Superdesinteressante: A Bíblia como você nunca leu - o objetivo é destruir os alicerces da civilização ocidental

Uma edição (a 305) da revista Superinteressante, que de interessante nada tem, traz, na capa, a chamada para uma matéria “A Bíblia como você nunca leu”, que dá a entender que os redatores da matéria têm a ensinar aos seus leitores um novo método de leitura, mas como na própria capa há a menção ao conteúdo da Bíblica, melhor, a alguns casos nela relatados - penas de morte, sacrifícios, palmadas nas crianças, sexo e bebedeira - fiquei com a suspeita de que não trata tal edição da apresentação de um inédito método de leitura do texto bíblico, mas, apenas da menção de episódios que o Livro Sagrado contêm. E como, ainda na capa, o texto de chamada encerra-se com a seguinte frase “Conheça o outro lado do Livro Sagrado”, conclui que tal matéria não passa de grandessíssima besteira, certo de que não trata da demonstração de um novo método de leitura dos textos bíblicos, como o texto de chamada “A Bíblia como você nunca leu”, dava a entender, pois, ao falar “como” dá a entender um “modo”, uma “maneira”, o qual iria a revista ensinar aos seus leitores, dele ignorantes, mas não é isso o que há nas páginas da matéria, que apenas menciona e resumi capítulos negros da Bíblia, histórias asquerosas, casos repulsivos, com a intenção, clara, de fazer os leitores acreditarem que a Bíblia não é inspirada por Deus, mas apenas um conjunto de relatos escritos, todos concebidos por homens, assim presumo, daí chamar a atenção, na capa, dos leitores, para o “Outro lado do Livro Sagrado”, que se compõe de pena de morte, sexo, bebedeira, sacrifícios e palmadas nas crianças. Então, se a matéria não fala de como ler a Bíblica, como dá a entender a chamada de capa, fala de quê? Do que há na Bíblia, de alguns episódios nela relatados, todos a tratar de histórias horrendas. No título da chamada deveria haver o “o quê” e não o “como”, e ser modificado: “Bíblia: O que você nunca leu”, em substituição à última frase da chamada de capa “Conheça o outro lado do Livro Sagrado”, mas tal frase não faria nenhum sentido, pois, partindo do pressuposto que a matéria dirige-se àqueles que leram a Bíblia da primeira à última palavra, então ela se dirige às pessoas que leram todos os capítulos citados na matéria, afinal, se as pessoas leram a Bíblia inteira, de cabo a rabo, elas não saltaram por sobre os capítulos que a matéria apresenta. O raciocínio é tautológico, e ilustra, corretamente, o que se entende do que a matéria promete, mesmo falando de “como” ler a Bíblia, embora ela não trate de “como” lê-la, mas elenca, unicamente, alguns dos seus episódios. A chamada de capa é espetaculosa, está lá para atrair a atenção de leitores, que, certos de, ao lê-la, tomarem conhecimento de mistérios que estão deles ocultos os quais a matéria lhes revela, mas ela trata de história que estão na boca do povo, de todos conhecidas; oferece, portanto, uma falsa polêmica; é só um ato publicitário, que a ninguém causa estranheza. E a frase que encerra o texto de capa “Conheça o outro lado do Livro Sagrado” fecha com chave de ouro a tolice superdesinteressante. Pode-se falar do outro lado da Lua, que está oculto dos olhos humanos. Pode-se falar do outro lado de uma coisa que revela aos humanos apenas um lado, mantendo-lhes oculto o outro lado. Mas da Bíblia não se pode falar de outro lado. A Bíblia não tem dois lados, o conhecido de todos e o de todos ocultos, escondido, desconhecido. Na Bíblia há o que na Bíblia há, há a história da vida de Jesus e a de sacrifícios de animais, de seqüestros, de adultério, morticínio. Nenhuma história bíblica está fora do alcance daqueles que dedicam-se à leitura da Bíblia. Nela há a narrativa de atos de bondade e de atos de maldade, portanto, falar de o outro lado da Bíblia dá a entender que há, algo, nela, que é conservado oculto dos leitores, e por quem? mas tal não há. É a matéria da revista apenas um exemplo de política que visa reduzir o valor do Livro Sagrado dos cristãos chamando a atenção dos leitores apenas para histórias horripilantes, tétricas, prometendo revelações extraordinariamente espantosas aos seus leitores, mas entrega-lhes uma matéria insossa, que se revela apenas uma bobagem como muitas outras encontradas nas revistas brasileiras, que, de tão superdesinteressantes, não despertam a curiosidade e o interesse dos leitores bem preparados.

Ilustre Desconhecido
Enviado por Ilustre Desconhecido em 17/03/2019
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