A ORAÇÃO QUE O PAI OUVE

“... Pai, graças te dou porque me ouviste.

Aliás, eu sabia que sempre me ouves...”

Jo 11:41-42

A oração que o Pai ouve

Estamos passando neste momento por um período de muitas incertezas para toda a humanidade em decorrência da pandemia do Covid-19, as medidas de contenção, entre elas o isolamento social decretada por diversos países, impulsionaram boa parte da igreja a buscar respostas naquilo que estava mais a sua mão, as mídias sociais, acreditando que as palavras que ali encontrariam, por serem bíblicas, vinham direto do Trono de Deus. Infelizmente neste ambiente encontramos de tudo: mensagens otimistas, mensagens pessimistas, polarização dos irmãos por questões políticas, etc. Cada um com uma percepção diferente dos acontecimentos fornece sua própria solução e com isto a igreja não se move ou pode se mover para a direção errada, como Paulo fala aos Coríntios dentro de um contexto de confusão sobre a manifestação dos dons > “Pois também se a trombeta der som incerto, quem se preparará para a batalha?” I Co 14:8.

A oração não é apenas um recurso para pedirmos algo à Deus, mas a forma como Ele fala conosco também. Orar sem saber a vontade de Deus, ou contrário a ela, nos assemelhará aos “gentios e hipócritas” que Jesus fala nos evangelhos e trará frustração.

Encontramos por todas as escrituras muita prática de oração, mas devemos considerar que o ensino que realmente deve orientar nossas vidas vem de Jesus.

As palavras de Jesus sobre a oração foram uma correção para os seus discípulos acostumados ao relacionamento formal com Deus e com um local específico para fazer estas orações, duas novidades Jesus introduziu: a intimidade, dizendo que podemos nos aproximar de Deus como “Pai” e o local de nossa oração, não mais no templo mas dentro de sua própria casa, em íntimo contato com Ele.

“E, quando orardes, não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos dos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa. Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles; porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais. Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal [pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém]!” Mt 6:5-13

W. Nee em seu livro “O ministério de oração da igreja” saliente que a oração ensinada por Jesus continha os elementos e a ordem sequencial em que nós deveríamos orar também; primeiramente os interesses do alto, depois as nossas necessidades e terminando com um reconhecimento da soberania dEle. Tribulações podem levar os homens a inverter as prioridades da oração, colocando primeiramente suas necessidades sobre a glorificação de Deus e o estabelecimento do seu Reino. É uma reação humana mas devemos estar atentos ao que Deus está querendo com este sofrimento até mesmo para não sermos encontrados lutando contra a vontade de Deus.

Quando Jesus estava orando no Getsâmani antes da crucificação este conflito de vontades fica bastante claro enquanto orava:

“Dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua.” Lucas 22:42

Jesus sabia a vontade do Pai e claramente demonstra neste momento que a vontade dele era outra, mas que voluntariamente se submetia a vontade do Pai que iria lhe produzir grande sofrimento.

Outro desvio que pode muitas vezes ocorrer é buscarmos passagens isoladas no antigo testamento que nos são agradáveis para o momento em que vivemos colocando-as acima das palavras proferidas por Jesus ou os apóstolos sobre o mesmo tema e que são dirigidas especificamente à igreja.

Quem deve dirigir a igreja com primazia é o Cristo!

“E foi transfigurado diante deles; o seu rosto resplandecia como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz. E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele. Então, disse Pedro a Jesus: Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, farei aqui três tendas; uma será tua, outra para Moisés, outra para Elias. Falava ele ainda, quando uma nuvem luminosa os envolveu; e eis, vindo da nuvem, uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi” Mt 17:2-5

Em algumas passagens que Jesus fala sobre oração nas escrituras, especificamente em Mateus e Marcos, fica a impressão que qualquer coisa pedida em oração seria recebida, mas devemos ver todo o contexto e entender o que ele fala em consonância com outras passagens que tratam do mesmo assunto:

“e, vendo uma figueira à beira do caminho, aproximou-se dela; e, não tendo achado senão folhas, disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti! E a figueira secou imediatamente. Vendo isto os discípulos, admiraram-se e exclamaram: Como secou depressa a figueira Jesus, porém, lhes respondeu: Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidardes, não somente fareis o que foi feito à figueira, mas até mesmo, se a este monte disserdes: Ergue-te e lança-te no mar, tal sucederá e tudo quanto pedirdes em oração, crendo, recebereis” Mateus 21:19-22

Quando Jesus fala em Mateus sobre oração nesta passagem acima aparentemente não é colocada nenhuma condição para um pedido ser atendido como ele faz no evangelho de João, digo aparentemente pois no versículo 21 ele acrescenta a condição: “ter fé”, que não é um poder abstrato para realizamos nossos desejos, mas uma confiança em Cristo. O verbo “ter” [Strong-2192] usado por Jesus antes de “fé” tem seu sentido no original “estar intimamente ligado a uma pessoa ou coisa”. A passagem com seu sentido original diz que todos que estiverem intimamente ligados a Cristo pedirão segundo a sua vontade e dentro desta condição tudo é atendido! Às vezes somos obrigados a recorrer ao original para entendermos mais claramente uma passagem e não ficarmos com uma compreensão equivocada sobre ela ou optarmos por uma versão que mais me agrade e que na prática não explica o papel da soberania de Deus na oração.

“E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei” João 14:13-14

É possível orar e não receber? Sim, encontramos situações relatadas tanto no Antigo Testamento como no Novo Testamento, vejamos:

“Disse-me ainda o SENHOR: Não rogues por este povo para o bem dele.

Quando jejuarem, não ouvirei o seu clamor e, quando trouxerem holocaustos e ofertas de manjares, não me agradarei deles; antes, eu os consumirei pela espada, pela fome e pela peste Disse-me, porém, o SENHOR: Ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim, meu coração não se inclinaria para este povo; lança-os de diante de mim, e saiam” Jr 14:11-12; 15:1.

O Senhor em situações semelhantes atendeu os pedidos de Moisés e Samuel quando intercederam por Israel e Jeremias sabia disto, mas para deixar clara a sua decisão ele diz que nem mesmo a intercessão deles seria atendida e o resultado foi o cativeiro na Babilônia.

“Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.” Mal 3:6

“E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte. Por causa disto, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim. Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo.” 2 Coríntios 12:7-9

De comum entre estas duas passagens vemos que tanto Jeremias como Paulo cessaram de orar pedindo pelo livramento assim que Deus falou. Este é um ensino precioso: nunca deveríamos insistir com Deus em assuntos em que Ele já se manifestou. Mas porque Jesus ensinou a ser insistente quando usou o ensino da viúva e o juiz? Porque o juiz ainda não havia se manifestado! Este é o espaço que temos para insistirmos, Jeremias e Paulo não cessaram de pedir até que Deus do alto se manifestou.

“Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que a ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em defendê-los?” Lc 18:7

“pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres.” Tiago 4:3

Esta palavra de Tiago tem sido uma “pedra no sapato” da teologia que acredita que a oração tem poder de mudar a vontade de Deus, baseado em uma leitura incompleta das palavras de Jesus em Mateus ou em inferências fora de contexto.

Qualquer coisa pedida sem que ela glorifique a Deus ou coopere com a sua vontade é considerado um pedido mal feito e pode não ser atendido.

Deus falou muitas vezes no passado pelos patriarcas e pelos profetas mas as escrituras dizem claramente que fala nestes últimos dias pelo Filho (Hb1:1). A palavra de Deus e o Espírito Santo são as formas como Deus fala conosco hoje e se não entendemos muitas coisas que Jesus ou os apóstolos nos falam devemos fazer como Paulo e pedir para sermos “iluminados” no nosso entendimento, ou como Jesus fala em Apocalipse 3:18, devemos buscar colírio com Ele. Este é o caminho da oração que resultará na maior intimidade com Cristo e consequentemente com o Pai, buscar primeiramente olhar para o alto e não apenas para nossas necessidades ou limitações transitórias.

Declaramos que somos aqueles que aguardam a vinda do Senhor, mas parece que quanto mais as provas de que esta vinda está mais próxima ao invés de nos alegrarmos nos preocupamos excessivamente e quando não pior, ficamos com medo! O medo pode nos levar a orar indevidamente para mudar o rumo dos acontecimentos que já estão definidos por Deus.

Precisamos de entendimento para compreender o momento em que vivemos e para isto precisamos nos voltar para as palavras de Jesus e ao final começarmos a orar de acordo com esta revelação.

“Perguntaram-lhe: Mestre, quando sucederá isto? E que sinal haverá de quando estas coisas estiverem para se cumprir? Respondeu ele: Vede que não sejais enganados; porque muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu! E também: Chegou a hora! Não os sigais. Quando ouvirdes falar de guerras e revoluções, não vos assusteis; pois é necessário que primeiro aconteçam estas coisas, mas o fim não será logo. Então, lhes disse: Levantar-se-á nação contra nação, e reino, contra reino; haverá grandes terremotos, epidemias e fome em vários lugares, coisas espantosas e também grandes sinais do céu. Antes, porém, de todas estas coisas, lançarão mão de vós e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e aos cárceres, levando-vos à presença de reis e governadores, por causa do meu nome e isto vos acontecerá para que deis testemunho. Assentai, pois, em vosso coração de não vos preocupardes com o que haveis de responder porque eu vos darei boca e sabedoria a que não poderão resistir, nem contradizer todos quantos se vos opuserem. E sereis entregues até por vossos pais, irmãos, parentes e amigos; e matarão alguns dentre vós. De todos sereis odiados por causa do meu nome. Contudo, não se perderá um só fio de cabelo da vossa cabeça. É na vossa perseverança que ganhareis a vossa alma. Quando, porém, virdes Jerusalém sitiada de exércitos, sabei que está próxima a sua devastação. Então, os que estiverem na Judéia, fujam para os montes; os que se encontrarem dentro da cidade, retirem-se; e os que estiverem nos campos, não entrem nela. Porque estes dias são de vingança, para se cumprir tudo o que está escrito. Ai das que estiverem grávidas e das que amamentarem naqueles dias! Porque haverá grande aflição na terra e ira contra este povo. Cairão a fio de espada e serão levados cativos para todas as nações; e, até que os tempos dos gentios se completem, Jerusalém será pisada por eles. Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; sobre a terra, angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados. Então, se verá o Filho do Homem vindo numa nuvem, com poder e grande glória. Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei a vossa cabeça; porque a vossa redenção se aproxima. Ainda lhes propôs uma parábola, dizendo: Vede a figueira e todas as árvores. Quando começam a brotar, vendo-o, sabeis, por vós mesmos, que o verão está próximo. Assim também, quando virdes acontecerem estas coisas, sabei que está próximo o reino de Deus. Em verdade vos digo que não passará esta geração, sem que tudo isto aconteça. Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão. Acautelai-vos por vós mesmos, para que nunca vos suceda que o vosso coração fique sobrecarregado com as conseqüências da orgia, da embriaguez edaspreocupações deste mundo, e para que aquele dia não venha sobre vós repentinamente, como um laço. Pois há de sobrevir a todos os que vivem sobre a face de toda a terra. Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que têm de suceder e estar em pé na presença do Filho do Homem.” Lc 21:7-36

Não podemos orar para mudar os acontecimentos previstos por Jesus, mas podemos orar para pedir para o Senhor nos livrar das consequências destes acontecimentos que certamente virão!

Estas são as palavras de Jesus sobre o momento em que estamos vivendo, se de fato acreditamos que o dia se aproxima e sua vinda está mais próxima, então devemos exultar!

Temos que ficar passivos então frente a estes acontecimentos? Não, mas não podemos permitir que nosso coração fique sobrecarregado com as preocupações deste mundo das quais Jesus já havia falado no sermão do monte (Mt 6:25). Devemos ficar livres de toda a ansiedade.

Deus pode nos livrar por sua infinita misericórdia das consequências destas coisas que devem suceder como fez em tantas vezes antes sem alterar os acontecimentos. Foi assim com Noé e sua família, com o povo de Israel no Egito durante a fome quando orientou a José a guardar durante o período de abundância para o período de escassez, foi assim com Daniel na cova dos leões, com Sadraque, Mesaque e Abde-nego na fornalha ardente, entre tantos outros. Entretanto o autor de Hebreus nos alerta que existem junto com estes vitoriosos uma grande nuvem de testemunhas que obtiveram bom testemunho pela sua fé tendo passado por escárnio, açoites, prisões, apedrejados, serrados, mortos ao fio de espada, desamparados, aflitos e maltratados (dos quais o mundo não era digno) Hb 11:36-40. Parece-me que em “nosso evangelho” queremos apenas destacar o primeiro grupo como os verdadeiros representantes da fé, mas não é isto que diz as escrituras, o segundo grupo é tão vitorioso quanto o primeiro pois a vitória não era a falta de tribulação mas alcançar a promessa, Jesus!

Concluímos sem qualquer dúvida que o principal elemento de certeza de recebimento de nossas orações é que ela seja feita segundo a vontade de Deus e para isto precisamos gastar tempo para conhecer a sua vontade para não com encontramos eventualmente como Balaão lutando contra Deus para tentar força-lo a fazer algo apenas em benefício próprio.

“E esta é a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve.” 1 João 5:14

“Porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas.” Lucas 1:37

“Porque quantas são as promessas de Deus, tantas têm nele o sim; porquanto também por ele é o amém para glória de Deus, por nosso intermédio.” 2 Coríntios 1:20

Importante termos cuidado ao olharmos as escrituras ao vermos “promessas” pois promessas são como profecias, temos que saber o alcance dela; as vezes é para Israel apenas, outras dirigidas à sua igreja e outras são apenas para uma pessoa ou grupos de pessoas. Não observar isto pode nos levar a aplicar uma promessa fora do seu contexto, o que infelizmente tem sido bastante comum na história, é isto é apenas presunção e não fé.

“Então, respondestes e me dissestes: Pecamos contra o SENHOR; nós subiremos e pelejaremos, segundo tudo o que nos ordenou o SENHOR, nosso Deus. Vós vos armastes, cada um dos seus instrumentos de guerra, e vos mostrastes temerários em subindo à região montanhosa. Disse-me o SENHOR: Dize-lhes: Não subais, nem pelejeis, pois não estou no meio de vós, para que não sejais derrotados diante dos vossos inimigos. Assim vos falei, e não escutastes; antes, fostes rebeldes às ordens do SENHOR e, presunçosos, subistes às montanhas. Os amorreus que habitavam naquela região montanhosa vos saíram ao encontro; e vos perseguiram como fazem as abelhas e vos derrotaram desde Seir até Horma. Tornastes-vos, pois, e chorastes perante o SENHOR, porém o SENHOR não vos ouviu, não inclinou os ouvidos a vós outros.” Dt 1:41-45

No caso de Israel temos que destacar duas coisas muito importantes, Deus havia dado a ordem para eles subirem e pelejarem, mas como eles desobedeceram, Deus retirou a ordem. Para Israel era guerrear ou voltar para o deserto e desta forma eles resolveram obedecer a Deus, mesmo que tardiamente, mas foram alertados que Deus não iria acompanha-los na guerra. Eles partiram para a guerra e foram derrotados. Muitas vezes perdemos o tempo de Deus e fora deste tempo a sua mão se recolhe. Pense nisto!

O Senhor sabe livrar os seus e até mesmo os ímpios quando Ele assim decidir. Quando Paulo estava sendo levado preso para Roma foram atacados por uma tempestade, mas o Senhor enviou um anjo para tranquilizar a Paulo especificamente para aquele momento.

“Havendo todos estado muito tempo sem comer, Paulo, pondo-se em pé no meio deles, disse: Senhores, na verdade, era preciso terem-me atendido e não partir de Creta, para evitar este dano e perda. Mas, já agora, vos aconselho bom ânimo, porque nenhuma vida se perderá de entre vós, mas somente o navio. Porque, esta mesma noite, um anjo de Deus, de quem eu sou e a quem sirvo, esteve comigo, dizendo: Paulo, não temas! É preciso que compareças perante César, e eis que Deus, por sua graça, te deu todos quantos navegam contigo. Portanto, senhores, tende bom ânimo! Pois eu confio em Deus que sucederá do modo por que me foi dito.” Atos 27:21-25

As vidas foram poupadas por Deus na sua grande misericórdia, mas todos os bens foram perdidos no naufrágio. As vidas são preciosas para Deus. Muitas coisas boas podemos tirar deste episódio, principalmente o fato que o evangelho, segundo relata a história, entrou na ilha de Malta através de Paulo quando esteve lá depois deste naufrágio. Deus sabe nos guardar no tempo da angústia e ainda assim manter o seu propósito de levar o evangelho a todas as nações em meio as piores circunstâncias.

Nas passagens que Jesus fala deste tempo, seja o princípio das dores ou a grande tribulação, a marca será acima de tudo a exultação por parte daqueles que aguardam a Jesus e o poder em que o evangelho será pregado neste período, se isto não está presente em nós, devemos incluir urgentemente em nossas orações!

“Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes.” 2 Tim 3:1-5

Para finalizar, uma palavra de alerta de Paulo quando fala dos últimos dias. Podemos ver todos estes pecados se intensificando no mundo, mas a preocupação de Paulo é que estes pecados estivessem presentes na igreja!

Deus sem sombra de dúvida usa estes acontecimentos para falar com sua igreja e leva-la ao arrependimento.

“Sabeis estas coisas, meus amados irmãos. Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar.” Tg 1:19

CARLOS A S SILVA
Enviado por CARLOS A S SILVA em 07/04/2020
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