APOSTILA DE GÊNESIS - LIÇÃO 1- RESUMO DE GÊNESIS

COMO ESTUDAR A BÍBLIA?

LEMBRE-SE: Estudar a Bíblia não é o mesmo que ler a Bíblia.

1. PLANEJE – Planeje um horário, um método, por qual livro vai começar a estudar.

2. SUGESTÃO – Todos sugerem começar a estudar a Bíblia pelo Evangelho de João, depois Romanos, as Cartas de Paulo, todo o Novo Testamento e depois começar pelo Antigo Testamento.

3. TENHA MATERIAL DE APOIO

a. Adquira uma Bíblia mais nova, por causa da gramatica. Mas tenha várias versões da Bíblia para comparar. Quanto mais nova a Bíblia, masi atualizada a gramatica.

b. Tenha também um caderno para anotar os pontos relevantes, caneta etc.

c. Hoje temos no Youtube vários videos mostrando quais são as melhores Bíblias de Estudo e por que é boa. Ajuda uma Bíblia de Estudo que tenha resumos dos livros, antes de começar o livro bíblico. Algumas ainda tem resumos dos capítulos. De preferência a essas a principio. Depois num outro momento vem as que tentam interpretar os versículos. Devemos compreender que a interpretação é humana, não se esqueça.

d. O cristianismo hoje tem dois momentos, um é a Igreja Pentecostal e seus ensinamentos, o outro é a Igreja Reformada. Para o ensino não ficar defasado, é preciso ter, se possível, Bíblias de Estudo sobre as duas Igrejas.

e. Na Internet podemos baixar hoje em dia qualquer comentário bíblico de qualquer livro praticamente. O ideal é ter mais de um comentário, no computador, ou celular, sobre o mesmo livro.

4. LEIA A BÍBLIA – Não tem como estudar a Bíblia, sem ler a Bíblia. Eu indicaria que antes que você estudasse qualquer livro bíblico, primeiro lesse o livro inteiro, de uma vez.

5. ORE – Estando tudo pronto, ore a Deus para Deus te direcionar o que você vai estudar hoje, o quê o Espírito Santo vai impactar o seu coração ao você estudar. Sobre o quê Ele vai te chamar a atenção. Quanto mais você ora, menos tempo você perde. Mas compreenda que orar não substitui estudar a Bíblia. É necessário orar, mas isso não substitui um plano de estudo.

6. POR ONDE COMEÇAR A ESTUDAR O LIVRO BÍBLICO? – Algumas coisas são básicas a todos os livros bíblicos, que podemos resumir em: Quem, Quando e Porquê.

a. Quem escreveu o livro? – Quem foi o autor e por quais motivos escreveu o livro. As Crônicas são diferentes dos Salmos, assim como os Evangelhos são diferentes dos profetas.

b. Quando o livro foi escrito? – Compreendendo a data do livro, podemos ter uma ideia do que estava acontecendo na história humana. É o contexto histórico.

c. Porquê o livro foi escrito? – Quais são os ensinamentos teologicos que Deus quer que compreendamos? É o contexto bíblico.

GÊNESIS

GÊNESIS

O título Gênesis é o termo grego — de onde vem “gênese” em português — com que a Septuaginta nomeia o primeiro livro da Bíblia. Significa “origem” ou “princípio”, o que corresponde de um modo geral ao conteúdo do livro. Com efeito, nele são narrados, desde uma perspectiva religiosa, as origens do universo, da terra, do gênero humano e, em particular, do povo de Israel.

DIVISÃO DO LIVRO

O livro de Gênesis (= Gn) compõe-se de duas grandes seções. A primeira (c aps. 1— 11) contém a chamada “história das origens” ou “história dos primórdios”, que inicia com o relato da criação do mundo (1.1—2.4a). Trata-se de uma narrativa poética de grande beleza, à qual segue a narrativa da origem do ser humano, colocado por Deus neste mundo que havia criado. A segunda parte (caps. 12—50) enfoca o tema dos inícios mais remotos da história de Israel. É conhecida como “história dos patriarcas” e centra o seu interesse em Abraão, Isaque e Jacó, respectivamente pai, filho e neto, nos quais o povo de Deus tem as suas raízes mais profundas.

A HISTÓRIA DAS ORIGENS

“No princípio, criou Deus os céus e a terra” (1.1). Este enunciado categórico e solene abre a leitura de Gênesis e de toda a Bíblia. É a afirmação do poder total e absoluto de Deus, o único e eterno Deus, a cuja vontade se deve tudo que existe, pois “sem ele nada do que foi feito se fez” (Jo 1.3). O universo é resultado da ação de Deus, que, com a sua palavra, criou o mundo, o tornou habitável e o povoou com seres viventes. Entre estes pôs também a espécie humana, que diferenciou de todas as outras ao conferir-lhe uma dignidade especial, criando-a “à sua imagem, à imagem de Deus” (1.26-27).

Este relato inicial de Gênesis considera o homem e a mulher em uma particular relação com Deus, de quem receberam a comissão de governar de modo responsável o mundo do qual eles próprios são parte (1.28-30; 2.19-20). Com efeito, o ser humano (hebr. adam) foi formado “do pó da terra” (adamá), ou seja, da mesma substância que o resto da criação; porém “o SENHOR Deus... lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente” (2.7). A criação do homem, do varão (ish) é seguida no Gênesis pela da mulher (ishá), vindo a constituir entre os dois a unidade essencial do casal humano (2.22-24).

A relação especial que Deus estabelece com Adão e Eva se define como uma permanente amizade, oferecida para ser aceita livremente. Deus, criador de tudo e soberano absoluto do universo, oferece a sua amizade; o ser humano está livre para aceitá-la ou rejeitá-la. O sinal da atitude humana ante a oferta divina se identifica com o preceito que, por um lado, afirma a soberania de Deus e, por outro lado, estabelece a responsabilidade do ser humano no gozo da liberdade: “da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás” (2.17). Porém Adão, o ser humano, querendo igualar-se a Deus, quebra a condição imposta com um ato de rebeldia que lhe fecha o acesso à “árvore da vida” (3.22-24) e abre as portas ao império do pecado, cujas conseqüências são o sofrimento e a morte.

A HISTÓRIA DOS PATRIARCAS

Esta segunda parte de Gênesis (caps. 12—50) representa o começo de uma nova etapa no desenvolvimento da humanidade, uma etapa na qual Deus atua no sentido de libertar os seres humanos da situação à qual o pecado os conduziu.

A história entra em uma nova fase com a revelação de Deus a Abraão, a quem ordena que deixe para trás a sua parentela e a sua terra e emigre para terras desconhecidas. Promete-lhe fazer dele uma grande nação, abençoá-lo e engrandecer-lhe o nome (12.1-3) e lhe confirma essa promessa estabelecendo uma aliança segundo a qual em Abraão seriam “benditas todas as famílias da terra” (12.3; cf. Gl 3.8). caps. capítulos

O livro de Gênesis destaca que o SENHOR não atua de forma arbitrária ao escolher Abraão, mas que a sua eleição faz parte de um plano de salvação que se estende ao mundo inteiro. O fim último desse plano, a universalidade da ação salvífica de Deus, se manifesta no fato simbólico da mudança do nome de Abrão para Abraão, que significa “pai de numerosas nações” (17.5).

Quando Abraão morre, o seu filho Isaque passa a ser o depositário da promessa de Deus; e, depois de Isaque, Jacó. Assim ela foi sendo transmitida de uma geração a outra, de pai para filho. E todos, como Abraão, viveram como estrangeiros, fora do seu lugar de origem. Os patriarcas (isto é, “pais de uma linhagem”) eram pastores seminômades, em constante movimento migratório. A sua vida transcorreu entre contínuas mudanças e reassentamentos que, registrados no livro de Gênesis, dão à narrativa um caráter peculiar.

Jacó, por ocasião de um misterioso episódio que teve lugar em Peniel (32.28-30; cf. 35.10), recebeu o nome de Israel (“aquele que luta com Deus” ou “Deus luta”). Esse nome foi usado mais tarde para identificar as doze tribos, depois o Reino do Norte e finalmente a nação israelita na sua totalidade.

A história de José, filho de Jacó, é fascinante. Vendido como escravo e levado ao Egito, José caiu nas graças do faraó que lá reinava. O faraó o elevou ao segundo posto no governo do país (41.39-44). Essa posição política elevada permitiu ao jovem hebreu trazer para junto de si o seu pai, que, com os seus filhos, familiares e os seus rebanhos (46.5-7,26), se estabeleceu no delta do Nilo, na região de Gósen, uma terra rica em pastos e apropriada às suas necessidades e ao seu gênero de vida.

Morrendo Jacó, os seus filhos trasladaram o corpo a Canaã e o sepultaram em um túmulo que Abraão havia comprado (50.13) para ali enterrar a sua esposa (23.16-20). Essa compra de um terreno para sepultura tem no livro de Gênesis um claro sentido simbólico, prefigurando a tomada de posse pelos israelitas de um território onde os patriarcas do povo haviam vivido como estrangeiros em outra época.

ESBOÇO:

1. História das origens (1.1—11.32)

a. A criação do Céu e da Terra

b. A Criação do homem

c. A Queda

d. Caim e Abel

e. Arca de Noé e o Díluvio

f. A Torre de Babel

2. História dos patriarcas (12.1—50.26)

a. Abraão (12.1—25.18)

b. Isaque (25.19—26.35)

c. Jacó (27.1—36.43)

d. José (37.1—50.26)

Referência: Bíblia de Estudo Almeida

pslarios
Enviado por pslarios em 31/08/2020
Reeditado em 08/09/2020
Código do texto: T7051011
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