ORAÇÃO - TORRES DE VIGIA

“Torres” de vigia

Colunas de oração que sustentam vidas

Elas são fortificadas, e serviam para a defesa em caso de guerra. Possuem muitos andares e destacam-se devido à altura. Esta é a definição da palavra torre, segundo o Dicionário Universal.

Na vida espiritual temos também as “torres” de vigia. Pessoas que se posicionam e se dispõem em oração pela vida de outrem. No mundo natural, essas torres podem ser vistas, pois são altas. Entretanto, no mundo espiritual, embora sejam grandes aos olhos de Deus, quase não aparecem. Muitos nem percebem que elas estão por perto. E poucos são aqueles que reconhecem o seu valor.

Encontrar uma “torre” de vigia não é tarefa fácil, pois são poucos os que abraçam este ministério grandioso com disposição. Mas, ainda assim, é possível encontrarmos guerreiros espirituais, prontos para a batalha. Basta perceber aqueles que ficam orando antes do início de cada culto, que sempre chegam mais cedo e oram por tudo: desde a aparelhagem de som ao pregador da noite. Alguns praticamente nem assistem ao culto, pois estão confinados dentro de uma salinha, cobrindo de oração a vida do pastor e de toda a congregação. Sem contar as várias madrugadas que passam acordados, em ‘sentinela’, zelando e orando pela vida das pessoas.

É muito bom quando alguém chega perto de nós e diz: “Tenho orado por você!”. Isso nos passa segurança, nos faz perceber o cuidado de Deus em levantar intercessores, em levantar “torres” de vigia.

O mais interessante, no entanto, é perceber que as orações vêm, muitas vezes, por intermédio de quem menos esperamos. É assim que Deus faz, levanta àqueles que passam perto de nós e que nem sempre cumprimentamos direito.

Essas são as colunas de sustentação espiritual de qualquer ministério, seja ele pastoral, de louvor, de crianças... Não cessam de zelar pela “segurança” do Reino.

Um dos acontecimentos mais significativos e que mostra a importância de estarmos em oração uns pelos outros, está narrada no Evangelho de Mateus 26.36-45 – quando Jesus, juntamente com seus discípulos, vai até um lugar chamado Getsêmani. Cristo levou os seus discípulos mais chegados, para apoio e consolo. Disse Jesus aos seus discípulos: “Ficai aqui e vigiai comigo”. Entretanto, o Mestre teve uma grande decepção. Por três vezes ele encontrou àqueles que tinha como “torres” de vigia, dormindo. Em certo momento ele questionou um de seus discípulos, chamado Pedro: “Então, nem uma hora pudestes vós vigiar comigo?”. Podemos imaginar quão triste e angustiante foi para Jesus, ver aquela cena mais de uma vez. Jesus, no momento em que mais precisou, não pôde contar com os seus discípulos.

Que possamos nos levantar como “torres” de vigia também, intercedendo uns pelos outros em amor. A lição já foi deixada pelo Mestre, basta colocá-la em prática.