O SIGNIFICADO DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO

INTRODUÇÃO

Alguns teólogos nos dizem que a Ressurreição é um dos pilares do Cristianismo, mas como é que pode ser isso?

O QUE É A VIDA E O QUE É A MORTE?

Um dos maiores dilemas da humanidade é a vida, o outro é a morte. A Biologia, com suas definições de vida, assim como a Filosofia, definem sem definir direito o que seja vida. Para a Biologia a vida pode ser definida como a “propriedade que caracteriza os organismos cuja existência evolui do nascimento até a morte”. O que por si, essa resposta não responde o que seja vida, pois vida é um complexo de tantas coisas que não é só uma evolução de algo, ou alguém, do nascimento até a morte. Entender a vida para a Filosofia se torna também bastante complexo, pois a Filosofia não apenas tenta definir o que seja vida, mas antes adentra pela questão: Qual é o sentido da vida? Ou, qual é o propósito e significado da existência humana? E o que é a morte? A definição é mais simples: Morte é a interrupção da vida. Morte é o cessamento da vida. Morte é o fim da vida.

Entretanto, as definições biológicas e filosóficas do que seja a vida e o que seja a morte, ainda não definem completamente o que seja nem uma coisa e nem outra.

A Bíblia ensina que vida é existência em Deus. E que morte é estar fora de Deus. A Bíblia passa pela questão que vida é mais do que apenas existir. Viver em Cristo é estar livre da morte espiritual, que o pecado nos acarretou. Morte é o desligamento de Deus. E vida é estar em Deus. Cristo Jesus morreu por nós, morte de Cruz para nos dar vida, em uma nova vida, em uma nova existência. A Bíblia define isso como o velho Adão e o novo Adão. O velho Adão é o homem debaixo do pecado, que é o mesmo que estar na morte, ou fora do Reino de Deus. O novo Adão é o velho homem reconstruído, religado em Deus, através de

Cristo. Essa vida flui em nós, quando estamos sob o Espírito Santo e fora do Espírito Santo, estamos em outro Reino. Vida é estar em Deus e morte é estar fora de Deus. Vida é estar no Reino de Deus e morte é estar no Reino das Trevas.

Uma pessoa pode ter existido desde que nasceu e em momento algum teve vida. A Vida em Deus é quando estamos ligados de novo em Deus, em paz com Deus, apaziguados em Deus, através de Cristo.

Jó tocou essas questões, sobre a morte e sobre a vida. Mas ele foi além e profetizou sobre Cristo e sobre nós.

“Morrendo o homem, acaso tornará a viver? Todos os dias da minha lida esperaria eu, até que viesse a minha mudança. Chamar-me-ias, e eu te responderia; almejarias a obra de tuas mãos.” Jó 14:14,15

Jó estava pensando em termos biológicos, mas tocou em termos filosóficos e teológicos, na verdade Jó profetizou sobre Jesus. Morrendo o homem pode voltar a viver? Isso fala de ressurreição e sabemos que Cristo ressuscitou ao terceiro dia após ter sido crucificado. Deus me chamaria e eu te responderia. Deus chamaria aonde? Deus chamaria o homem na morte e Jó diz que o responderia.

QUAL É O SENTIDO DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO.

Os Evangelhos registram o Ministério de Jesus e algumas partes da sua vida. Entretanto os Evangelhos não interpretam o que Jesus fez, apenas mostra o que fez, mas não porque o fez. Paulo foi o grande intérprete dos Evangelhos. O Espírito Santo o levantou para ele ser o intérprete do Ministério de Jesus. As cartas de Paulo definem e interpretam os Evangelhos. São quatro Evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas e João, que narram o Ministério de Jesus e Paulo escreveu treze cartas (catorze se incluirmos Hebreus), para interpretar o que Jesus fez: Romanos, 1 e 2 Coríntios, Gálatas, Filipenses, Filemon, 1 e 2 Tessalonicenses, Efésios, Colossenses, Tito, 1 e 2 Timóteo. Outras cartas do Novo Testamento, indo na esteira de Paulo, também tentaram interpretar o que Jesus fez nos

Evangelhos. Então, um possível assunto para as nossas pregações na Igreja são a interpretação dos Evangelhos, ou do que Jesus fez nos Evangelhos. Os interpretes dos Evangelhos davam muita importância a isso e devemos dar também.

Paulo interpretou a Ressurreição de Cristo em 1 Corintíos 15.21-22: “Visto que a morte veio por meio de um só homem, também a ressurreição dos mortos veio por meio de um só homem. Pois da mesma forma como em Adão todos morrem, em Cristo todos serão vivificados”.

Domingo um dos nossos pastores pregou sobre ressurreição e uma questão se levantou no meu coração: Qual é o sentido disso, no plano eterno da salvação. Quando eu digo plano eterno da salvação, quero dizer que os fatos bíblicos, todos eles, tem um sentido além do imediato. Um exemplo são as curas. A sogra de Pedro foi curada. Tá. Mas qual é o sentido disso no plano eterno? Deus cura pra hoje e no porvir seremos curados de todas as nossas mazelas, não só de doenças, mas de tudo o que nos aflige. Elias orou e ficaram três anos sem chover. No plano eterno isso quer dizer o quê? Que Deus tem poder sobre tudo.

Então se levantou essa questão: O que a ressurreição fala do plano eterno de Deus? Saiba que existe muita coisa a se falar de ressurreição, como mostra a teologia, mas hoje quero pensar no mais simples. Qual é o significado básico da ressurreição de Cristo? Qual é a mensagem básica, que até uma criança deveria captar? O que a ressurreição nos fala do Plano Eterno de Deus? O que significa a ressurreição de Cristo?

O significado é que o pecado trouxe morte e Jesus dá a vida. Jesus morreu morte de Cruz, levando os nossos pecados, numa morte substituta, a nossa. Jesus morreu devido ao nosso pecado, ou o nosso pecado morreu em Jesus, mas Ele voltou à vida. O pecado morreu na morte de Jesus e uma nova vida, novas oportunidades nasceram na ressurreição de Jesus. Pois a diferença da ressurreição de Jesus e a de outros que foram ressuscitados na Bíblia, é que Jesus nasceu como novo homem. A Ressurreição de Jesus é diferenciada de todas as outras e essa ressurreição é o que Ele quer que nós entendamos: Em Cristo morreu o pecado em nós e não só o antigo homem, a antiga mulher, voltou a viver, mas um novo homem, uma nova mulher, debaixo de novas leis espirituais nasceu. A ressurreição de Jesus é morte para o pecado e nascimento de uma nova vida.

Assim, A Cruz ostra que Jesus pagou o preço do pecado, morrendo no lugar do pecador e a Ressurreição de Cristo mostra que Nele o pecado morreu, acabou, perdeu a força e quando Ele ressuscitou, não ressuscitou o velho Cristo, o antigo Cristo, mas um novo Cristo, um novo Jesus, debaixo de outras leis espirituais. O velho Cristo estava debaixo de leis terrenas, limitadoras. O pecado era real e possível a Cristo, que veio como homem a essa Terra. A tentação de Jesus no deserto e as demais tentações eram reais. E Nele, em Cristo, nós morremos na Cruz que era nossa, mas que foi Ele quem carregou. E a sua volta à vida é chamada de primícias. Ele é o primeiro de uma nova raça de seres-humanos. O Cristão não é mais o mesmo homem filho de Adão, sujeito ao pecado e à morte, mas agora somos uma nova raça, debaixo de outras leis espirituais, provisionadas pela vida no Espírito Santo.

1 Corintios 15 é o grande capítulo sobre a Ressurreição da Bíblia. A sua divisão é feita da seguinte maneira:

Tem-se muito a dizer, como notamos, a respeito da Ressurreição de Cristo, mas antes de nos aprofundarmos em qualquer assunto bíblico, é interessante notar qual é o sentido no Plano Eterno de Salvação. Na questão direta, Jesus morreu e voltou à vida, Deus não o deixou na morte. Deus não agüentou ficar sem Jesus, pois morte é destruição eterna, o fim completo. Jesus não poderia morrer, se ele ficasse na morte, o que seria viver sem essa pessoa? Existem outros irmãos e irmãs, que passaram por essa vida e viver sem eles é insuportável. Deus tem que trazer de volta gente do quilate de Paulo, Abraão, a Dona Maria, o pastor, Filipe, o filho daquela mulher, a esposa daquele homem, aquele pregador, aquela jovem tão amorosa, que nos alegrava com seus cânticos. Tem gente que não pode ficar na morte, a eternidade sem eles é insuportável. O Pai não ia ficar sem o Filho, seria insuportável.

Jesus voltou à vida, pois seu Pai não suportaria viver a Eternidade sem Ele. Essa é a questão direta. Mas a questão indireta, ou a questão a respeito do Palno Eterno de Salvação, essa questão, que é bem visual, pois imaginamos facilmente alguém morrendo e um morto voltando á vida, até uma criança entende isso, tem um porque que podemos entender de forma direta: Jesus levou a morte na sua morte, ou em Cristo ocorreu a morte da morte, que é a morte do pecado, pois pecado é morte, pois não há vida fora do Reino de Deus, fora da influência de Deus. A morte de Jesus encerrou o pecado, matou a força do pecado e ninguém, em Cristo precisa viver em pecado. O pecado que ainda nos atinge, é o nosso pecado, a nossa tentação da vida, o meu ser, que apesar de posicionalmente vivificado, ressuscitado, ainda não o é literalmente na carne. Ainda vivo num corpo possível ao pecado, apesar de posicionalmente vivo através da Ressurreição de Cristo, que me fez, literalmente nova criatura. Somos nova raça de seres-humanos, somos a evolução, somos o futuro. A Grande Batalha Espiritual é Satanás tentando abafar isso, não deixar que essas verdades venham à tona. Somos novas criaturas, posicionalmente novos, apesar de ainda em corpos velhos. Um dia porém na sua vinda, num abrir e fechar de olhos os nossos corpos mortais serão transformados em corpos incorruptíveis, essa é a promessa.

Amém.

Paulo Sergio Lários

pslarios
Enviado por pslarios em 15/08/2018
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