Maior é oque serve por amor.

E houve também entre eles contenda, sobre qual deles parecia ser o maior. (Lucas 22:24). Este versículo mostra as intenções orgulhosas do ser humano aflorar. E mais adiante veremos a resposta de Jesus para os presentes.

Para entendermos o contexto precisamos saber, que a distribuição dos assentos em uma festa judaica era muito definida. A mesa estava arrumada como um quadrado com um lado aberto. No lado da frente, no meio, sentava-se o anfitrião. À sua direita o hóspede de mais categoria; à sua esquerda o que segundo em importância; do segundo à sua direita o seguinte; do segundo à sua esquerda o próximo, e assim tudo ao redor da mesa. Os discípulos tinham estado discutindo a respeito de qual lugar ocupariam, porque ainda tinham em mente a ideia de um reino terrestre. Jesus lhes disse categoricamente que as pautas do Reino não eram as deste mundo. Na Terra um rei era valorizado pelo poder que exercia. Um dos títulos mais comuns para um rei no oriente era: Euergetés, um termo grego que significa Benfeitor. Jesus disse: “Em meu reino não é o rei, e sim o servo é quem o benfeitor.” O seja, maior é aquele que serve.

Uma das coisas mais trágicas deste relato evangélico é que os discípulos pudessem discutir a respeito de seus privilégios à sombra da cruz. Momentos antes vemos que Jesus havia lavado os pés dos discípulos. Jesus o rei dos reis foi tão desprendido do poder que se prostrou aos pés dos homens e os lavou. Mas os simples mortais, queria destaque ante aos outros irmãos.

E aqui fica gravada um triste contraste! Somente as pessoas pequenas amam ser grandes. Somente as pessoas inseguras do seu valor controlam as outras e querem que elas gravitem em torno da sua órbita. Os fracos controlam, os fortes libertam. Jesus nunca despersonalizou seus seguidores. Ao contrário, sempre fortaleceu a capacidade deles de decidir. Andar com Jesus era aceitar um convite para ser livre, não só dos preceitos comuns, mas ser livre no único lugar onde jamais deveríamos ser presos, dentro de nós mesmos. Infelizmente, nos dias atuais, as pessoas são tão livres como jamais foram em outras gerações, mas em contrapartida são tão encarceradas dentro de si pelos pensamentos negativos, preocupações, medo do amanhã.

Que neste dia iniciemos a caminhada para esta real liberdade que Jesus nos ensinou e nos chama com gritos de amor. Pois o amor de Deus não só nos liberta dos grilhões da escravidão mundana, mas também nos liberta da mas perniciosa escravidão que é a da mente onde as nossas fobias, traumas e vícios imperam. Abrindo a nossa frente a graciosa paisagem da plenitude da vida e de uma vida rica no amor que se apraz em servir mais quê. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre árbitro de nossos corações.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 19/10/2018
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