A SOLUÇÃO DO BRASIL NÃO É EDUCAÇÃO – PENSAMENTOS SOBRE O DEBATE NA BAND

Estamos às vésperas de iniciar a campanha eleitoral de 2018. Já tivemos o primeiro debate presidenciável elaborado pela TV Bandeirantes e já vai ficando mais claro quem não devemos votar, de forma alguma, mas não nos definimos em quem votar, ainda.Um tema repetido no debate foi a questão da Educação, quase todos passando por dar melhores salários ao professor e instrumentalizar melhor a sala de aula e a escola. Mas existe um equivoco bastante grande ai, pois tem-se a idéia que a solução do Brasil é a educação. Outras questões como acabar com a corrupção, o feminicidio, aborto, Previdência, Salários, violência e outras, foram discutidas e não se chega a um consenso, volta-se então para a questão da Educação.

Mas o que querem dizer, no fundo, os que defendem a Educação como a solução do Brasil? Querem pressupor que tendo Educação, a nova geração será mais correta, mais séria, menos corrupta, mais centrada nas questões, mais solidárias, menos egoístas, menos corruptas, mais interessadas em arrumar o Brasil. Essa ilousão já está em vigor. Quem disse que os nossos governantes não tem Educação? Eles tem. Alguns tem a melhor Educação do Mundo. Temos pessoas muito preparadas no Governo Brasileiro. Então a questão que a solução é a Educação, parece ter falhado em algum ponto. Ponto esse que está muito claro, mas que muitos não enxergam. A questão da solução do Brasil, do Governo Brasileiro, e diria do Mundo todo, não é ter ou não Educação. A Educação ajuda e muito. Mas não é essa a questão, a grande questão é o ser-humano pecador.

O pecado está enraizado de tal forma no ser-humano que ele pode ter a maior, mais ampla e melhor educação do mundo, nas melhores universidades, com os melhores professores do mundo, se ele não for correto em si, nada vale o que aprendeu. A solução do Brasil é e sempre foi Jesus. Explico. O contato com Deus e isso é feito principalmente na Igreja, transforma a pessoa. Temos um livro texto muito sábio: A Bíblia. Temos o Espírito Santo em nós. E ai não tem jeito e a gente olha para a Igreja, principalmente a Igreja Brasileira, com seus maus costumes enraizados, como a mentalidade da troca: Faço para Deus me dar algo; seus muitos maus pastores e pregadores. O que não inviabiliza ainda a transformação do ser como a melhor coisa a ser feita.

Quando falamos Educação, queremos dizer transformação das pessoas em pessoas melhores. Pelo menos essa é a idéia que deveria acontecer num nível mais generalizado, porém – e ai volto ao ponto – já temos um Governo, com as melhores cabeças e profissionais de suas áreas, que ao invés de criarem uma proposta de Brasil, destroem esse mesmo Brasil onde deveriam estar ajudando.

O debate da Band mostrou que todos sabem onde dói e qual é a solução, só não conseguem fazer. Os governantes se debatem com algo que não entendem e que nós cristãos entendemos como sendo o Pecado, um caminhar para o mau, para o trágico, para caminhos de violência, para o roubo, o egoísmo. Como explicar que um Governante, que já ganha bem o suficiente, roube milhões dos cofres públicos. Milhões esses que levariam gerações para gastar. Que sede é essa de ter mais e mais e mais, num poço sem fundo, que nem se justifica mais porque o corrupto, que já roubou milhões de Reais, ainda está querendo mais e mais, e isso indefinidamente? Como explicar o roubo desmedido? A única solução viável é o pecado em nós.

Tem ai uma conversa errada a respeito do salário dos Governantes e dos professores. Elevou-se o professor ao status de transformador da pessoa e isso não é real, só quem transforma uma pessoa é Deus, o máximo que um professor consegue é dar mais instrumentalização para a pessoa saber se virar, mas é só isso também. O professor, na sala de aula, dá conhecimento aos alunos, mas ele não tem poder de transformar seu aluno em uma pessoa melhor e nem tem poder de “se” transformar em um ser melhor. Aumentar o salário dos professores é uma falácia. Não tem como se comparar o professor que cuida de uma sala de aula, com trinta ou mais alunos e um governante que cuida de um país, com milhões de pessoas.

O máximo um professor consegue fazer com que um aluno seja um pouquinho melhor, mais educado, que fale melhor, que tenha mais conhecimento, mas o aluno continua dentro de si sendo a mesma pessoa. Se o ensino fosse a solução, todos os nosso governantes deveriam serem professores e não o são.

Quem imagina que a solução do Brasil seja a Educação errou. Mas quem imagina que a solução do Brasil é a transformação das pessoas, acertou. Se a idéia é fazer pessoas melhores, a Escola deveria estar ensinando outras matérias e não as que tem. Não é da competência da Escola transformar pessoas, isso é competência de Deus e da Igreja. E ainda assim, não é de qualquer Igreja. Nem de qualquer pastor e nem de qualquer pregador.

Qualquer Governo que não tiver Deus na sua raiz, não vai dar certo. Porque os Estados Unidos deram certo na sua construção e tem errado de um tempo para cá? A maioria dos fundadores dos EUA eram cristãos vindos da Europa. A Constituição Americana tem bases cristãs, bíblicas. Os EUA estão hoje caminhando para situações calamitosas porque a sua Igreja está se desviando. A Europa está sem solução, mas temos lido que os antigos Templos tem virado cinemas e bares, os cristãos estão se desviando. Nós cristãos estamos preocupados com o Canadá, que apesar de ser primeiro mundo, está fechando Igrejas por falta de pessoas para assistir aos cultos. O problema que temos identificado em todo canto é um só: Falta de Deus.

Tivemos no debate dois candidatos cristãos e alguns outros simpatizantes. Mas vamos nos ater aos dois cristãos. Um deles é Marina Silva, de uma Assembléia de Deus no Acre. O outro é o pastor Cabo Daciolo, também da Assembléia de Deus, RJ.

A Marina é cristã e não fica advogando isso. Passa mais confiança em saber que ela tem convicções cristãs firmes. E mesmo sendo pentecostal, não nos transmite a loucura pentecostal atirada que o candidato Cabo Daciolo nos demonstrou. De certa maneira ele prometeu no debate expulsar o demônio do Planalto. Isso soa esquisito, até para nós cristãos. Ele citou e leu a Bíblia no debate, me pareceu desnecessário e soou estranho isso.

À primeira vista, o candidato do crente deveria ser um cristão. Mas não é bem assim. O Cabo Daciolo me pareceu um louco desvairado querendo expulsar a Nova Ordem Mundial da América Latina, ele falou algo a respeito e isso também soou estranho demais. Eu morro de medo de cristãos desvairados. Em Nome de Deus eles podem fazer pior do que outros que defendem só seus interesses.

A Marina por outro lado, parece mais séria e centrada. O Evangelho nela não é o problema. Ela tem as convicções dela, que ela não fica advogando desnecessariamente e isso é bom. O problema da Maria é o seu partido e seus aliados. A defesa do Verde que ela faz não parece atender a todas as situações complicadas que o Brasil necessita. Ou seja, os dois candidatos cristãos não me parecem tão bons assim para o nosso país. Os candidatos que se saíram melhor no debate, a meu ver foram o Alckmin, Alvaro Dias, Henrique Meirelles e Ciro o Gomes.

Três candidatos me dão medo nessa eleição: Bolsonaro, que quer ser um Trump Tupiniquim; O pastor Cabo Daciolo, que me pareceu desmedido e passou a loucura pentecostal para um debate ouvido no mundo todo. Em certo momento senti vergonha de ser cristão, por causa dele. E o outro, talvez o mais perigoso de todos tenha sido o tal de Guilherme Boulos, um desvairado. Porém, talvez o mais perigoso de todos, nem tenha sido citado, mas é um peso no Brasil: o Lula. O Brasil está num buraco tão sem fundo, que deu medo, antes do debate, que conseguissem trazer o Lula para o debate, ou qualquer fantasma do PT.

Sobre o Alckmin, fica difícil querer mudanças para o Brasil, votando em alguém que se aliou com praticamente todos os partidos que estão sendo acusados de corrupção. Mas com o pretexto de mudanças, não dá pra votar nesse Boulos, ou no Cabo também. Nem a Marina que está a tanto tempo tentando e pode ser uma via, as suas coligações não parecem confiáveis.

Mais do que definir em quem votar, esse debate nos mostrou claro em quem não votar.

E que Deus ajude o Brasil, estamos precisando. Amém.

Paulo Sérgio Lários

pslarios
Enviado por pslarios em 10/08/2018
Reeditado em 10/08/2018
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