A Parábola do Filho Pródigo como não está sendo contada

Quando houve o primeiro erro humano – conhecido por “pecado adâmico” – Deus estabeleceu que iria mandar um “segundo Adão”, nascido de uma virgem, para solucionar o impasse.

Obviamente se é “nascido de uma virgem” seria primogênito.

É aí que toda a história da Bíblia se resume a “certo homem tinha dois filhos” – com a Parábola do Filho Pródigo (Lucas 15:11) não seria diferente.

Se são “dois filhos” um necessariamente será o mais velho – o primogênito, no caso. Mesmo em sendo gêmeos.

É, portanto, em cima desses fatores que o inimigo vai trabalhar de modo buscar “passar uma rasteira” em todo “mais velho” da genealogia porque poderia ser o “nascido de uma virgem”. Para que o mesmo perdesse a primogenitura e, assim, não pudesse resolver o impasse.

Por conseguinte, toda história bíblica versa em dois filhos: o mais velho e o mais novo, é claro. A história do mais velho que atropela o andamento das coisas e a do mais novo que entra como substituto eventual, ou renovo, até que venha o prometido para concerto do erro. Ou seja: um primogênito que não iria levar a referida rasteira, mesmo sendo tentado.

Com a Parábola do Filho Pródigo não poderia ser diferente.

Somente que o capitalismo exacerbado tem mudado os rumos da história, quando não é bem assim que a banda toca.

Começa que quem deu o título (Ferreira de Almeida) à parábola se referia ao mais velho, Porque foi ele quem desperdiçou a única oportunidade de participar da festa que o Pai deu. Depois, foi ele que quem recebeu porção dobrada da herança materna (o pai era viúvo). Pois o pai não poderia dar uma parte da herança ao mais novo sem dar primeiramente as duas partes que cabia ao mais velho. Razão de o mais velho não puder usar o termo “desperdício”, em detrimento do irmão, para querer levar vantagem.

Convém salientar que quem usou a palavra desperdiçar foi o mais velho, com raiva. Já o pai frisa que o mais novo dissipou (diaspekan) a fortuna, mais o mundo capitalista traduziu para desperdiçar (katapuiev). E, por aí, vai...

Edmilson N Soares
Enviado por Edmilson N Soares em 08/11/2020
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