A IGREJA VAI PASSAR, OU NÃO PELA GRANDE TRIBULAÇÃO?
 

Certamente você já ouviu crentes de diversas denominações afirmarem que a volta de Jesus é "iminente", e que Deus não permitirá que a Sua Igreja sofra no período da Grande Tribulação, quando o Anticristo se manifestar sobre a terra. De fato, a vinda de Jesus é certa, e, isso todos os verdadeiros cristãos concordam, mas que a Sua vinda será iminente, essa é uma questão discutivel que veremos mais adiante! Possivelmente também, você já leu algum livro, ou assistiu algum filme sobre o desaparecimento oculto de um povo chamado "a igreja de Deus". A propagação desses ensinos e de outros similares tem sua origem no pré-tribulacionismo, uma "crença moderna" bastante popular, muito conhecida, porém recente entre os cristãos protestantes. Esse grupo de cristãos afirmam que o arrebatamento da Igreja, acontecerá antes, ou bem próximo do surgimento do Anticristo e da Grande Tribulação. Os que defendem esse pensamento afirmam que Jesus voltará uma segunda vez de maneira "invisível" sobre as nuvens para raptar (arrebatar) secretamente os verdadeiros cristãos, e que ninguém no mundo verá este acontecimento, senão os próprios crentes. Então, segundo eles, só depois dos crentes “fiéis” desaparecerem de modo secreto, começará o período de Grande Tribulação sobre a terra que será de 7 (sete) anos. A ideia central para os estudiosos da Bíblia que acreditam nessa teoria é que a Grande Tribulação será um período de grande sofrimento reservado apenas para os judeus e demais nações gentílicas – a Igreja, porém, não estará na terra, mas durante esse período ela estará no céu com Cristo recebendo galardões e celebrando as bodas do Cordeiro. Dessa maneira, depois da Grande Tribulação, Cristo virá outra vez, ou seja pela terceira vez, só que dessa vez "visivelmente", e com a Igreja para destruir o Anticristo, o falso Profeta e implantar o Milênio sobre a terra.

Apesar de existir muitos crentes honestos, sinceros e tementes a Deus que acreditam nisso, "como, eu por exemplo", que no passado também acreditava e ensinava essa doutrina, devo admitir explicitamente que não existe nenhum versículo bíblico que ensine que a Igreja não passará pela Grande Tribulação. Não existe nas Escrituras qualquer ensino sobre uma Segunda Vinda de Cristo em dois estágios distintos, ou em duas fases separadas por 7 (sete) anos de Grande Tribulação, também não há nada escrito nos Evangelhos, no livro de Atos, nas Epístolas, ou no Apocalipse sobre um “arrebatamento secreto” da Igreja. Podemos afirmar que o ensino pré-tribulacionista que defende o arrebatamento secreto da Igreja antes do surgimento do Anticristo e do período da Grande Tribulação, "não se sustenta biblicamente", "nem historicamente". Precisamos lembrar que esse tipo de ensino moderno, nunca foi ensinado pelo Senhor Jesus, pelos profetas do Antigo Testamento, e nem pelos apóstolos. Posteriormente ao I século da era cristã, os pais da Igreja, escolásticos medievais, reformadores protestantes e muitos outros teólogos até o século XVIII, também nunca ensinaram sobre um arrebatamento secreto da Igreja.

O posicionamento pós-tribulacionista em relação ao arrebatamento da Igreja

 

Brian Schwertley diz que sempre que o cristão encontra uma doutrina que não foi ensinada por alguém de qualquer ramo da Igreja de Cristo durante (dezoito séculos passados), ele deveria ter muita suspeita de tal ensino. Devo admitir que ele tem razão! Segundo Brian, esse fato em e por si mesmo não prova que o novo ensino é falso. Mas, deveria definitivamente levantar suspeitas, pois se algo é ensinado na Escritura, não é absurdo esperar que ao menos uns poucos teólogos e exegetas tenham descoberto isso antes. De acordo com o pensamento de Brian, o arrebatamento pré-tribulacional não veio a existência mediante uma exegese cuidadosa da Bíblia.

Na atualidade a maioria dos cristãos protestantes, adotam como forma de interpretação escatológica a doutrina pré-tribulanista, que defende o arrebatamento secreto da Igreja. Um argumento muito usado por eles é que, Deus não seria justo, se permitir que a Igreja passe pela Grande Tribulação, ou seja, Deus estaria sendo injusto. Mas, vale lembrar que esse tipo de argumento não está de acordo com os planos de Deus, pois, a Igreja em todas as épocas sofreu perseguições terríveis. O próprio Cristo deixou muito claro nos evangelhos que os cristãos seriam perseguidos e martirizados.
“Estai vós de sobreaviso, porque vos entregarão aos tribunais e às sinagogas; sereis açoitados, e vos farão comparecer à presença de governantes e reis, por minha causa, para lhes servir de testemunho” (Mc 13.9). “Então sereis atribulados, e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações, por causa do meu Nome” (Mt 24.9).

 

Os apóstolos também ensinaram as mesmas coisas que o Senhor Jesus! Em sua carta aos Filipenses, Paulo deixou muito claro que (os cristãos são destinados a sofrer). “Porquanto, por amor de Cristo vos foi concedida a graça de não somente crer em Cristo, mas também de sofrer por Ele” (Fp 1.29). “Renovando o ânimo dos discípulos, e os encorajando a perseverar na fé; e mostrando que, através de muitas tribulações, nos importa entrar no Reino de Deus” (At 14.22). A Igreja deve ter em mente que, seguir a Jesus Cristo, é se identificar com Ele em todos os sentidos, não somente na glória da Sua ressurreição, mas também na dor de Seu sofrimento na cruz. Os primeiros séculos da era cristã foram marcados como a Era dos Mártires. Os cristãos eram vítimas de toda sorte de crueldades e sofrimentos, milhares foram mortos por amor a Cristo. Hoje acontece o mesmo com milhares de cristãos no mundo inteiro.

Outro argumento típico dos pré-tribulacionistas é que da mesma forma que Deus livrou Noé e sua família do dilúvio, e livrou Ló quando destruiu Sodoma e Gomorra, Deus livrará também a Sua Igreja da Grande Tribulação. Esse tipo de argumento é perigoso, pois, tenta estabelecer o princípio “lógico” de que Deus irá sempre livrar o Seu povo do sofrimento, mas não é isso que diz a Bíblia e nem a história do cristianismo afirma tal coisa.

No Antigo Testamento, por exemplo, Deus não livrou o Seu povo do sofrimento no Egito, pelo contrário, os hebreus sofreram quatrocentos anos de escravidão e tribulação. E, quanto aos sofrimentos e martírios dos profetas, o que dizer? Como ignorar a tribulação que a Igreja Primitiva sofreu sob a implacável perseguição dos imperadores Nero e Domiciano? Em ambos os casos, Deus não livrou o Seu povo. O Novo Testamento também não dá esperança alguma de escape para a Igreja da grande aflição que virá no período da Grande Tribulação (Mt 24.21; Mc 13.19,24; Lc 21.12,16), pelo contrário, o propósito de Deus é confortar e encorajar os cristãos na Grande Tribulação (Ap 2.3-11; 6.9-11; 7.9-17; 11.1-10; 12.11,17; 13.7,8; 14.1-5,13).

 

Diferente do pensamento pré-tribulacional, o pós-tribulacionismo defende que o arrebatamento e a segunda vinda de Cristo tratam-se de um único evento. Isso significa que a Igreja não será retirada da terra sem que antes surja o Anticristo e seja dado início a Grande Tribulação (2Ts 2.3; Mc 13.19,24). O arrebatamento da Igreja, a segunda e última vinda de Cristo no final desta presente era ocorrem no mesmo momento; consequentemente, os cristãos em vida nesse tempo serão expostos às aflições finais no governo do Anticristo na Grande Tribulação.

Particularmente, creio que a posição pós-tribulacionista é a que mais se harmoniza ao ensino das Escrituras, ou seja, o arrebatamento da Igreja ocorrerá após o surgimento do Anticristo no final da Grande Tribulação. Creio dessa forma porque acredito piamente na inerrância da Bíblia, e porque ela não se contradiz. A Bíblia não está contra a Bíblia. Por essa simples explicação não posso considerar um arrebatamento secreto como um evento imperceptível e invisível, que antecede a Grande Tribulação. Na verdade a doutrina do arrebatamento secreto da Igreja é um verdadeiro “malabarismo teológico” porque há uma série de contradições ao genuíno ensino bíblico.

A origem do ensino de um arrebatamento pré-tribulacional

Fontes seguras afirmam que o ensino de um arrebatamento secreto pré-tribulacional é uma doutrina que nunca existiu, nunca foi pregada nas reuniões da Igreja antes de 1830. A primeira pessoa a ensinar isso foi uma jovem chamada Margaret Macdonald. Ela não era teóloga nem expositora bíblica, mas uma profetiza da seita Irvingita (a Igreja Católica Apostólica). “Os primeiros discípulos da interpretação pré-tribulacionista frequentemente a chamavam de uma nova doutrina”. John Nelson Darby (1800-1882), que foi o líder do movimento Irmãos e “pai do Dispensacionalismo moderno”, tomou o novo ensino de Margaret Macdonald sobre o arrebatamento, e fez algumas mudanças. Margaret (ensinava um arrebatamento parcial de crentes, enquanto ele ensinava que todos os crentes seriam arrebatados) e incorporou-o em seu entendimento dispensacionalista da Escritura e profecia. Darby gastaria o resto de sua vida falando, escrevendo e viajando para espalhar a nova teoria do arrebatamento. O maior responsável pela ampla aceitação do pré-tribulacionismo e dispensacionalismo entre os evangélicos foi Cyrus Ingerson Scofield (1843-1921). Scofield publicou “sua Bíblia de Referência Scofield em 1909. Essa Bíblia, que expunha as doutrinas de Darby em suas notas, se tornou muito popular em círculos fundamentalistas. Na mente de muitos professores da Bíblia, pastores fundamentalistas e multidões de cristãos professos, as notas de Scofield eram praticamente igualadas à própria Palavra de Deus. Se uma pessoa não aderia ao esquema dispensacionalista e pré-tribulacional, ele ou ela seria quase automaticamente rotulado de modernista. Hoje existe uma abundância de livros advogando a teoria do arrebatamento pré-tribulacional e o entendimento dispensacionalista dos fins dos tempos. Todavia, os argumentos típicos oferecidos em favor dessa teoria estão em conflito com a Bíblia. Fonte: Resumo do livreto “Is the Pretribulation Rapture Biblical”? Autor: Brian Schwertley.

Argumentos a favor da teoria de um arrebatamento pré-tribulacional

O arrebatamento secreto da Igreja é uma doutrina conhecida por todos os crentes no mundo. Se os números estiverem certos, pelo menos 90% dos cristãos no mundo defendem esse tipo de ensinamento. Segundo os pré-tribulacionistas a Igreja de forma alguma passará pela Grande Tribulação. Os defensores dessa teoria afirmam que Jesus virá não só uma vez, mas duas vezes. Primeiro, Jesus vem de forma "invisível" para arrebatar secretamente a Igreja (1Ts 4.13-18), e sete anos depois, Ele vem novamente, só que desta vez de maneira "visível" para estabelecer o Milênio na terra (Ap 20.3-6).

 

Dizem os dispensacionalistas que o intervalo de 7 (sete anos) entre as duas vindas de Cristo é necessário por pelo menos dois motivos: Primeiro para que todo “cristão fiel” compareça diante do Tribunal de Cristo (2Co 5.10), e segundo para que surjam cristãos na Grande Tribulação, os quais terão seus corpos não-ressurretos, mas transformados para ingressarem no Milênio (Is 65.20-25).

Segundo os dispensacionalistas, na primeira vinda de Jesus, denominada de (fase A), Ele vem “secretamente” para arrebatar a Igreja, ou seja, (todos crentes que estiverem vivos), então ocorrerá a primeira ressurreição (apenas dos crentes que partiram com Cristo para a eternidade). Dessa maneira, “os crentes fiéis e verdadeiros”, ainda em vida, terão seus corpos transformados e, juntamente com os crentes ressuscitados, todos eles, então com corpos incorruptíveis serão arrebatados para se encontrar com Cristo, escapando assim da Grande Tribulação.

Sendo assim, depois de arrebatados, os crentes ficarão "em algum lugar não definido", com Jesus por sete anos para serem julgados no Tribunal de Cristo segundo as suas obras (Mt 25.14-23; Lc 19.12-20; 1Co 3.11-15; Rm 14.10; 2Co 5.10), e, para participarem da grande festa das Bodas do Cordeiro (Ap 19.7). Então, segundo essa doutrina, enquanto a Igreja estiver desfrutando de tão gloriosas bençãos, todos os judeus e demais nações gentílicas, estarão num sofrimento terrível jamais visto em toda a história a Grande Tribulação, sob o governo do Anticristo.

Outro típico argumento dos dispensacionalistas é sobre a “iminência da volta de Jesus Cristo”. Segundo eles, a segunda vinda de Jesus Cristo é iminente, isso significa que não é obrigatório que ocorra determinados fatos antes deste evento, isso é, Jesus pode voltar a qualquer momento sem que haja uma série precisa de acontecimentos antes disso. Para os dispensacionalistas não há nenhum sinal prévio e obrigatório para anteceder a vinda de Cristo à Igreja, portanto, segundo as mentes pré-tribulacionistas a volta de Jesus é iminente.

Nas próximas linhas, veremos de forma resumida algumas passagens da Bíblia que o pré-tribulacionismo usa para defender um arrebatamento secreto da Igreja "antes" do Surgimento do Anticristo e da Grande Tribulação. Após apresentar as teorias do pré-tribulacionismo em realação ao arrebatamento secreto da igreja, em seguida irei contestar esses argumentos com base nas Escrituras.  

A interpretação pré-tribulacionista

 

“Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem” (Mt 24.27). Os pré-tribulacionistas interpretam esse texto como se Jesus estivesse ensinando que Sua vinda será tão rápida como um relâmpago, e, dessa maneira, segundo eles, o arrebatamento da Igreja será invisível, secreto, ou seja, o mundo não perceberá. Segundo eles, assim será a vinda de Jesus Cristo, “mesmo aqueles que o esperam, serão pegos de surpresa”, porque a Sua vinda será tão rápido – como o relâmpago.

Refutação Bíblica

De fato, não podemos negar que o Senhor Jesus no Sermão Escatológico, usa a "expressão simbólica" do relâmpago que sai do oriente e se mostra até o ocidente, para referir-se a Sua segunda vinda, porém o texto não está dizendo nada sobre um arrebatamento secreto da Igreja. Jesus não ensinou isso aqui em (Mt 24.27), e em nenhum outro lugar da Escritura. Não se trata de um encontro "invisível" da Noiva (Igreja) com o Noivo (Jesus), ao contrário, todo olho o verá. A volta de Jesus será publica, não oculta. O que Ele quis nos ensinar é que a Sua vinda será "repentina" e "visível". A volta de Jesus, no Seu Dia, será repentina e visível assim como o relâmpago em dia de tempestade pode ocorrer, mas ninguém consegue prever exatamente quando e onde ocorrerá. Do mesmo modo que podemos ver claramente no céu o esplendor da luz de um relâmpago, no momento da tempestade, veremos Jesus vir nas nuvens com poder e grande glória. Isso significa que embora a vinda de Jesus será repentina, não será secreta. Em Mateus 24.30, o Senhor Jesus deixou muito claro que na ocasião da Sua segunda vinda, Ele virá publicamente, não secretamente. “Então aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem, e TODOS OS POVOS DA TERRA SE LAMENTARÃO E VERÃO o Filho do Homem, vindo sobre as nuvens com poder e grande glória” (Mt 24.30). Além disso, os pré-tribulacionistas, cometem um grave erro ao dizer que “até os que esperam Jesus, serão pegos de surpresa”. Essa ideia contradiz o ensino da Bíblia. “Entretanto, vós irmãos, não estais vivendo nas trevas, para que esse Dia, como se fosse um ladrão, vos ataque de surpresa” (1Ts 5.4).

A interpretação pré-tribulacionista

“O dia do Senhor, porém, virá como ladrão. Os céus desaparecerão com um grande estrondo, os elementos desfeitos pelo calor, e a terra, e tudo o que nela há, será desnudada” (2Pe 3.10). Essa é outra passagem mal interpretada pelos pré-tribulacionistas. Eles insistem em dizer que esse evento, trata-se literalmente de um arrebatamento secreto. Segundo eles, enquanto os verdadeiros cristãos em todo o mundo de repente desaparecerão "sem explicação", o restante da humanidade será deixado para trás para sofrer na Grande Tribulação.

Refutação Bíblica

No Sermão Escatológico de Mateus 24, Jesus exortou os discípulos à vigilância porque a respeito do Dia e hora que Ele voltará ninguém sabe. Então, o Senhor usou a metáfora do ladrão para ensinar a natureza inesperada de Sua vinda. O apóstolo Pedro em sua segunda carta usou essa mesma figura de linguagem do Senhor Jesus, contudo, nem Jesus e nem Pedro disseram nada sobre arrebatamento secreto da Igreja. A expressão de Pedro em (2Pe 3.10): “o dia do Senhor, porém, virá como ladrão”, possui apenas um único sentido de interpretação: A vinda de Cristo será "inesperada, porém totalmente visível", para o juízo dos ímpios. Observe as palavras de Pedro no contexto de sua narrativa: “Sabei primeiro que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências, e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação... Mas, os céus e a terra que existem agora, pela mesma palavra, têm sido guardados para o fogo, sendo reservados para o dia do juízo e da perdição dos ímpios” (2Pe 3.3,4,7). Quando Jesus voltar, os ímpios estarão distraídos como nos dias de Noé (Mt 24.37-39). É por isso que a Palavra exortativa de Jesus para a Igreja é: Vigiai! O dia da Sua vinda será como a visita inesperada de um ladrão (Mt 24.43), de modo inesperado, repentino.

 

Os ímpios serão pegos de surpresa, mas a Igreja não (Mt 24.44). Paulo também usa o mesmo exemplo do ladrão para explicar como será a vinda do Senhor: “Irmãos, vocês não precisam que eu lhes escreva a respeito de quando e como essas coisas vão acontecer. Pois vocês sabem muito bem que o Dia do Senhor virá como um ladrão, na calada da noite. Quando as pessoas começarem a dizer: Tudo está calmo e seguro, então é que, de repente, a destruição cairá sobre elas. As pessoas não poderão escapar, pois será como uma mulher que está sentindo as dores de parto. Mas vocês, irmãos, não estão na escuridão, e O DIA DO SENHOR NÃO DEVERÁ PEGÁ-LOS COMO UM LADRÃO QUE ATACA DE SURPRESA” (1Ts 5.1-4 NTLH). Observe que nesse texto, Paulo ensina claramente que, não adianta ninguém marcar datas, ou fazer previsões, pois a vinda de Cristo será inesperada, assim como ladrão que ataca a noite, e quando esse Dia chegar será de grande terror para os ímpios, o mundo será pego de surpresa porque é inimigo de Deus, e não é sujeito a Sua Palavra. Contudo, Paulo também deixa claro que os verdadeiros cristãos não serão surpreendidos.

A interpretação pré-tribulacionista

“Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos uns aos outros com estas palavras” (1Ts 4.15-18). Esse texto é sem dúvidas o preferido e mais utilizado pelos pré-tribulacionistas para tentar defender o arrebatamento secreto da Igreja. Segundo eles, a expressão de Paulo: “nós, os vivos", "os que ficarmos", seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor "nos ares”, significa literalmente que quando o Senhor Jesus Cristo voltar, Ele ficará sobre as nuvens e não tocará a terra, então a Igreja subirá ao Seu encontro.

Refutação Bíblica

Sabemos pelas Escrituras que os cristãos tessalonicenses estavam sendo perturbados por aqueles que ensinavam que a Segunda Vinda de Cristo era iminente, ou seja, que poderia acontecer a qualquer momento sem sinais prévios (2Ts 2.2). Sabemos que os cristãos tessalonicenses esperavam a Segunda Vinda de Cristo que resultaria no arrebatamento da Igreja (2Ts 1.10). Aqueles cristãos tinham de fato, uma enorme expectativa quanto ao arrebatamento conforme vemos no texto de (1Ts 4.13-18). Paulo, então, procura acalmá-los dizendo que são falsos os ensinos que diziam que o arrebatamento estava às portas, ou que já até havia acontecido (2Ts 2.1,2), pois que tal não aconteceria sem que primeiro ocorressem dois grandes sinais, a saber: “a apostasia e a manifestação do Homem do Pecado, o Filho da Perdição” (2Ts 2.3). Paulo, então, deixa claro que a Segunda Vinda de Cristo e a nossa reunião ἐπισυναγωγή episynagêge, "ajuntamento" com Ele (2Ts 2.1), ocorrerão posteriormente a estes acontecimentos – apostasia e manifestação do Anticristo.

O ensino de Paulo com respeito ao arrebatamento da Igreja está em perfeita harmonia com o ensino de Jesus. “Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento e os poderes dos céus serão abalados. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do homem vindo sobre as nuvens do céu com poder e muita glória. E ele enviará os seus anjos, com grande clangor de trombeta, os quais reunirão os seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus” (Mt 24.29-31).

Se por um lado o texto de (1Ts 4.13-18), fala do arrebatamento da Igreja, por outro lado não ensina que será secreto. O versículo 16, por exemplo, fala que o Senhor dada a sua Palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus. Eu pergunto: O que é que há de secreto, ou silencioso nisso? Absolutamente nada! Paulo fala que o Senhor dará a Sua Palavra de ordem. No texto original grego é κέλευσμα kéleusma “grito estimulante”. Ele diz também que a voz do arcanjo será ouvida, e que a trombeta de Deus será tocada. Mais uma vez faço questão de expor o texto original grego em relação a palavra "trombeta" σάλπιγξ salpiygx que significa “trombeta de guerra”. Ela será tocada para anunciar a volta de Cristo. Percebemos claramente conforme o ensino de Paulo que o toque da trombeta de Deus vai produzir muito barulho, um grande estrondo que certamente irá abalar o mundo inteiro.

 

Vale lembrar que no Antigo Testamento, as trombetas eram usadas para chamar o povo de Deus para a guerra e para anunciar a vitória realizada por Ele. Será que só os crentes irão ouvir todo esse estrondo nos céus, conforme ensinam os pré-tribulacionistas? DEFINITIVAMENTE NÃO. Não há base bíblica para essa doutrina, isso não faz o menor sentido.

A interpretação pré-tribulacionista

 

“E, acontecerá exatamente assim, no Dia em que o Filho do homem for revelado. Portanto, naquele Dia, quem estiver sobre a laje, não desça para recolher os bens que estiverem dentro de casa. Semelhantemente, quem estiver no campo, não deve retornar por motivo algum. Lembrai-vos da esposa de Ló! Quem tentar preservar sua vida perde-la-á; mas quem perder a sua vida na realidade a manterá. Eu vos asseguro que, naquela noite, duas pessoas estarão numa cama; uma será levada e a outra deixada. Duas mulheres estarão no campo; uma será tirada, e a outra deixada. Dois trabalhadores estarão no campo; um será tomado, e o outro, deixado” (Lc 17.30-36). Com certeza você já ouviu muitos crentes dizer que essa passagem refere-se ao arrebatamento secreto da Igreja! Na interpretação pré-tribulacionista, as palavras: “duas pessoas estarão numa cama; uma será levada e a outra deixada – duas mulheres estarão no campo; uma será tirada, e a outra deixada”, significa basicamente que os santos, serão tirados dentre os ímpios no dia do arrebatamento.
 
Refutação Bíblica

Sobre o texto de Lucas que acabamos de ler, o evangelista Mateus, também menciona essas mesmas palavras da seguinte forma: “Então, dois estarão no campo, um será tomado, e deixado o outro; duas estarão trabalhando num moinho, uma será tomada, e deixada a outra” (Mt 24.40,41). Quando passagens como estas de Lucas e Mateus, são apresentadas a nós "cristãos protestantes", uma pergunta vem em nossa mente! "Quando Cristo voltar, você prefere ser levado ou ser deixado? É claro que todos responderão: “Ser levado”! Esse é o tipo de ensinamento na maioria das igrejas evangélicas no mundo, porém sem qualquer fundamento bíblico.

 

Associar estas passagens ao arrebatamento da Igreja é contradizer o verdadeiro ensino bíblico que elas querem nos mostrar. Jesus não está ensinando sobre arrebatamento de crentes, muito menos secreto. Observe o que Jesus fala nos versículos anteriores de Mateus 24: “Porquanto, assim como nos dias anteriores ao diluvio comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, senão quando veio o diluvio e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem” (vs.38,39). Nos dias anteriores ao dilúvio, as pessoas desprezavam o aviso do juízo de Deus através de Noé, e viviam distraídas com seus afazeres, até que veio as águas do Dilúvio e levou a todos eles, sendo salvo apenas Noé, e sua família. Jesus estava comparando os dias finais da presente era aos dias que antecederam o Dilúvio, no tempo de Noé, como figura das pessoas que também desprezarão os avisos do juízo de Deus, sobre a vinda do Senhor Jesus Cristo no fim dos tempos. Quem foi levado pelas águas do Dilúvio não foram os (justos) – Noé e sua família, mas os (ímpios).

 

Portanto, de forma natural e muito clara as palavras de Jesus, nos evangelhos de Mateus e Lucas: “um será tomado, e deixado o outro; uma será tomada, e deixada a outra, duas pessoas estarão numa cama; uma será levada e a outra deixada. Duas mulheres estarão no campo; uma será tirada, e a outra deixada” – significa que no fim dos tempos as pessoas estarão muito envolvidas em seus compromissos, quer trabalhando, quer se relacionando, como se não tivessem que prestar contas a ninguém, então virá o "juízo final" de Deus, e um será levado (para Deus), e outro será deixado (para juízo e morte). Diante disso, os discípulos perguntaram a Jesus: “Onde se dará tudo isso, Senhor?” Advertiu-lhes o Senhor: “Onde houver um cadáver, ali se ajuntarão os abutres!” (Lc 17.37).

A interpretação pré-tribulacionista

“Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra” (Ap 3.10). A interpretação dos pré-tribulacionistas para essa passagem é que Jesus prometeu livrar os fiéis, da hora da provação, pois, segundo eles, (a Igreja) será arrebatada antes. Segundo essa doutrina, esse versículo é a garantia de que a Igreja não passará pela grande provação que virá sobre o mundo – a Grande Tribulação.

Refutação Bíblica

O texto de (Ap 3.10) é muito usado pelos pré-tribulacionistas em defesa de que “a Igreja não passará pela Grande Tribulação”. Quando o apóstolo João escreveu a sexta carta as igrejas da Ásia Menor, ele a endereçou aos cristãos que estavam em Filadélfia. Naquela época a Igreja em Filadélfia enfrentava grandes dificuldades porque havia grande perseguição promovida pelos judeus daquela cidade. A oposição era tão grande que os judeus não aceitavam de forma alguma que os gentios fossem admitidos a comunhão da Igreja como povo de Deus. Eles não concordavam com a ideia de que o Senhor recebesse na comunhão de Sua família aquelas pessoas que não eram descendentes sanguíneos de Abraão. Apesar de tão grande sofrimento, a fé daqueles crentes era genuína e permanecia inabalável. Logo no começo da carta, o Senhor Jesus fez uma promessa aqueles crentes: “Eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar” (Ap 3.8). Alguns estudiosos entendem que “a porta aberta” pode significar em primeiro lugar, “uma grande oportunidade de pregar o Evangelho” (1Co 16.9; 2Co 2.12; Cl 4.3), e em segundo lugar, a porta aberta também significa “a operação da graça de Deus abrindo corações para receber, e ouvidos para ouvir a mensagem do Evangelho” (At 14.27; Lc 8.15). A luz do texto original grego koinê idioma que o próprio Deus escolheu para que o Novo Testamento fosse escrito, Apocalipse 3.10, quer dizer o seguinte:

Porque "guardaste" τηρέω teréo, a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora "da" ἐκ ek, provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra”. Duas importantes aplicações precisam ser feitas nesse texto! A primeira delas é definirmos corretamente o sentido do verbo grego τηρέω teréo, “guardar”. João emprega esse verbo tendo em vista uma “uma situação de perigo”, para a Igreja. Isso significa que o perigo está implícito na ideia de "guardar", não de "livrar". Outra coisa muito importante nesse texto é o sentido da preposição ἐκ ek, que nesse caso significa “sair de dentro”. Dessa forma, a interpretação pré-tribulacionista que defende um arrebatamento secreto em (Ap 3.10), não se sustenta, por dois motivos:

Primeiro, porque, a preposição ἐκ ek, indica que a Igreja “sairá de dentro” da hora da provação. O mesmo ocorre com em (Ap 7.14), quando os mártires “saem de dentro”, ou seja, do período da Grande Tribulação para diante do Trono de Deus (Ap 7.15). Temos outro exemplo na oração de Jesus pelos discípulos em (Jo 17.15), quando o verbo τηρέω teréo, “guardar”, ocorre juntamente com a preposição ἐκ ek: Não peço que os "tires do mundo", mas que os "guarde do mal".

Segundo, porque, conforme o sentido do verbo τηρέω teréo, “guardar”, em (Ap 3.10), significa claramente que a Igreja será guardada na hora da provação, ou seja, a Igreja estará na terra durante aquela tribulação. Do contrário, se a Igreja estiver no céu durante a Grande Tribulação, conforme o ensino pré-tribulacionista, então, qual poderia ser o perigo que necessita da mão protetora de Deus sobre ela? Seremos guardados por Deus dos perigos que certamente virão sobre a terra no momento da Grande Tribulação, mas não tirados do mundo na hora da provação. No Antigo Testamento, o povo hebreu foi guardado das pragas que caíram sobre o Egito, mesmo estando dentro do Egito. Deus não arrebatou eles daquele lugar para serem guardados das pragas. O mesmo acontecerá com a Igreja que será guardada por Deus na Grande Tribulação.

A volta de Jesus não é iminente de forma alguma.

A ideia que a vinda de Jesus é iminente, com certeza não foi extraída da Bíblia porque definitivamente Deus não está contra a Sua própria Palavra. Segundo os dicionários da língua portuguesa, a palavra iminente, do latim "imminens, entis" significa: “aquilo que pode ocorrer a qualquer momento”. A frase: A vinda de Cristo é iminente – é frequentemente usada pelos pregadores discpensacionalistas que afirmam que Jesus pode voltar a “qualquer momento”, “agora mesmo”, “nesse exato momento”, ou daqui a “um minuto”. Porém, de acordo com a Bíblia é impossível que Jesus venha a qualquer momento, porque, antes disso, é necessário que a Palavra de Deus se cumpra, e manifeste o Anticristo como uma "pessoa", e, a Grande Tribulação também tem que ocorrer antes. É por causa do ensino bíblico que, é impossível que a vinda de Jesus seja iminente.

Na tentativa de defender a iminência da volta de Jesus, os pré-tribulacionistas apelam para o texto de (Mt 24.36), quando o próprio Senhor Jesus Cristo fala que “a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai”. JESUS CERTAMENTE VIRÁ – nisso estão de acordo, tanto os pré-tribulacionistas, como os pós-tribulacionistas, porém, esse texto não está dizendo absolutamente nada sobre a iminência da volta de Jesus, muito pelo contrário, quando Jesus fala sobre “aquele dia e hora ninguém sabe”, Ele está ensinando de maneira muito clara que é impossível sabermos a data, ou a época que Ele (Jesus) voltará. No entanto, o fato de não sabermos quando Jesus virá, isso não significa que não podemos dizer que Ele "não virá, agora nesse exato momento, ou daqui um minuto" porque o Anticristo manifestará primeiro e a Grande Tribulação virá antes do arrebatamento, conforme o ensino das Escrituras (2Ts 2.1-3; Mt 24.21,29-31; Mc 13.19,24-27).

O Arrebatamento da Igreja não será um evento secreto, silencioso, mas visível e estrondoso

Conforme o ensino bíblico, a Segunda Vinda de Cristo e consequentemente o arrebatamento da Igreja no final da Grande Tribulação, nunca foram descritos como sendo algo secreto, imperceptível, ou silencioso, mas visível a todos os homens e estrondoso.

“Homens galileus, por que estais contemplando as alturas? Esse Jesus, que dentre vós foi elevado ao céu, retornará do mesmo modo como o viste subir” (At 1.11).

“Então surgirá no céu o sinal do Filho do homem, e todos os povos da terra prantearão e verão o Filho do homem chegando nas nuvens do céu com poder e majestosa glória” (Mt 24.30).

“Eis que Ele vem com as nuvens, e todo olho o verá...”, (Ap 1.7).


“Então, será plenamente revelado o perverso, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca e destruirá pela gloriosa manifestação da sua vinda” (2Ts 2.8).

“E haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, as nações ficarão desesperadas, com medo do terrível estrondo do mar e das ondas. Muitas pessoas desmaiarão de terror, preocupadas com o que estará sobrevindo às populações do mundo, pois os poderes do espaço sideral serão abalados. Então, se observará o Filho do homem vindo numa nuvem, com poder e portentosa glória” (Lc 21.25-27).


“Assim também Cristo foi oferecido em sacrifício uma única vez, para tirar os pecados de muitas pessoas; e aparecerá segunda vez...”, (Hb 9.28).

“Entretanto, o Dia do Senhor virá como ladrão, no qual os céus desaparecerão ao som de um terrível estrondo, e os elementos se desintegrarão pela ação do calor. A terra e toda obra nela existente serão expostas ao fogo” (2Pe 3.10).

“Ele enviará os seus anjos, com poderoso som de trombeta...”, (Mt 24.31).

“Pois, dada a ordem, com a voz do arcanjo e o ressoar da trombeta de Deus, o próprio Senhor descerá dos céus..., logo em seguida, nós, os que estivermos vivos sobre a terra, seremos arrebatados com eles nas nuvens...” (1Ts 4.16,17).

“Pois, da mesma maneira como o relâmpago parte do oriente e brilha até no ocidente, assim também se dará a vinda do Filho do homem” (Mt 24.27).

Considerações Finais

Todo ensino no Novo Testamento com respeito da Segunda Vinda de Cristo, nos dá plena certeza e convicção que nós os verdadeiros cristãos não estamos aguardando um arrebatamento secreto, não visto pelo mundo, não perceptível (visível) as pessoas ímpias, pois o que nós aguardamos com enorme esperança é “a manifestação do glorioso retorno do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo” (Tt 2.13).

 

O arrebatamento da Igreja, portanto, acontecerá após a Grande Tribulação, a Bíblia é muito clara sobre isso. O Sermão Escatológico de Jesus, no capítulo 13, do evangelho, segundo escreveu Marcos, é sem dúvidas um dos textos mais claros sobre o assunto. Jesus e também os apóstolos ensinam que, quando o Anticristo se manifestar, dará início um período chamado de Grande Tribulação, como nunca houve desde o princípio do mundo, que Deus criou, até agora e nunca jamais haverá (Mc 13.19). A Grande Tribulação só encerrará com a “Segunda Vinda visível de Cristo em glória”. Mas, naqueles dias, após a referida tribulação, o sol escurecerá, a lua não dará a sua luz, as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão abalados. Então, verão o Filho do Homem vir nas nuvens, com grande poder e glória (Mc 13.24,25). A luz desse texto podemos dizer que ele aponta para a Grande Tribulação como um prenúncio claro da Segunda Vinda de Jesus Cristo, período este que será abreviado, por causa dos escolhidos, do contrário ninguém seria salvo, mas "com sofrimentos sem igual sobre todo o mundo e à Igreja, que será terrivelmente perseguida pelo Anticristo".

Deus não prometeu tirar a Igreja no momento da Grande Tribulação, mas prometeu proteger “guardar” τηρέω teréo, a Igreja na Grande Tribulação. A Igreja passará pelo teste (provação), e "sairá de dentro” da hora da provação do meio da Grande Tribulação, como um povo selado e vitorioso. “Então, um dos anciãos tomou a palavra, dizendo: Estes, que se vestem de vestiduras brancas, quem são e donde vieram? Respondi-lhe: meu Senhor, tu o sabes. Ele, então, me disse: São estes os que vêm da Grande Tribulação, lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro”. (Ap 7.13,14).

Se alguém tem ouvidos, ouça. Maranata: Vem, Senhor Jesus!

JESUS FAZ A DIFERENÇA
 

Pastor Jose Junior
Enviado por Pastor Jose Junior em 24/01/2021
Reeditado em 23/09/2023
Código do texto: T7167598
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