Fé que vai além das superstições adentrando, na confiança do amor. (Parte 04).

Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego. Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé. (Rom 1:16,17). Aqui Paulo faz uma sintetização da fé, e isto gerou algumas controvérsias, neste estudo não há a pretensão de se exaurir o conhecimento sobre a fé, mas sim de dar uma luz como placa amarela que adverte o caminhante.

Continuaremos a destacar algumas características desta fé que liberta e deste Evangelho que reconstrói.

4 – Significa salvação da perdição (Mateus 18:11; Lucas 19:10). Jesus veio buscar e salvar o que se perdeu. O não salvo é o ser humano que se acha extraviado no caminho errado (αμαρτια hamartia), um caminho que leva a morte. E aqui se faz bem lembrar que o pecado é tudo aquilo que tira o ser humano do real alvo que é o amor a Deus e ao próximo, bem como todo o excesso que leva o próprio ser a deterioração de sua alma e de seu corpo físico.

O salvo é o ser humano que após a auto avaliação, tendo o Evangelho, ou seja, os ensinamentos de Jesus como balizamento, se arrepende (μετανοια metanoia), e muda de caminho e direção, por entendimento e amor, jamais por medo. Porque em seu coração nasce a viva ideia de que amar e servir é o caminho correto.

Sendo assim entendemos que em sua mente mora a viva ideia do amor, e não do medo. Ou seja, o Cristão não deve seguir Jesus por medo do inferno, mas sim por amor ao amor. Jesus falou pouquíssimo sobre o inferno, Ele sempre nos mostrou a qualidade do seu amor, que gera e regenera a vida sobre a vida. Ele nos ensinou que há dois caminhos um que leva a vida e um que leva a destruição.

Sendo assim a nossa fé sempre deve ser embasada na ideia de que o caminho do amor, mesmo que pareça estreito aos olhos do ego ambicioso, se abrirá no vivo campo do amor na vida eterna. Enquanto o caminho da ambição desmedida e da saciação do ego se abrirá no lago de fogo onde findará toda a vida.

Mais uma vez temos a frente a escolha entre a vida ou morte (Ler: Gen 3; Deu 30:11-20; Eze 18:30-32; Mat 7:12-14), cabe a cada um de nós avaliar e decidir se vai caminhar na fé no amor que trabalha e promove o bem-estar de todos, levando-nos a vida e vida além da vida, ou na materialidade da ambição desmedida que pensa e ama somente a si mesmo, e que fatidicamente nos leva a morte.

Ah! Como seria bom ver o mundo escolhendo o amor que serve, então que neste dia façamos a nossa escolha com a responsabilidade de uma vida. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.

(Molivars).