Aquele que se autoexamina não tropeça no si mesmo.

Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Assim que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado. (Romanos 7:25), Este é o versículo final de uma passagem que se inicia no versículo quatorze do presente capítulo. Nesta passagem vemos Paulo desnudar sua própria alma, sem medo de parecer menor diante dos outros.

Ele fala de uma experiência que é parte situação humana. Ele sabia o que era o bem e desejava fazer o bem, e entretanto não podia fazê-lo. Sabia o que era o mal e a última coisa que queria era fazer o mal; no entretanto, ele o fazia. Sentia-se como uma personalidade dividida. Era como se dois homens estivessem dentro da mesma pele. Sentia-se como se fosse puxado em direções diferentes.

O interessante é que um sentimento tão antigo ainda permeia todos nós. Já naquela época os contemporâneos de Paulo conheciam bem esse sentimento, como, certamente, nós o conhecemos. Sêneca falou sobre a nossa impotência nas coisas necessárias. A respeito de como nós odiamos os nossos pecados e os amamos ao mesmo tempo, Ovídio, um grande poeta romano, escreveu a famosa máxima: Eu vejo as coisas melhores e as passo, mas sigo as piores. Eis o porque nos devemo buscar nos conhecermos a cada dia num processo contínuo em direção a melhorarmos e a sermos o que Deus nos fez para ser.

Paulo e outros não tiveram medo de dizer quem eles eram em seu interior e isso não os tornou mais fraco, mas sim mais fortes. Devemos buscar superação da necessidade quase neurótica de sermos perfeitos ante a visão de outros e não termos mais medo de sermos criticados, pois aquele que não examina a si mesmo pode tropeça no si mesmo. Faz-se necessário também se desarmar, dos eitos, preceitos e preconceitos e reconhecermos que somos apenas seres humanos em aperfeiçoamento no amor.

Paulo tinha um trunfo que todo aquele que segue os ensinamentos de Cristo Jesus o tem. Ele sabia com toda clareza o que era mau; mas era totalmente incapaz de corrigi-lo. Era como o médico que pode diagnosticar com exatidão uma enfermidade, mas que é totalmente impotente para prescrever uma cura. Mas aquele que entende quem é Jesus tem consigo o Espirito Santo que é a única pessoa que não só sabe o que é o mal, mas também pode corrigir o mal. E o lido desta atmosfera de amor é que Cristo Jesus não oferece uma crítica, mas sim a graciosa ajuda do seu amoroso servir. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 10/12/2018
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