Fé que vai além das superstições adentrando, na confiança do amor. (Parte 02).

Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego. Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé. (Rom 1:16,17). Aqui Paulo faz uma sintetização da fé, e isto gerou algumas controvérsias, neste estudo não há a pretensão de se exaurir o conhecimento sobre a fé, mas sim de dar uma luz como placa amarela que adverte o caminhante.

Desta feita entenderemos um pouco do conceito sobre salvação da época em que Paulo disserta sobre ela. O conceito sobre salvação (σωτηρια soteria), desta época segundo alguns historiadores, a salvação era algo que humanidade começava a buscar, pois em seus corações a maldade causada pelas atitudes egoístas permeava a vida dos seres humanos levando dor e tristezas. E os vícios morais e físicos aprisionavam a alma dos seres humanos.

A tempos atrás a filosofia grega tinha sido especulativa. Alguns séculos antes ela dedicava-se a discutir o problema de qual seria o elemento básico primitivo da composição do mundo. A filosofia tinha sido especulativa, resultando em uma filosofia natural. Mas pouco a pouco, com o passar dos séculos, a vida decaiu. Os marcos antigos foram destruídos. E a Tirania ambiciosa, dos conquistadores traziam a destruição a porta das pessoas.

A degeneração e a fraqueza e a filosofia baseada no saber do intelecto humano, havia falhado na busca da regeneração e da salvação. E todo o conhecimento tornou-se especulativo. O que deveria trazer uma viva transformação para a alma e a psique humana, trouxe um peso a mais e não a solução.

E é neste tempo que chega Jesus trazendo a verdadeira transformação e a graciosa salvação, não somente para a alma ou para psique, mas sim para o ser humano como um todo. Uma salvação que não advinha de esforços ou méritos humanos, mas do amor de Deus, como uma oferta graciosa. Bastava somente o ser humano se auto avaliar, arrepende-se (μετανοια metanoia), pedir perdão e seguir o caminho do amor.

Ou seja, Deus trouxe o amor (αγαπη ágape), o amor vontade que não só era superior a toda filosofia humana como completava toda a lei e toda a vida humana. E com o seu vivo Evangelho Ele ensinou-nos a caminhar neste amor que nos levaria vencer a morte, não somente a morte física (θανατος thanatos), mas a viver uma vida plena aqui e num tempo certo no reino do amor: Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida. (João 5:24).

Aqui entendemos que fé é a firme confiança no amor de Cristo, e está confiança no amor nos levará a praticar o amor, e a prática deste amor nos levará a ter vida na plenitude do amor. Pois aquele que se banha no amor torna-se amoroso, e conhecedor de Deus.

Eis o mais doce convite que Cristo faz a nós todos os dias para que participemos do vivo banquete do amor: Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo. (Apo 3:20). E o custo deste banquete é o amor que dedicamos uns aos outros. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 21/09/2019
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