A Verdade Sobre Dízimos e Ofertas

Seria impossível iniciar esta exposição sem que retomássemos o surgimento do preceito bíblico dos dízimos e ofertas nos templos judaico-cristãos. O que inevitavelmente remete à eleição do Israel Antigo, à época de Abraão, Isaque e Jacó, mas, principalmente, às leis que Moisés escreveu preservando a vontade de Deus até os tempos atuais. Reflitamos um pouco sobre aqueles tempos da juventude da nação judaica.

Um dos motivos que levou Deus a escolher o povo judeu foi à intenção de mostrar ao mundo o Seu Poder e sua Misericórdia, por ser um povo extremamente teimoso e rebelde, seria um exemplo para a paciência e bondade de Deus. Nos tempos da conquista da Terra prometida, após, com Moisés, serem libertos do Egito, essa nação tornou-se praticamente agrícola. Deus estabeleceu uma aliança com eles, uma promessa de bênçãos: o favor divino à nação que cuidaria e confirmaria os mandamentos, as leis e os estatutos do Senhor.

De fato, além dos discípulos de Cristo, não podemos negar que temos acesso às Sagradas Escrituras graças ao Zelo de Deus por eles. Mas, apesar disso, tinham que honrar muitos preceitos. Um deles seria trazer aos sacerdotes Levíticos - que eram descendentes da tribo do sacerdote Levi - a décima parte do que colhiam nos campos, para as QUATRO finalidades estipuladas por Deus, a manutenção da casa de Deus que era representada pelo Templo ou Tabernáculo, o lugar onde Deus manifestaria a sua Presença, do sustento de órfãos e viúvas, dos pobres e dos estrangeiros, das quais trataremos no decorrer deste livro, em uma visão simples, mas singular.

“E chegar-me-ei a vós para juízo; e serei uma testemunha veloz contra os feiticeiros, contra os adúlteros, contra os que juram falsamente, contra os que defraudam o diarista em seu salário, e a viúva, e o órfão, e que pervertem o direito do estrangeiro, e não

me temem, diz o SENHOR dos Exércitos” (Malaquias 3.5).

Na antiga lei, se o povo de Israel não cumprisse o mandamento de dar ao serviço do templo a décima parte do que colhiam ou produziam, eram amaldiçoados. De que forma? Não teriam chuvas para colheitas.

Podemos dizer que não estamos mais nesse tempo, e se fôssemos judeus na carne, teríamos que escolher entre seguir a lei ou Jesus Cristo — ou nem um, nem outra, já que todos são livres e Deus só aceita aqueles que se apresentam a Ele voluntariamente por amor. De modo que, ao romper com a antiga Aliança e instaurar uma nova com a morte de Cristo na cruz, Deus abençoou todos os povos inclusive no que tange aos dízimos e ofertas. Vejamos como:

Deus deu uma PROMESSA a Abraão e aos “seus descendentes”, fora da lei, isto é, esta promessa não está na lei e nem depende da lei para se concretizar; o que deixa fora também a lei velha e “relativa” dos dízimos e ofertas, pois foi feita fora da lei; diz assim:

“E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra”. (Gênesis 12.3).

No livro de Gálatas, Paulo recebe a revelação de que “EM TI” não é somente Abraão, mas ao seu descendente que é o Próprio Cristo:

“Para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo, e para que pela fé nós recebamos a promessa do Espírito.”

“Irmãos, como homem falo; se a aliança de um homem for confirmada, ninguém a anula nem a acrescenta”.

“Ora, as promessas foram feitas a Abraão e à sua descendência. Não diz: E às descendências, como falando de muitas, mas como de uma só: E à tua descendência, que é Cristo”. (Gálatas 3.14-15).

Desta forma somos abençoados não pela “reação” da doação de dízimos e ofertas, mas pelo fato de A Benção estar em Cristo Jesus, e Nele ou estando nós Nele, imediatamente a benção de ser Benção vem sobre nós, para sermos benção entre os homens e assim, abençoar a muitos. O que pode nos esclarecer se o que prego sobre sermos abençoados sem que precisemos dar dízimos e ofertas está no fato de que ser benção vem de forma GRATUITA em Cristo Jesus como bem deixou explícito o Apóstolo Paulo:

“Porque, se a herança provém da lei, já não provém da promessa; mas Deus pela promessa a deu gratuitamente a Abraão”. (Gálatas 3.18).

Assim, se estamos em Cristo, imediatamente somos benção e estamos em benção, a todos os que creem na Obra Maravilhosa, que é Jesus Cristo crucificado e ressurreto dentre os mortos.

Se notarmos a primeira vez que foi dado o dízimo fora da lei, primeiro Abraão foi abençoado e somente depois ele deu o dízimo, não o contrário.

“E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e

vinho; e era este sacerdote do Deus Altíssimo”. “E abençoou-o, e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra; E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo”. (Gênesis 14.18-20).

Ora, esta promessa de sermos abençoados de forma gratuita em Cristo Jesus está fora da Lei descrita em Malaquias sobre a barganha dos dízimos e esta lei não anula a promessa, isto é, não substitui a promessa de sermos abençoados em Cristo. Como posso afirmar isto? Quem afirmou isto foi Paulo, por revelação:

“Mas digo isto: Que tendo sido a aliança anteriormente confirmada por Deus em Cristo, a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não a invalida, de forma a abolir a promessa”. (Gálatas 3.17).

A lei é aplicável em nossos dias unicamente para condenar o pecado e por fim conduzir o pecador a Cristo. Ela não tem outro sentido para Deus; não há outro meio de abençoar o ser humano, somente estando “EM” Cristo Jesus é que somos abençoados por Deus e o doar dízimos não substitui esta Promessa de Deus que é em Cristo que vem a benção de nos tornarmos benção. Vou dizer algo aqui que muitos teólogos se escandalizarão, mas que me importa, contanto que liberte os sinceros:

Toda a Escritura, desde Gênesis, passando pelos Salmos, Eclesiastes, Provérbios até Apocalipse onde encontramos mandamentos e conselhos para que corra tudo bem com o homem, se concretizam num único fato:

Cristo em nós, vivendo em nós, assim a lei: “De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados.” (Gálatas 3.24).

Verifica-se que ela só serve durante algum tempo. O verbo aqui é: Nos “serviu”. Passado. Depois que chegamos a Cristo, ela não nos serve mais. Se esta lei ordenada por Deus foi abolida, quanto mais às leis conceituadas pelos teólogos e fariseus nos nossos dias jamais serão aceitas por Deus.

Durante muito tempo indaguei o porquê de no Novo Testamento não se exigir esta obrigação por parte dos apóstolos, no que diz respeito a dinheiro, nem mesmo aos judeus e entendi claramente, depois de muito labutar com Deus e Seu Espírito, a resposta me veio de forma fulminante e desfazendo toda e qualquer dúvida.

Como? Através da Graça. Pois vemos juntamente com O Espírito Santo que Deus concede Graça e liberdade no ato de doar nossos recursos financeiros através do Amor Dele em nós, diferente da maneira escandalosa com que muitos homens arrancam dinheiro através de manipulações teológicas por medo e barganha.

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Max sete
Enviado por Max sete em 11/03/2019
Código do texto: T6595380
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