APOCALIPSE LIÇÃO 5 – “OS SELOS”

INTRODUÇÃO

Os selos são abertos (6.1—8.1)

Em certo sentido, a abertura dos seis selos segue naturalmente os capítulos 4—5, concluindo com o fato de o Cordeiro ser digno de abrir os selos. Essa estrutura é apoiada pela fórmula dupla usada nos quatro primeiros selos, com o Cordeiro abrindo um de cada vez e, então, um dos seres viventes ordenando que cada cavalo “venha”. Em outro aspecto, essa abertura está intimamente ligada à seção central do livro, os três grandes juízos de Deus: os selos, as trombetas e as taças, nos capítulos 6—16.

É quase impossível identificar e determinar a estrutura desse livro. Cada seção está intimamente relacionada ao contexto que a cerca, e as tentativas de determinar as seções principais sempre são difíceis.

Os setes selos são juízos preliminares sobre a terra que preparam o leitor para as trombetas e as taças. Assim como no caso dos outros conjuntos de juízos, eles se dividem naturalmente em duas partes: os quatro primeiros selos (juízos sobre a terra) e os três selos finais (juízos cósmicos). As três séries de juízos terminam com o escaton (fim do mundo). Também é importante entender que o livro/rolo não é aberto até que todos os selos sejam rompidos. Não sabemos o que contém no livro e nem se esse é o livro da vida, ou se é o livro do futuro.

Há muito debate quanto à progressão dos três conjuntos de sete juízos, nos parecem ciclos, ou recapitulação. É bom observar que o sétimo juízo de cada série termina com uma teofania tempestuosa. O sexto selo está no limiar da parúsia (volta de Cristo, que traz julgamento dos impios, abençoa os crentes que vem da Tribulação e instaura uma nova era na terra), enquanto a sétima trombeta apresenta o impacto da parúsia.

Cada série intensifica a anterior (os selos afetam um quarto da terra; as trombetas, um terço dela; e as taças, toda a terra), é mais apropriado ver os ciclos avançando à medida que a intensidade aumenta.

A unidade do livro não é cronológica nem aritmética, mas progressiva. Cada variação acrescenta algo novo ao significado da história como um todo. Cada nova série de visões tanto recapitula quanto desenvolve os temas já declarados naquela que a antecedeu.

Essa seção também contém o primeiro de três interlúdios, passagens narrativas que interrompem os selos, as trombetas e as taças: 7.1-17; 10.1—11.13; e 12.1—14.20. Esses três interlúdios funcionam com o objetivo de descrever a atmosfera desse período escatológico e de mostrar o lugar da igreja nesses eventos. Assim como o capítulo 7, eles também são parte do fluxo narrativo da obra. O capítulo 7 tem dois propósitos narrativos: (l) dar continuidade à resposta de Deus às orações dos santos por vindicação, ao mostrar que Deus sela para si os que ainda estão vivos; (2) enquadrar (com os capítulos 4—5) os juízos dos selos com celebração e adoração ao Deus triunfante.

SETE MOTIVOS VISTOS NOS JUIZOS

(l) Eles são juízos de Deus derramados sobre os habitantes da terra. Os santos, como sabemos a partir de 3.10; 7.1-8; 9.4; e 16.2, são protegidos e estão a salvo desses juízos.

(2) Esses juízos são a resposta de Deus às orações dos santos, que clamam por justiça e vingança (5.8; 6.9-11; 8.3-5).

(3) A soberania de Deus é enfatizada ao longo de todo o livro, para mostrar que nem mesmo as forças demoníacas podem fazer coisa alguma sem a autorização divina.

(4) Entretanto, ao longo de toda a seção, Deus não precisa ordenar que o mal faça sua vontade, mas simplesmente o deixa operar. Em 6.1-8, Deus deixa que a depravação humana complete o próprio ciclo, quando a ganância por conquista leva à guerra civil e, então, à morte de um quarto da humanidade. Nas quinta e sexta trombetas (9.1-19), ele permite que os demônios façam o que fizeram nos Evangelhos: torturar e matar os próprios seguidores.

(5) A resposta dos habitantes da terra prova sua depravação total, pois eles (com a única exceção em 11.13) se recusam a se arrepender e preferem adorar os próprios poderes demoníacos que se voltaram contra eles.

(6) Ao mesmo tempo, o derramamento de juízo tem um propósito redentor e é parte da oportunidade final de arrependimento (9.20; 14.6,7; 16.9.11). Os juízos de Deus são um ato de misericórdia, pois eles expõem a fragilidade dos deuses terrenos (como nas pragas egípcias) e conclamam a humanidade pecadora: “Temei a Deus e dai-lhe glória; porque a hora do seu juízo chegou” (14.7). Assim, com base nos juízos dos selos, que eles são derramados principalmente sobre o povo judeu, por sua perseguição à igreja, são universais, aos “habitantes da terra” no livro. A tensão entre a oferta de arrependimento de Deus e a rejeição dessa oferta é parte da mensagem desse livro.

(7) Há uma demolição progressiva da criação, à medida que a ordem criada é abalada no episódio dos selos (6.12-14) e, depois, no das trombetas e das taças: primeiro, um terço e então toda a criação é praticamente derrubada. Isso prepara para a consumação final, quando este mundo será destruído (20.11; 21.1).

6-1-8 – OS QUATRO PRIMEIROS SELOS

Cada um dos quatro seres que estavam ao lado do trono falou e abriu-se os primeiros quatro seres: Cavaleiro num cavalo branco (anticristo), cavalo vermelho (guerra), cavalo preto (economia), cavalo esverdeado (morte).

6.9-11- OS MARTIRES PEDEM JUSTIÇA – 5º selo

Na abertura do quinto selo, João viu debaixo do altar as vidas que tinham sido imolados (sacrificados), sob o ataque desses quatro cavaleiros. O quinto selo é um pedido de justiça. Até quando não vai vingar o nosso sangue? Então lhes foi dado uma veste branca e lhes dito para descansarem mais um pouco, pois ainda outros servos iriam ser mortos, como eles. Foi tão revoltante am aneira que morreram, que em grupo, se reuniram no céu para pedir justiça a Deus. No AT temos muiitas palavras para Deus vingar o inimigo, mas no NT isso é quase inédito. A maneira que morreram, as consequências, foram desumanas, horríveis, tão revoltantes que um selo foi aberto requerendo justiça ao que está sendo feito na Tribulação aos crentes, na terra. Ainda não, alguém disse, ainda há alguns que também vão ser sacrificados, até se completar o numero.

6.12-17 – DEUS REALIZA JUSTIÇA – 6º selo

Então o cordeiro abriu o sexto selo e as forças celestes foram abaladas. Um enorme terremoto ocorreu, o sol escureceu, lua ficou vermelha. Estrelas despencaram. O céu se enrolou (bomba atômica?) As montanhas e ilhas sofreram com esse terremoto mundial. Os homens esconderam-se nas cavernas, e nas montanhas, tanto ricos como pobres. A ira do Cordeiro começou, quem pode ficar de pé?

7.1-17 - DEUS REALIZA SALVAÇÃO

Depois disso, quatro anjos, que estavam um em cada ponto cardeal da terra. Norte, sul, leste e oeste, seguravam o vento. Veio outro anjo do oriente com o selo do Deus vivo (Jesus?). Ele gritou muito alto aos quatro anjos: não danifiquem a terra, nem o mar, amntes vamos selar os sevos do Senhor. Marcaram 144 mil de Israel e depois uma multidão que ninguém podia contar. Depois de marcar os que iriam ser salvos, irrompeu uma adoração. Em 7.13 um ancião perguntou se João sabia quem eram aqueles que estavam adorando, com vestes brancas. São os que estão chegando da Grande Tribulação.

Aqui é a confirmação total de que a igreja vai passar não só pela Tribulação, um período de 3.5 anos, no inicio da Tribulação, que é um período de 7 anos dividido em duas partes, sendo a segunda parte chamada por Cristo e por Apocalipse de Grande Tribulação, que é o período final dos 3.5 anos, onde todo julgamento e praga será derramado de uma vez. Esse é o pior período da história humana. Nos primeiros anos do anticristo, ou da Tribulação, ainda não será tão dificil, apesar de as coisas irem acontecendo. Haverá uma falsa paz e uma falsa prosperidade mundial,, que vai estourar no inicio da segunda parte, a Grande Tribulação.

Quando a abominação da dominação estiver no lugar santo, significa que o anticristo estará no novo templo de Jerusalém – que hoje não existe, será para o tempo da Tribulação – e se sentará no templo pedindo adoração e se proclamando deus. Ai começa a Grande Tribulação.

Aqui temos a confirmação da igreja na Grande Triulação, evangelizando e ganhando muitas almas. Na Grande Tribulação muita gente será salva. Ainda há esperança. Eu fico a pensar quão doido serão os crentes evangelistas dessa época. Serão homens e mulheres com uma urgência de chamado sobrenatural, que mesmo no fim, nos instantes finais do mundo, ainda estarão dando a vida por amor de pregar a palavra. O pau quebrando geral, ele também sofrendo fome, perseguição, mas evangelizando, ganhando almas, ensinando o evangelho, demonstrando todo o poder dos dons da igreja que estarão derramados claramente nessa época. O Espírito estará falando poderosamente pela igreja, que terá o melhor testemunho acomapanhado de dons que já se viu. Aqui se cumpre o que Jesus disse que fariam obras maiores do que ele, no tempo dos evangelhos. Essa igreja vai ganhar uma multidão que ninguém pode contar. E eles vão morrendo e chegando ao céu, à sala do trono.

Estavam todos de pé - quer dizer uma igreja viva, atuante, na direção do Espírito, nos dons e nos frutos -, com roupas brancas, o que indica santidade, mesmo na Grande Tribulação. Mesmo passando pela Grande Tribulação, esses tinham uma adoração no coração e nos lábios. O cordeiro será o pastor deles e vai conduzi-los a fontes de água (salmo 23) e enxugará de si toda lágrima. (Ap 22)

8.1-6 - DEUS ATENDE O PEDIDO DOS MÁRTIRES – 7º selo

Quando o cordeiro abriu o sétimo selo, houve silêncio no céu por quase meia hora. O céu é um dos lugares mais barulhentos de todos, são adorações e hinos e cânticos sem parar eternamente. Esse silêncio demonstra o quão grave iria acontecer.

Ao se abrir o setimo selo, foi dado a sete anjos sete trombetas. Enquanto isso João viu um outro anjo, perto do altar, que estava com uma bandeja com incenso e as orações dos santos que seria colocado no altar de ouro, diante do trono. A fumaça do incenso, das orações subiu a Deus e Deus aceitou. Depois o anjo pegou brasas vivas, ou fogo do altar, juntou na bandeja com as orações e atirou a bandeja com o incenso, as brasas e as orações da igreja na terra.

Depois disso irrompeu trovoes, clamores, relampagos e grande terremoto. (Esse grande terremoto descrito novamente nos indica que estamos voltando a falar coisas que já falamos, mas de outra maneira. Apocalipse aqui parece nos falar em ciclos que voltam.) E os sete anjos com as sete trombetas se prepararam para tocar...

Os julgamentos de Deus correspondem a toda a história humana, mas de certa forma, são esses da Grande Tribulação que oram pedindo justiça e Deus os atende. O papel deles é impar. Se Deus não tinha tão prontamente trazido justiça antes, agora o faz sem tardar. Os julgamentos de Deus se explicam no próprio Apocalipse, com os santos da Tribulação pedindo justiça e Deus os atendendo. Neles, nesses santos que pedem justiça, todos os santos, de todas as eras, estão representados. Mas nos parece que é baseado neles, depois que os primeiros selos foram abertos, que Deus veio julgar sem demora.

Amém

Fique na paz de Cristo.

BIBLIOGRAFIA

BIBLIA SAGRADA EDIÇÃO PASTORAL – PAULUS – CATÓLICA

COMENTÁRIO EXEÉGITO DO APOCALIPSE – GRANT R. OSBORNE

pslarios
Enviado por pslarios em 01/02/2021
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