Você tem o cuidado de entregar a sua atenção a Deus no seu dia-a-dia? Eu às vezes esqueço, e que perda de tempo e energia! A maneira como dispensamos a nossa atenção diz muito sobre a nossa maturidade, sobre como vai o nosso crescimento à estatura de Cristo.
Quando doamos quase o nosso dia inteiro às redes sociais e a outras ninharias da vida terrena estamos nos devotando àquilo a fim de nos distrair o bastante para cessar o grito de toda a dor do momento em que passamos sem nos darmos conta da frieza, da falta de empatia, do egoísmo que nos invade no final. Quando lembro de Jesus dizendo que Ele trabalhava o tempo todo porque Seu pai assim também o fazia, penso no foco ao qual Ele se agarrava a todo o momento, e não no desgaste de ser o servo de todos os irmãos. Não havia espaço para dispersão na agenda de Jesus, e o sentar-se à mesa com seus amigos, o ser o vinho de um casamento, o pescar com Pedro e companhia, o acolher as crianças, o conversar com uma mulher desprezada junto ao poço, nada disso era dispersão de foco. E nos momentos de solitude Ele tampouco parava para olhar para dentro de si mesmo.
Steven Lawson sintetiza bem a postura de Jesus ilustrando para nós como podemos lidar com a nossa atenção:
Se olho para mim, me deprimo. Quando olho para os outros me iludo. Quando olho para as circunstâncias me desencorajo. Mas quando olho para Cristo me completo.
 
Estando nós completos podemos investir tudo no outro, podemos ouvir atentamente ao próximo e isto, segundo Simone Weil é agir/servir com generosidade. Há muitas, incontáveis vozes nas mídias oferecendo soluções, pomadas para uma ferida que não tomou somente a superfície da pele, e acredito que consumir mais dessa pomada não vai trazer cura real a ninguém, mas ofertar os nossos ouvidos e olhos para as pessoas irá fazer com que se sintam vistas, consideradas e acolhidas. A generosidade gera laços reais e profundos, é o pavimento para uma estrada a ser percorrida lado a lado em confiança.
Fazendo assim, nossas raízes se aprofundam, nossa sabedoria e ética vindas do alto crescem e vida é gerada. Muitas vidas preciosas foram ceifadas pelo COVID- 19, e inúmeras outras por estarem deprimidas e centradas em si e nas circunstâncias; a estas ainda podemos salvar se nos lembrarmos que somos a imagem e a semelhança daquele que por ter feito os olhos, vê, e por ter feitos os ouvidos, ouve, e se também lembrarmos que a promessa sobre nós é a de que faríamos obras iguais ou ainda maiores do que as do Mestre que é Deus de perto.
Abra a Porta e Thaís Aanes
Enviado por Abra a Porta em 17/05/2021
Código do texto: T7257421
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