MEDIUNISMO E ESPIRITISMO

A mediunidade não é uma invenção do Espiritismo, como muita gente ainda acredita. Antes do surgimento da Doutrina Espírita, cujo marco inicial aconteceu em 1857 na França, com o lançamento de “O Livro dos Espíritos” por Allan Kardec, a mediunidade já era praticada desde as épocas mais remotas das sociedades humanas.

Se vasculharmos a História das religiões a procura de fenômenos mediúnicos, encontraremos o mediunismo como o fundamento de todas, desenvolvendo-se sob diferentes formas. E essa universalização comprova que a mediunidade é uma faculdade natural do psiquismo humano.

O próprio Espiritismo é uma consequência dos fenômenos mediúnicos que chamaram a atenção de Kardec levando-o a estuda-los e, utilizando-se dos métodos científicos da época, deduziu as suas consequências filosóficas e religiosas formando um corpo doutrinário que denominou de Espiritismo para diferencia-lo do espiritualismo comum.

O Espiritismo estuda e traz explicações lógicas acerca dos fenômenos espirituais que existem por toda parte, revelando que esses fatos não são sobrenaturais, mas fazem parte das leis da natureza. Estuda a mediunidade com disciplina e seriedade tendo por fundamento religioso a moral cristã. Com efeito, estudando as leis que regem os fenômenos espirituais, podemos dizer que ele esta na base de todas as crenças religiosas, sem com isso, querermos afirmar que existem outras formas de Espiritismo.

Enfim, o Espiritismo utiliza-se da mediunidade, mas, nem todo mediunismo é Espiritismo e nem todo médium é espírita. Logo, não existem linhas no Espiritismo, também não há alto e baixo e muito menos branco ou preto. O Espiritismo é um só e fora da Codificação Kardequiana não há verdadeiro Espiritismo, somente espiritualismo.