: “a crença que, por intermédio delas, o papa poderia contar com o tesouro dos santos para remitir as penalidades temporais pelo pecado não somente para os vivos, mas também para as almas no purgatório” (LATOURETTE 2006).

Indulgência foi uma forma que a igreja católica resolveu fazer para lidar com a questão do pecado e do perdão. Esse método era uma forma utilizada pelo catolicismo para que qualquer pessoa fosse diminuída o tempo de sofrimento no purgatório e com isso recebessem méritos para suprir as faltas cometidas, com a finalidade de garantir um lugar bom nas moradas celestiais.

Latourette descreve que:

“A questão foi trazida a Lutero pela concessão das indulgências pelo papa para aqueles que viam, em um dia específico, uma coleção famosa de relíquias que o Eleitor Frederico reunira em Wittenberg, contanto que eles também fizessem as contribuições exigidas. Nos sermões, em 1516, para o desconforto do Eleitor, Lutero questionou a eficácia das indulgências e declarou que o papa não tinha poder para libertar as almas do purgatório” (LATOURETTE 2006).

Lutero não aceitou a ideia da compra de indulgências como sendo uma ideia correta. Martinho defendia que o homem era justificado pela Fé na qual todos poderiam alcançar a salvação pessoal exclusivamente pelo ato de crer no sacrifício de Cristo na cruz.

Latourette explica que:

“Lutero desafiou as indulgências. Ele protestou contra o despojamento dos alemães para pagarem pela construção da Catedral de São Pedro, dizendo que poucos alemães poderiam adorar ali, que o papa era rico o suficiente para fazer a construção com o seu próprio dinheiro, e que ele faria melhor designando um bom pastor para uma Igreja do que dar indulgência a todos eles. Lutero defendia a ideia que as indulgências não removiam a culpa e que o papa poderia remitir somente as penalidades que ele próprio tinha imposto sobre a Terra e que ele não tinha nenhuma jurisdição sobre o purgatório. Ele negou que os santos tivessem crédito excedente acumulado” (LATOURETTE 2006).

O monge agostiniano afirmava que as obras como, por exemplo, a aquisição de indulgência não teria valor nenhum diante de Deus, isto quer dizer que, o homem não é salvo pelas obras, mas sim pela fé em Jesus Cristo. Na carta do apostolo Paulo aos efésios no capitulo 2 e versículo 8,9 encontramos o seguinte texto: “ porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie”.

3. Autoridade Católica

A igreja católica no período da idade média instalou a santa inquisição ou tribunal do santo oficio, com a finalidade de demonstrar seu poder político e também levando em conta a crença da salvação das almas dos hereges. Os acusados de heresia eram interrogados por membros do clero, com a possiblidade de serem torturados ou queimados nas fogueiras.

Foram dois os principais motivos para a instalação da santa inquisição, o primeiro motivo foi para a efetivação do poder político católico, pois algumas pessoas estavam questionando a fé católica, esses questionadores eram considerados pelos católicos como hereges; e o segundo motivo foi porque os católicos acreditavam estar libertando as almas dos hereges, isto quer dizer que, para a igreja católica o corpo dos hereges pereceria, mas a alma que é eterna estaria salva. Com esses argumentos, os católicos torturavam e matavam diversas pessoas.

Na idade média o homem tinha em Deus o centro de suas preocupações. Pelo fato de a igreja católica apresenta-se como intermediaria entre Deus e os homens, por essa razão desfrutava de grande prestígio e poder. A autoridade usufruída pela igreja católica cresceu progressivamente. O catolicismo cada vez mais si definia como sendo a igreja universal.

Foi durante a idade média que a igreja católica se consolidou como uma das maiores instituições religiosas e políticas do mundo ocidental, se tornando a grande detentora de propriedades de terra e dominando a área do saber.

Para santo Agostinho: “a igreja é santa, a única igreja, a verdadeira igreja, a igreja católica, lutando sempre contra todas as heresias. Ela pode lutar, mas não pode ser derrotada. Todas as heresias são expulsas por ela, como os galhos pendentes são arrancados de uma vinha. Ela permanece presa a sua raiz em sua vinha, em seu amor. As portas do inferno não prevalecerão contra ela”.

Agostinho afirmava que: “fora da igreja católica pode encontra-se tudo, menos a Salvação”. Pode-se ter honra, pode haver sacramento, pode cantar-se o “aleluia”, pode responder-se o amém, pode defender-se o evangelho, pode ter-se fé no Pai, no Filho e no Espirito Santo e, inclusive, até pregá-lo. Mas nunca, se não for na igreja católica, pode encontrar-se a salvação”

Com o surgimento do renascimento o poder da igreja católica foi diminuído. Os renascentistas iam de confronto com a ideologia católica. Por causa do renascimento a igreja católica deixa de ser o centro da preocupação e observação humana, as ideias renascentistas transformaram o homem como sendo o centro de analise a ser estudada.

A burguesia aderiu os pensamentos renascentistas por motivos que as ideologias do renascimento favoreciam a burguesia. Nesse período a religião católica perdeu forças e as ideias humanistas cresceram fortemente.

Os pensamentos humanistas abalaram a igreja católica, fazendo com que ela perdesse muito o seu poder politico e também perdesse o seu prestígio no meio religioso com o surgimento da reforma protestante. Por tanto a igreja católica foi enfraquecida na área política pelo renascimento e na área religiosa pela reforma luterana.

4. Heroísmo do Cisne

“Eu, Dr. Martinho, fui chamado para esse ofício e fui compelido a me tornar um doutor, sem qualquer iniciativa minha, mas por pura obediência. Então eu tive que aceitar o ofício de doutor e fazer um juramento de que eu pregaria e ensinaria com fidelidade a minha tão amada Sagrada Escritura. Enquanto eu estava engajado no ensino, o papado cruzou meu caminho e queria me impedir… Mas não me impedirá. No nome e na vocação de Deus, eu andarei sobre o leão e sobre a víbora e pisarei com meus pés no filhote de leão e no dragão. E isso que começou durante a minha vida se completará após minha morte. São Jan Huss profetizou de mim… ‘Assarão um ganso agora (porque “Huss” significa “ganso”), mas em cem anos ouvirão um cisne cantar e terão que aguentá-lo’. E assim será, se Deus quiser”. (Lutherʹs Works, Volume 34, p. 103).

O ano em que Jan Huss declarou que Deus suscitaria um cisne foi em 1415. Cem anos depois da morte de Jan Huss, Lutero começou a lecionar sobre a Epistola aos Romanos. Foi nesse período que Lutero foi convencido da justificação pela fé com base em Romanos 1.17, esse acontecimento resultou no desencadeamento da Reforma Protestante.

Apesar de Lutero conhecer as consequências daquele que ousasse protestar contra as doutrinas da igreja católica, ele não si intimidou e iniciou uma reforma na tentativa de reformular os ensinamentos católicos. Martinho defendia a ideia que: “A Palavra tem de ser pregada, porque o próprio Deus fala e é ouvido por meio dela” (STEVEN 2013).

Para Steven Lawson: “Lutero tornou-se figura central e força motriz de um movimento épico e que nasceu por suas mãos: a reforma protestante do século XVI. Tendo o intuito de restaurar a palavra de Deus na Vida da igreja, Lutero utilizou todos os meios legítimos para fazer conhecidas as verdades da escritura. Suas estratégias incluíam a produção de livros, folhetos, panfletos e cartas, e também discursos em sala de aula, debates públicos e calorosas disputas nas igrejas nas igrejas e nas universidades. Mas, seu principal método de produzir a reforma foi por meio do púlpito. Lutero era, acima de tudo, um pregador da palavra de Deus”. (STEVEN 2013)

Pela história nota-se que para Martinho Lutero não foi nada fácil iniciar uma reforma. Mesmo com tantas dificuldades a reforma protestante avançou de uma forma surpreendente. As convicções de Lutero não vinham de pressupostos e instruções dos Pais da Igreja, mas exclusivamente da Sã Doutrina. Steven Lawson diz: “Martinho Lutero defendia a ideia que somente as sagradas escrituras podem ser vista como regra de fé e conduta, para ele as doutrinas devem ter base bíblica” (STEVEN 2013).

Lutero defendia com convicção que aquilo que é afirmado sem a escritura ou revelação comprovada de Deus pode ser considerado como opinião, mas não é necessário que se creia nisso. Sttot (2003, p.24) escreve: “O púlpito ficava mais alto que o altar, pois Lutero sustentava que a salvação era mediante a Palavra, e sem a Palavra os elementos estão destituídos de qualidade sacramental, mas a Palavra é estéril se não falada”.

Lutero declara: “afirmo que às vezes um concílio erra e poderá ter errado, bem como não possui autoridade para estabelecer novos artigos de fé. [...] os concílios tem se contradito. [...] um simples leigo armado pela escritura deve ser acreditado acima de um papa ou concílio. [...] para preservar as escrituras poderemos rejeitar o papa e concilio” (STEVEN 2013).

Martinho não deixaria de pregar o evangelho porque Ele afirmava que: “Deus tem me aberto poderosamente. Assim, portanto, falarei e... não me calarei enquanto eu viver”. “Lutero não vacilava em sua ousadia quando subia ao púlpito. A razão de sua coragem estava no fato de ser totalmente bíblico. Seu valor heroico vinha de suas profundas convicções, provenientes da Sã Doutrina” (STEVEN 2013).

A reforma de Lutero provocou imensa preocupação para a igreja católica apostólica romana. Pelo fato de o papa ter si preocupado com a reforma, ele pediu de forma ameaçadora que Martinho si retratasse, porém Lutero exclamou: “a não ser que eu esteja convencido pelo testemunho das escrituras ou pela razão mais clara, (porque não confio em papas e concílios sem tal testemunho, pois é bem sabido que eles têm errado e se contradizem), estou atado pelas escrituras que citei, e minha consciência esta cativa pela palavra de Deus. Não posso me retratar e nem o farei, pois não é seguro nem direito ir contra a consciência. Não posso fazer outra coisa. Aqui eu permaneço; que Deus me ajude. Amém”.

4.1. Solas

O alicerce da reforma foi feita fundamentada em cinco fundamentos que foram tituladas de “Solas” que são:

a) Sola Fide (Somente a Fé)

Esse fundamento declara que o homem só pode ser salvo mediante a fé. A justificação só decorrerá por meio da fé que o mesmo possuir no Senhor Jesus Cristo. “Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo” (Romanos 5:1).

b) Sola Scriptura (Somente as Escrituras)

A bíblia é a Palavra de Deus e exclusivamente ela tem o poder de nos dizer e orientar como se deve comportar um Cristão. A bíblia é a revelação de Deus e por ela temos toda a inspiração de Deus para nossas vidas. Qualquer coisa que contradiz as sagradas escrituras deve ser rejeitada. “Toda a Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça. Por ela, o homem de Deus se torna perfeito, capacitado para toda boa obra” (2 Timóteo 3:16,17).

c) Sola Christus (Somente Cristo)

Cristo é o único e exclusivo mediador entre Deus e o homem. Os lideres servem para conduzir seus liderados para o caminho da salvação. Cristo é o caminho que leva a Deus, sem Jesus não há Vida Eterna. “E não há salvação em nenhum outro: porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dentre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (Atos 4.12).

d) Sola Gratia (Somente a Graça)

A salvação é um favor imerecido, ou seja, o homem não será salvo pelo próprio mérito, por obras, sacrifícios penitências ou compra de indulgências. A razão eficaz da salvação é a graça de Deus sobre o pecador. Pela graça o ser humano é salvo por meio da fé, e isso não vem do indivíduo é dom de Deus. “porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens” (Tito 2.11).

e) Soli Deo Gloria (A Glória somente a Deus)

A Glória deve ser dada unicamente a Deus. Exclusivamente Deus, é digno de toda honra, todo louvor e toda a glória. Deus não divide sua gloria com ninguém, somente Deus deve ser adorado e exaltado. “Não existe ninguém semelhante a ti, ó SENHOR; és Grande, e magnífico é o poder do teu Nome” (Jeremias 10.6).

4.2. Desabafo do Cisne

Martinho Lutero no período da reforma protestante desabafou da seguinte forma:

 A palavra de Deus foi silenciada e apenas a leitura e o cântico permanecem nas igrejas. É o pior dos abusos. Uma multidão de fábulas e mentiras não cristãs, nas lendas, hinos e sermões foram introduzidos, de maneira horrível de se ver. A fé desapareceu e todos eram pressionados a entrar no sacerdócio, em conventos, monastérios, e construir e paramentos igrejas. Uma congregação cristã jamais deverá se ajuntar sem a pregação da palavra de Deus e a oração, por mais breve que seja a reunião, conforme diz o salmo 102: "Quando o rei e o povo se ajuntam para servir ao Senhor, eles declararão o nome e o louvor de Deus". E Paulo em 1 coríntios 14.26-31 diz que quando se ajuntam, deve haver profecia, ensino, e a admoestação. Assim, "quando a palavra não for ensinado, é bom que não se cante nem leia, nem mesmo se ajuntem";

 As escrituras, embora escritas por homens, não são nem provém de homens, mas vem de Deus;

 Quando um cidadão ou camponês ouve em pastor, deve dizer: realmente, Eu ouço e reconheço a voz do Pastor. Mas as palavras que ele fala não são dele. Não, ele seria incapaz delas. É a sublime majestade de Deus que fala por seu intermédio;

 Quando subo ao púlpito para pregar... Não é a minha palavra que eu falo. Todo ouvinte deverá dizer: não estou escutando são Paulo, são Pedro ou qualquer homem que fala, mas o próprio Deus;

 Deus fala por meio do pregador que traz a palavra de Deus. É certamente a palavra de Deus como se ele mesmo estivesse nos falando.

5. Voo do Cisne

O teólogo britânico, R. C. Sproul faz uma curiosa observação. Cem anos antes da ordenação de Lutero, o reformador da Boêmia, Jan Huss havia sido condenado à fogueira pelo famigerado Concílio de Constança (1415), sob a sentença de “pecado de heresia”. Huss teria dito ao bispo que ordenou a sua execução: “Você pode cozinhar este ganso, mas há de vir um cisne que não será silenciado”. Não era apenas um vaticínio, era um jogo de palavras. Seu nome, Huss, significa ganso na língua Tcheca.

O cisne nasceu cem anos depois que Jass Huss pronunciou que um cisne nasceria e a igreja católica não pôde queima-lo. Mesmo com o ardente desejo de matarem o cisne não conseguiram, pois Ele estava protegido no esconderijo do altíssimo. Cento e dois anos depois de João Huss expirar na fogueira, o “cisne” afixou, na porta da Igreja em Wittenberg, as suas noventa e cinco teses contra as indulgências, ato que gerou a Grande Reforma.

Em agosto de 1518, Lutero foi chamado a Roma para responder a uma denúncia de heresia. Contudo, o eleitor Frederico não consentiu que fosse levado para fora do país; assim Lutero foi intimado a apresentar-se em Augsburg. “Eles te queimarão vivo”, insistiram seus amigos. Lutero, porém, respondeu resolutamente: “Se Deus sustenta a causa, ela será sustentada”. Eles não poderiam queimar Lutero porque Deus estava com Ele. Martinho era intocável, pois Deus não permitiria que ninguém o tocasse.

Houve muitos esforços para queimarem o cisne que Deus havia levantado, tentaram mais não conseguiram. O cisne voo, porém não poderiam impedi o seu voo, quanto mais o tempo passava mais o cisne voava. Até os dias de hoje o cisne continua voando. Em 1531 Lutero escreveu: "John Huss profetizou sobre mim quando escreveu na prisão na Boêmia". Esse cisne eles não puderam silenciar!

6. Novos “Cisnes”

D. Lloyd Jones comenta que:

A maior lição que a Reforma Protestante tem para nos ensinar-nos é justamente esta, que o segredo do sucesso na esfera da igreja e das coisas do Espírito é olhar para trás. De fato opino que, talvez, a maior de todas as lições da Reforma Protestante seja que o meio de recuperação é sempre ir atrás, de volta ao modelo primitivo, à origem, às normas e ao padrão que só se encontram no Novo Testamento (LLOYD-JONES P. 8-9).

Nos dias de hoje é necessário o surgimento de novos “Luteros” que preguem a palavra de Deus de maneira ousada e transformadora. É necessário se levantar pessoas inconformadas com a realidade vivida.

R.C. Sproul expressa: “a reforma não acabou. Não pode acabar enquanto todos que se chamam cristãos não tiverem um só Senhor, uma só fé, um só batismo. A causa de sola scriptura, sola fide, sola gratia, solus christus e soli deo gloria continua sendo da verdade bíblica e pela verdade bíblica” (STEVEN 2013).

Urgentemente “Luteros” devem apresenta-se para reformar aquilo que precisa ser reformado, é preciso fazer com que aquilo que perdeu a forma retorne a forma original. Se ninguém fizer alguma coisa tudo ficará da mesma forma, por isso é necessário que algo seja feita para retornar a igreja modelo do primeiro século.

Charles Spurgeon declarou: “é necessário uma reforma hoje tanto quanto foi necessária nos dias de Lutero, e pela graça de Deus, nós a teremos, se nele confiamos e publicamos sua verdade. O grito é “ derrubai, derrubai, derrubai, até que venha aquele que tem todo o direito de governar”. Mas nisto prestai atenção: se for restaurada a graça de Deus à igreja em toda a sua plenitude, e o Espirito do Senhor for derramado, vindo do alto, em todo sua força santificadora, virá um tremor como nunca se viu em nossos dias. Se Martinho Lutero visitasse hoje algumas igrejas chamadas reformadas, ele diria com toda santa ousadia: “ eu não era nem metade do reformador quando antes estava vivo – agora quero fazer uma obra mais completa disso” (STEVEN 2013).

É imprescindível que haja nessa geração pessoas compromissadas com a palavra de Deus, homens que falem as verdades que Deus deixou nas escrituras sagradas. A situação dessa geração precisa ser modificada e lapidada pela palavra do evangelho.

Spurgeon clama: “carecemos novamente de Luteros, Calvinos, Bunyans, Whitefilds, homens que marquem suas eras, cujos nomes respirem terror aos ouvidos de nossos inimigos. Temos profunda carência disso. De onde eles nos virão até nós? São dons de Jesus Cristo para a igreja, e virão em seu devido tempo. Ele tem o poder de devolver uma era dourada de pregadores, e quando a boa e velha verdade for novamente pregada por homens cujos lábios são tocados como por brasa viva proveniente do altar, este será instrumento na mão do Espirito para trazer um grande e completo reavivamento de religião na Terra. Não procuro outros meios de converter os homens além da simples pregação do evangelho e abertura dos ouvidos humanos para ele. O momento que a igreja de Deus desprezar o púlpito, Deus a desprezará. Tem sido mediante o ministério que o Senhor tem se agrado de reavivar e abençoar as suas igrejas” (STEVEN 2013).

7. Nova Reforma

“Ecclesia Reformata et Semper Reformanda est” (Igreja reformada sempre se reformando), A citação em latim é conferida ao teólogo reformado holandês Gilbertus Voetius (1589-1676). Ela teria sido pronunciada durante o Sínodo de Dort, realizado em Dordrecht, Holanda, entre novembro de 1618 e maio de 1619.

A igreja de Cristo deve está em constante reforma, isto e, em todo o tempo a Eclésia tem que se aperfeiçoa ate a volta de Jesus. Existem muitas coisas que precisa ser melhorado, ainda faltam assuntos que necessita ser ajustados.

Para que haja no tempo hodierno uma reforma é necessário que pessoas protestem sobre a forma como as igrejas estão se comportando diante da palavra de Deus, Hernandes Dias Lopes (2008) expõem seu pensamento da seguinte forma:

Ser protestante hoje é subscrever as doutrinas da graça, é crer na inerrância, infalibilidade e suficiência das Escrituras. É crer que o propósito da nossa vida é glorificar a Deus e desfrutar dele para sempre. É confessar que a salvação é pela fé independente das obras. É crer que aqueles que crêem devem demonstrar sua fé pelas obras. É crer que Deus nos fala pela sua Palavra e não à parte dela. É crer que o sentido da vida não é a busca de prosperidade e milagres, mas a busca do conhecimento que desemboca numa vida piedosa.

Só será possível se ter uma nova reforma quando houver uma vivência verdadeira da palavra de Deus. Enquanto não se viver a palavra do Senhor como se deve não haverá reforma. Portanto para que haja uma reforma na Igreja atual é preciso retornar as praticas Cristãs da igreja do primeiro século.

Toda época de reforma e despertamento espiritual tem sido iniciada por uma restauração da pregação bíblica. A causa e o efeito são inseparáveis e invariáveis. J. H. Merle D’Aubignè, famoso historiador da Reforma, escreveu: “A única e verdadeira reforma é aquela que emana da Palavra de Deus” (STEVEN 2013).

No período da igreja primitiva o evangelho era pregado como Jesus ordenou, os seguidores de Cristo estavam mais preocupados com a volta de Cristo do que com as coisas matérias da Terra. Hoje se observa que muitos estão mais preocupados com as riquezas desse mundo do que as riquezas do mundo vindouro.

Quando Jesus estava na Terra não pregava prosperidade, mas sim a vida eterna. Cristo estava mais preocupado com o destino do ser humano do que a situação do homem nesse local passageiro. Jesus declarou nas sagradas escrituras: “Pois, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” (Marcos 8.36). Cristo está mais preocupado com a alma do ser humano, a alma da humanidade tem muito valor para Jesus Cristo, ela vale tanto que Jesus derramou seu sangue para que ela viva eternamente.

Outro fato importante da Igreja do século I é que havia um verdadeiro amor pelo próximo. Um irmão si preocupava com o outro, se alguém estivesse sem ter o que comer a igreja se reunia para ajudar aquele necessitado. As pessoas davam tudo o que tinham para ajudar aquele que não tinha nada. Em atos dos apóstolos capitulo 2, versículos 44 a 46 percebe-se a realidade da Igreja daquela época:

Todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em comum. Vendiam suas propriedades e bens, e dividiam o produto entre todos, segundo a necessidade de cada um. Diariamente, continuavam a reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão em suas casas e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração.

Hoje em dia nota-se que a igreja está distante dessa realidade. Antes se via o amor ao próximo em pratica, porém o que existe nesse tempo são pessoas amantes de si mesmo. O que acontece é que as pessoas estão mais preocupadas consigo mesmo do que com o próximo. Precisa haver um retorno ao amor genuíno da Igreja assim como era no tempo dos apóstolos de Jesus.

Não si pode conformar com a situação da igreja nos dias atuais, acontecem muitas coisas que não estão de acordo com a palavra de Deus. A Igreja de Cristo deve vive em conformidade com as sagradas escrituras e não em conformidade com o mundo. Na epístola do apostolo Paulo aos Romanos no capitulo 12 e versículo 2 está escrito: “E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus”.

Portanto há uma urgência de reformar a Igreja de Cristo, muitas situações precisam ser moldadas pela palavra de Deus. Os ensinamentos de Cristo devem prevalecer em todas as igrejas da Terra, em todo lugar é necessário vivenciar as doutrinas que Jesus ordenou. Enquanto Cristo não voltar a sua Igreja precisará ser reformada.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

É de suma importância relembrar a ousadia heroica de Lutero, por se tratar de um fato histórico que possibilitou a ramificação do cristianismo. Martinho com a ajuda de Deus desmascarou as doutrinas católicas que não havia refutação bíblica como, por exemplo: a venda de indulgência e outros ensinamentos sem base bíblica. Por causa da reforma protestante a igreja católica apostólica romana perdeu a autoridade religiosa que possuía.

No site http://hernandesdiaslopes.com.br, Hernandes Dias Lopes expressa o seu pensamento da seguinte forma: “a reforma protestante do século XVI foi o maior movimento na igreja cristã depois do pentecostes. Não foi uma inovação, mas uma retomada da doutrina apostólica, um retorno às escrituras. A igreja cristã havia se desviado da verdade e introduzido doutrinas e práticas estranhas as escrituras. O culto às imagens, a mediação dos santos, a veneração a Maria, a salvação pelas obras, o confessionário, o purgatório, as relíquias, as indulgências e a infabilidade papal foram desvios gritantes que encontraram na igreja. Urgia uma reforma, e Deus preparou o momento e as pessoas certas para essa volta às escrituras. No dia 31 de outubro de 1517, o monge agostiniano Martinho Lutero, fixava nas partes da igreja de Wittenberg noventa e cinco teses contra as indulgências, deflagrando assim esse decisivo movimento”.

Dentro da reforma a palavra de Deus fez a diferença, a Bíblia direcionava os reformadores como viver em conformidade com a vontade de Deus. Broadus escreve: “ao invés de longos e às vezes fabulosas histórias sobre santos e mártires com relatos de milagres, em vez de trechos de Aristóteles e Sêneca e Sutilezas finalmente tecidos do estudioso, esses homens pregavam a bíblia. A questão não era o que o papa dizia; nem mesmo os pais da igreja, por mais estimados que fossem, eram a autoridade decisiva. Era a bíblia”. (STEVEN, P. 16)

Lutero só conseguiu concretizar a reforma protestante porque Deus possibilitou que isso acontecesse. Se Deus não tivesse ajudado o monge agostiniano certamente não teria acontecido a reforma Luterana. A mão de Deus estava sob a reforma protestante, por isso que deu certo e obteve grande notoriedade.

Martinho Lutero declara: “eu simplesmente ensinei, preguei e escrevi a palavra de Deus. Fora isso eu não fiz nada. É enquanto eu dormia, a palavra enfraquecia de tal maneira o papado quem nem príncipe, nem imperador poderiam ter infligido maiores danos sobre ele. Eu nada fiz- a palavra fez tudo”.

Martinho Lutero foi um instrumento nas mãos de Deus, que foi usado de uma maneira tremenda que até hoje em dia é lembrado o que o monge agostiniano fez em favor ao cristianismo. Sua esposa Catarina escreveu: “quem não se afligiria e se entristeceria com a perda de homem tão precioso quanto era meu amado senhor, Ele fez grandes coisas, não apenas para a cidade ou para uma única terra, mas para o mundo inteiro”.

REFERÊNCIAS

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https://www.oitavaigreja.org.br/igreja-reformada-sempre-se-reformando/

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