A importância da autoavaliação e da oração para o amor de Cristo.

Ai deles! Porque entraram pelo caminho de Caim, e foram levados pelo engano do prêmio de Balaão, e pereceram na contradição de Corá. (Judas 1:11). Judas busca exortar as pessoas a entenderem o que é ser Cristão. E para isso ele usa as histórias do povo hebreus para encontrar paralelos para triste e malfadada frieza de coração, que era e é comum na maioria dos seres humanos.

E da história antiga ele nos dá três exemplos bem conhecidos, exemplos que levou o povo escolhido a desgraça, ou seja, a se afastar da graça e do amor do Pai. Desta feita trataremos do sentir de Caim que está dentro de cada um de nós. Caim, o homicida de seu irmão Abel (Gênesis 4:1-15). Na tradição hebreia Caim representava duas coisas.

1 – Ele foi o primeiro homicida na história da humanidade. Ele deu vasão ao ódio e a vingança nutridos pela inveja. Mesmo Deus alertando-o ele não deu ouvidos e seguiu com seu proposito assassino: Se bem fizeres, não haverá aceitação para ti? E, se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e para ti será o seu desejo, e sobre ele dominarás (Gên 4:7).

Mas alguém pode dizer; o que eu tenho a ver com assassino? Judas nos alerta para os sentimentos que nos leva a enganar e seduzir a outros. E também para o desejo de vingança disfarçado de justiça. E da triste corrupção que permeia a nossa sociedade levando muitos a morte.

Eis o DNA de Caim que permeia o nosso meio. Cabe a cada um se auto avaliar no sentido de descobrirmos onde este sentir está em nós. E ao descobri-lo orar ao Espirito Santo para transformá-lo num sentir que coaduna com os ensinamentos de Cristo Jesus, não foi em vão que Jesus disse: Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca. (Mat 26:41).

2 – Caim também representa, o egoísmo e o amor próprio exacerbado. No ensino rabínico, Caim é o protótipo do ser humano cínico e cético. Para os pensadores hebreus Caim era o protótipo do incrédulo cínico, cético, ateu e materialista, que não cria nem em Deus nem na ordem moral do mundo e que, portanto, levavam uma vida cheia da frieza de coração, onde o ganho e os bens valiam mais que as vidas dos próximos.

Judas tendo isso em mente acusa a seus oponentes de desafiar a Deus e de negar a ordem moral do mundo. Ainda é verdade que o ser humano que escolhe viver de acordo com suas ambições egoístas, e da satisfação de seus desejos, segue tirando a vida das vidas. Mesmo que se diga crente é um descrente, Jesus no sermão do monte alerta-nos: Nem todo aquele o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. (Mat 7:21).

Então que neste dia nos autoanalisemos a fim de sabermos quem realmente somos. E em oração peçamos ao Espirito Santo para nos moldar ao formato do amor de Cristo Jesus. E então entenderemos a real vontade do Pai para as nossas vidas. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 17/10/2019
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