COMO LER E PREGAR EFÉSIOS CAP. 1

Quando pergunto como ler a Bíblia, qualquer livro dela, estou me referindo a duas coisas: a primeira é como ler de forma devocional e a segunda é como ler de forma a ensinar, ou pregar – que para mim deveriam ser a mesma coisa, pois pregar é ensinar e ensinar deveria ser prático ou dito da forma de uma pregação. Tanto ler como pregar sofrem do mesmo problema: a pressa. Devemos ler um texto até compreender aquele texto. E deveríamos estudar a Bíblia para ao menos compreender as doutrinas básicas do texto. Então o maior inimigo da leitura devocional, ou do estudo bíblico é a pressa. Ao estudar a Bíblia nunca tenha pressa. Você vai estar economizando tempo, se estudar exaustivamente um livro da Bíblia por mês, por exemplo.

1-2 - Endereço e saudação — 1 Paulo, apóstolo de Jesus Cristo pela vontade de Deus, aos cristãos que estão em Éfeso e fiéis em Jesus Cristo. 2Que a graça e a paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo estejam com vocês.

Ao estudar a História da Igreja, observamos que a Reforma Protestante trouxe um avanço generalizado no estudo da Bíblia, como a Teologia Sistemática, que é a tentativa de interpretação da Bíblia pelos seus grandes temas, ou grandes doutrinas; a Homilética que é o estudo da pregação; a Exegese que é o estudo do texto, entre outros. Mas já na virada do século XIX, existia algo chamado de autocritica, que passou a duvidar de muita coisa na Bíblia. A teologia da autocritica duvidou que Paulo tivesse escrito Romanos.

No início do século XX, um jovem pastor chamado Karl Barth, escreveu um comentário sobre Romanos, que fez com que toda a Teologia voltasse a ler a Bíblia e comentá-la. Ele deu inicio à Teologia Contemporânea, que nada mais é do que voltar à Bíblia. Romanos de Barth é carregado da teologia da época, que ele veio combater, mas é um avanço, voltamos à Bíblia. O livro é de difícil leitura, e muito pouco prático para se pregar em nossas igrejas, mas é uma leitura obrigatória para o estudante teólogo.

A Bíblia interpreta a Bíblia e entendemos que deveriam ser doze os apóstolos de Cristo. Um traiu Jesus e acabou morrendo: Judas. No inicio de Atos, Pedro, então o pastor à época, elegeu Matias a apóstolo, mas não entendemos que essa era a vontade de Deus, pois Jesus escolheu diretamente a Paulo, como apóstolo. Poderíamos tentar explicar que apóstolo é a mais alta patente eclesiástica. Esse deveria ser um homem cheio da palavra e de dons. Em Paulo a igreja descobriu como fazer missões. Paulo fundava igrejas, doutrinava os irmãos e instituía seus líderes. Depois de dois ou três anos nessa lida ele partia para outro lugar e começava tudo de novo. Então apóstolo deve ser, como visto em Paulo, um fundador de igrejas e doutrinador dos irmãos.

CRISTÃOS PELA VONTADE DE DEUS

“Paulo, apóstolo de Jesus Cristo pela vontade de Deus.” Não é assim conosco? Somos cristãos pela vontade de Deus. Alguns de nós servem a igreja com seus dons e talentos, são os chamados obreiros, mas todos, somos o que somos por escolha direta de Deus. Quando entramos na igreja somos chamados de novos convertidos, mas isso tem que mudar, devemos caminhar até a maturidade cristã. Com o tempo devemos ser aptos a ser igreja e assumir o cargo dos nossos líderes. O pregador tem que aprender a pregar. O cantor tem que aprender a cantar. O aspirante a pastor tem que aprender a ser pastor.

Nessa saudação temos algumas informações.

1 – Algumas versões falam em “cristãos” em Éfeso, outras em “santos” em Éfeso. De qualquer forma cristãos ou santos são sinônimos. A Bíblia é um livro endereçado aos crentes, que devem levar uma vida separada do mundo, apesar de no mundo. Não devemos ter as mesmas práticas que eles.

2 – Esses crentes estão em Cristo. Na atualidade vemos algumas coisas como os desigrejados, pessoas que não querem estar numa igreja formal. As desculpas são muitas, mas a verdade é que esses não se submetem à liderança. Jesus nunca instituiu a igreja com ideia de existir desigrejados. Se você busca Deus na sua casa, há uma unção sobre essa busca - na igreja a unção é outra. Devemos lembrar que na igreja alguns levam, um dom, uma palavra, uma oração, um cântico e outros levam para suas casas, uma palavra, uma oração, um cântico, a manifestação de um dom, que ele recebeu. Se alguém profetiza, tem que existir alguém para receber a profecia. Na igreja um leva um dom e outro traz o dom. Só nos compreendemos na manifestação dos dons, da Presença, o ajuntamento cristão.

A DOUTRINA DA GRAÇA

3 – “Graça e paz” é a saudação de algumas igrejas. Juntas essas palavras nos remetem a duas doutrinas que resumem todos os dons de Cristo feitos por nós. Graça é tudo o que Deus faz por nós, sempre com vistas à nossa salvação. Quando aceitamos a Cristo chegamos carregados de pré-conceitos e visões erradas sobre tudo. Quando Deus nos tira de um emprego e nos coloca em outro, isso é graça. Quando Deus nos prospera, isso é graça. Quando casamos, temos filhos, ou compramos um carro, isso é graça. A partir do momento em que aceitamos a Cristo, a graça vai agindo em nossas vidas em muitas frentes.

Deus ama a prosperidade do seu povo, mas graça tem o significado de conversão. Isso significa que o crente vai ser tratado interiormente, doa o que doer, até retirar de nós os frutos da carne e instituir os frutos do Espírito em nós. Uma expectativa que todos temos é que nossa vida vai mudar para melhor imediatamente quando aceitamos a Cristo. Vai mudar, mas para mudar precisamos aprender o caminho da mudança. Aprendizado leva tempo.

O pecado em nós, os frutos da carne, precisam ser crucificados, para que possamos renascer Nova Criatura. E só nasce Nova Criatura quem morreu na Cruz. Então as provações e as ausências de algo tem o efeito de salvação. Entretanto há uma luta constante em Deus querendo nos converter e nós não querendo ser convertidos. A nossa carne, a velha natureza em nós fica lutando para não se converter. Gostaríamos de uma conversão em nossos termos, mas isso não vai acontecer. Vivemos um conflito, um grande dilema, pois nós queremos prosperidade de Deus e Deus quer nos matar na cruz, para podermos ser nova criatura. A velha natureza guerreia contra a nova natureza. A carne guerreia contra o Espírito. Nós estamos guerreando contra Deus. O nosso dilema é que Deus quer nos converter, mas nós resistimos não querendo ser convertidos.

A DOUTRINA DA PAZ

Paz fala da pacificação com Deus que Cristo conquistou para nós. Estávamos debaixo da ira divina, devido ao pecado em nós.

Dia desses estava lendo sobre outras religiões e achei interessante que o Candomblé e outras religiões afro, não usam o termo pecado. Não existe nas religiões afro o termo pecado, pois é claro que se existisse teria que ser explicado. Se a pessoa peca, peca contra quem? E sabemos que qualquer que seja o pecado, é sempre contra Deus. O pecado guerreia contra Deus. Precisamos entender que pecado faz parte do outro reino. Quando Satanás quis ser deus no lugar de Deus, podemos pensar isso em termos de reinado terreno. Quando um rei queria dominar outro reino ele matava o rei do outro reino. A vontade de Satanás ao guerrear contra Deus era tirar Deus do trono, mas isso só ocorreria se Deus morresse. Porém se Deus é o sustentador de tudo o que existe, matar Deus é destruir tudo. Pecado significa que não aceito a maneira de Deus e quero fazer do meu jeito. Quando falamos em Reino das Trevas estamos falando de um reino invasor, que vem para tentar tirar do trono o Reino de Deus. Então pecado é outro reino.

O pecado é tão trágico, que exige a morte do pecador. Cristo Jesus morreu em nosso lugar, fazendo uma expiação, que é pagar o preço do pecado, para que nele tenhamos vida. Deus quando olha para nós leva sempre em consideração a obra de Cristo em nosso favor. Através do Filho a ira de Deus foi aplacada e Deus ao invés de nos destruir, pois éramos pecadores, nos salva. Em Romanos 6 Paulo nos fala do Pecado, a natureza pecadora imposta a nós como herança através de Adão e dos pecados, ou os nossos vícios pecadores. Então tem o Pecado, a lei espiritual, e os nossos pecados, que são os vícios pecadores, costumes pecadores, atitudes pecadoras.

O Pecado, a natureza pecadora, quando aceitamos a Cristo, foi destruído em nós. O Pecado não tem mais morada em nós. Mas os pecados, os vícios pecadores que aprendemos, precisam agora serem domados. Apesar de livres do Pecado, não estamos ainda livres dos pecados, dos nossos vícios, do que fazemos errado. O Pecado, nossa natureza pecadora, é algo tão grave que só o próprio Deus para resolver. Podemos dizer que Deus desceu na Terra para ajudar o homem que ele criou.

DOMINANDO O PECADO NO ESPÍRITO SANTO

Os nosso vícios pecadores, como os que aceitam a Jesus e ainda estão fumando ou bebendo, ou mora maritalmente com alguém sem casar, será tratado pelo Espírito Santo. Nós não conseguimos tirar o pecado de nós, o pecado é uma lei espiritual. Enquanto estivermos nessa terra o pecado precisa ser dominado e isso só acontece quando estamos cheios do Espírito. Para não pecar o homem, ou a mulher, tem que estar e viver cheio do Espírito e na direção da palavra de Deus. Nós só resistimos ao pecado na direção do Espírito.

Não conseguir dominar o pecado em nós não é desculpa suficiente para não nos enchermos e tentar ao máximo não pecar. Mas vamos precisar de uma intervenção direta de Deus, o que por falta de uma palavra melhor vou chamar de “unção de libertação”. Quem está ainda pecando, precisa entender no seu espírito, na sua alma, que está liberto do Pecado e o Pecado, como lei, não tem mais morada em nós. Romanos 6 de novo. O pecado que cometemos, quando já cristãos, são desvios na nossa natureza, que precisam ser trabalhados pelo Espírito Santo. As provas, por mais que a gente não goste, nos ensina a orar, a jejuar, a ler a Bíblia, a congregar, a se converter. As provas nos fazem mais crentes.

O NOSSO PECADO

Seja na nossa força, ou na força do Espírito devemos lutar para não pecar. Devemos agora tomar cuidado de que conhecedores da palavra, não vamos cair de novo debaixo da ira de Deus. Deus vai julgar com muito mais rigor o conhecedor da palavra. Mas para isso Deus nos salvou: para sermos salvos do nosso pecado.

O PECADO É UMA DOENÇA MORTAL

Eu gosto de pensar no pecado como uma doença mortal. E é isso mesmo. Algumas igrejas forçam uma santidade ao novo convertido, sem a devida libertação do Espírito nessa área, sem o devido ensinamento da palavra, onde o novo convertido santifica na carne, na sua força e um dia essa força, essa vontade não vai estar tão firme assim e ele vai acabar pecando, pois não existe nele Espírito Santo suficiente para ele não pecar. Alguns estranham, pois quando aceitam a Jesus recebem uma dose de santidade, mas depois de algum tempo, podem surgir até mesmo pecados que não existiam antes. O homem é pecador e tem pecado dentro de si, como um vírus mortal. Bom é quando Deus não permite aparecer o nosso pecado interior, muitos deles que nem sabemos que podemos ter essa tendência.

O MADURO NÃO PRECISA DO DOM DE LÍNGUAS

Muitas coisas Deus permite para aprendermos a fazer certo e não para vivermos dependendo do milagre. Poderíamos pensar em milagre como coisa de gente imatura. Israel quando estava no deserto dependia do milagre diário e constante, mas quando entrou na Terra Prometida o milagre acabou. Quer comer, vá plantar, colher, cozinhar, vender, comprar.

Vê o dom de línguas por exemplo. Por quê muitos não tem o dom? Por que não precisam. O dom é pra orar melhor? Se praticarmos a oração no nosso quarto, em secreto, eu e Deus, você e Deus, vamos aprender a orar. Se você se dedicar suficientemente à oração você não vai precisar do dom para orar. Qual é a ideia de orarmos? É ter revelações de Deus. Ai sim, quem orar em línguas mas já sabe orar, precisa de revelações, dependendo de quem é e do que faz. Um pastor precisa de revelação, constante e diária. A Dona Mariazinha que vive no lar não precisa. E digo mais, tem gente que tem revelações e não fala em línguas. É só ver os profetas do Antigo Testamento, ou só ver a Jesus.

O dom de línguas ajuda a quem não sabe orar a orar melhor, e devemos orar até receber a revelação de Deus. Deus sempre quer falar. O dom de línguas é um dom maravilhoso, que quando a pessoa fica madura não vai precisar. Quando ele aprender a orar sozinho, sem o empurrãozinho do Espírito, até ter revelações, ele não vai precisar do dom de línguas.

Pra que profetizar se já falo inspirado por Deus? Não é isso profecia, falar inspirado por Deus? Pra que o dom de línguas se aprendi que devo orar em quantidade, o suficiente, até que tenha revelações de Deus? O dom é inútil, de forma alguma. Se orarmos de verdade e insistirmos em oração, depois de alguns minutos, meia-hora, ou uma hora, ou a hora que for, em algum momento o Espírito vai começar a revelar e a falar conosco. Vamos entendendo em nosso espírito o que Deus quer de nós. Eu fico imaginando a pessoa que já tem essas percepções sem ter o dom, imagina se ela pedir o suficiente e Deus a der a ela o dom de línguas e a interpretação das línguas - pois um é complemento do outro.

PRECISAMOS SUBIR NO MONTE?

E a melhor maneira de orar, acredito eu não é subindo no monte. Jesus falou que a melhor maneira é entrar no seu quarto em secreto, quer dizer, onde estiver é você e Deus, em oração. O monte, como temos visto atualmente não é exatamente um lugar de oração, mas fizeram do monte um lugar de falar e receber profecias. O que é muito perigoso. A melhor maneira de Deus falar conosco é pela palavra - em casos especiais, Deus pode usar alguém em profecia. Os profetas da antiguidade foram substituídos pelos pregadores da atualidade. O dom de profecia, que é dom de revelação da palavra, está todo dia agindo na igreja. Na maioria do tempo o monte é teatro. Cuidado. Tem gente séria no monte? É claro que sim, assim como tem gente séria em todo lugar. O problema são os não sérios que devemos nos precaver.

Se a sua ideia de subir no monte é Deus falar com você, saiba que isso pode até ser melhor conquistado orando na sua casa, no seu quarto, com a porta fechada, pra ninguém nem ouvir a sua oração. Quem tem que ouvir é Deus.

Se a pessoa ainda está pecando, isso denota imaturidade dela. Ela ainda não é madura o suficiente para não pecar. Não poucos pensam em até desistir de ser crente, por causado pecado. Principalmente aquele que ensinado errado, forçou uma santidade na carne e um dia não a podendo segurar acabou pecando. Esse se acha tão culpado que chega a pensar em desistir. Mas se você pensar no pecado em termos de doença que só pode ser curada por Deus, com a nossa ajuda, fica mais fácil compreender que devemos fazer todo o possível para tirar essa doença de nós. Eu sempre penso em Deus com os termos de que Deus não precisa me ajudar, mas ele o faz, de qualquer forma. A nossa doença é espiritual e Deus nos mostra as formas espirituais de vencermos essa doença. Vamos cair muitas vezes, mas não devemos ficar caídos. Uma frase que cresci ouvindo, em relação a crianças muito pequenas, que estão aprendendo a caminhar: Caiu? Agora levanta.

DEUS NÃO QUER QUE A GENTE DEPENDA DO MILAGRE

Deus não quer que a gente dependa do milagre, mas quer que a gente aprenda. Pode ser um choque para algumas pessoas, tão dependentes do dom manifestando para ele ser cristão e fazer a obra, mas a Bíblia diz que um dia os dons vão cessar. Deus que a gente aprenda a orar por nossas pernas, sem o dom, o empurrãozinho do Espírito. Deus quer que a gente aprenda a estudar a Bíblia, a fazer o esboço da pregação, ter percepção do que a igreja precisa ouvir e depender menos de Deus dar a palavra todas as vezes. O mês tem quatro semanas. Se pensarmos em termos de a cada mês, pelo menos uma vez por semana, ensinar naquele mês um livro bíblico, que são 39 do Antigo Testamento e 27 do novo, o que perfazem 66 livros, em 5.5 anos vamos acabar de ensinar todos os livros da Bíblia para nossa congregação. E se levarmos mais 7 meses ensinando as doutrinas da Teologia Sistemática, quando acabar esse período estaremos com uma igreja forte, conhecedora da palavra. Eu sou professor de Escola Dominical e sempre ensino já com Homilética junto. Devemos aprender a palavra, mas devemos aprender a pregar também. Também gosto de entremear os meus ensinos com a liturgia do culto, o que pode e o que não pode, assim como o que foi bom na semana e o que não está tão bom assim.

Vamos calcular que em seis anos tenhamos ensinado todos os livros da Bíblia para os irmãos, um por semana, a Teologia Sistemática, assim como a Homilética (como pregar) e a liturgia (como fazer culto). Em seis anos você terá uma igreja doutrinada e ensinada. Se formos sistemáticos e seguirmos um cronograma, não vamos precisar tanto das intervenções de Deus sobre o que pregar. A principio entenda que precisamos pregar a Bíblia, toda a Bíblia. Passado esse tempo que passa rápido, podemos aprofundar a igreja em Teologia. Com menos de dez anos teremos uma igreja cheia de teólogos, gente que conhece Bíblia e que sabe pregar. Um verdadeiro sonho. Se formos sistemáticos não vamos precisar que Deus nos diga cada passo do nosso dia, teremos um cronograma e é só seguir.

TRANSFORMADOS, NÃO OBRIGADOS

É necessário tratar um ultimo tema nesse espaço. Numa aula onde o pastor Ariovaldo Ramos ensinava sobre a Arca da Aliança e a Cruz de Jesus, uma irmã tentou corrigir o pastor, pois a certa altura ele disse que Deus já fez tudo pela nossa salvação e nós não precisamos fazer nada. Ela então tentou corrigir, pois agora sentia um peso, uma obrigação de fazer certo, andar na linha, de não pecar, de não errar. Ela se esforçava com o seu sentimento de obrigação de ser cristã. Ela perguntou se não estava certa e o pastor respondeu que não, ela estava errada. Cristo fez mesmo, literalmente tudo por nós. Não há nada que fazemos que partindo de nós, vai fazer Deus se mexer a nosso favor. Ele explicou que o que ela não compreendeu é que não fomos reformados. Nós não continuamos a mesma pessoa. Nós somos, literalmente outra pessoa. Se morremos na Cruz, nós ressuscitamos do tumulo com Cristo. Não é a questão de fazer, mas de ser. Somos nova criatura. Quando a velha natureza esperneia, quer aparecer, ela na verdade está mentindo para nós. Não somos mais a velha natureza, somos outra, novinha. A velha natureza vivia o sistema do mundo, nós vivemos o sistema do Reino. Como ainda estamos no mesmo corpo, talvez na mesma casa, no mesmo país, com velhos pensamentos nos assombrando constantemente, não percebemos que mudamos. Aquele Paulo que existia antes de eu aceitar a Cruz, morreu. A questão é entender o novo e viver no novo. O velho homem em nós, que aceitamos a Cruz já morreu. As lembranças que nos assaltam e os velhos hábitos, os velhos vícios, tem agora mecanismos de serem vencidos. Só não mudamos é por que não entendemos isso ainda. Quando entendermos com a emoção, com a razão, na alma e no espírito, seremos os cristãos que Deus sonhou que seremos.

O nosso problema com Deus chama-se pecado. Se entendermos o nosso pecado, quais são os gatilhos que nos atacam e fugirmos deles, não vamos pecar. Na minha força eu não tenho como ser liberto do pecado. Mas quem disse que eu tenho que lutar na minha força? Primeiro eu tenho que acreditar que foi feito. Está na Bíblia? Eu acredito.

Sentimos as responsabilidades cristãs: ser bom marido, bom filho, pagar as contas, ser bondoso etc., não porque isso me converte, mas porque já sou convertido.

Amém.

Fique na paz.

pslarios
Enviado por pslarios em 09/03/2022
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