PARA O PENTECOSTAL TUDO É PECADO

O contato direto com o povo pentecostal nos mostra algumas coisas. A primeira delas é a impressão nítida que a maioria deles não leem o Novo Testamento e, portanto, o desconhecem completamente. Na Bíblia do pentecostal raiz, parece não haver o Novo Testamento e nem o livro de Jó.

O próprio Deus diz que Jó não tinha pecado e Deus condenou e quase destruiu os seus amigos que disseram que ele estava passando suas provações por causa do pecado que deveria ter, mas que não tinha.

Na teologia pentecostal, toda resposta na nossa vida é pecado. Tudo é pecado. É a Teologia do medo. Pois se tem pecado tem que ter inevitavelmente a ira divina derramada sobre o pecador. Vivemos num estado condenatório eterno, na teologia pentecostal.

Para o pentecostal raiz, Jó é um livro que o desafia, por existir. Jó nem deveria estar no Antigo Testamento e nem em Testamento algum. Num dia em que Satanás estava passando pelo Céu (?), Deus chamou a atenção dele sobre Jó. “Javé lhe disse: “Você reparou no meu servo Jó? Na terra não existe nenhum outro como ele: é um homem íntegro e reto, que teme a Deus e evita o mal”. (Jó 1.8) O que Deus disse foi: Olhe para meu servo Jó. Na terra não existe outro homem santo, que evita o pecado. Ele é um homem íntegro, inteiro, sem meio pensamentos, sem duvidas se adora a Deus ou não. Jó é inteiro, perante Deus. Ele não coxeia em dois pensamentos. Ele não duvida.

O PENTECOSTAL RAIZ NÃO CRÊ EM DEUS

Apesar de que Deus em pessoa disse que Jó não tinha pecados, a resposta teológica pentecostal radical a qualquer adversidade que nos acontece é porque quem sofre tem que ter algum pecado na vida. Sofre por que é pecador. E ai segundo a lógica pentecostal, merece sofrer.

Se o pentecostal raiz não crê em Deus, quando ele diz que Jó não tinha pecados, vai acreditar em nós? Na teologia pentecostal, o crente pentecostal - mesmo que Deus tenha dito no cap. 1 de Jó que o que estava acontecendo com Jó não era devido ao seu pecado, que era inexistente – ele revira o livro de Jó procurando até hoje, as razões do sofrimento de Jó. Não importa que Deus em pessoa tenha dito que Jó era integro, ele não acredita na santidade de Jó e nem acredita na palavra de Deus. Deus deve ter errado, ao dizer que Jó era íntegro, inteiro, perante a sua presença.

O pentecostal raiz não crê em Deus. Na sua teologia toda explicação é que o que nos acontece é devido ao nosso pecado e que merecemos mesmo, que males nos aconteçam.

A TEOLOGIA PENTECOSTAL É PRÉ-CRUZ

A teologia pentecostal é eternamente pré-cruz, ou seja, ela é sempre alguns passos, talvez quilômetros, antes da cruz. A teologia pentecostal nunca consegue chegar na cruz, pois cruz é perdão dos nossos pecados. Se o pentecostal raiz chegar na cruz, ele vai ter que rever toda a sua teologia e isso vai dar um trabalho danado, portanto é melhor ficar do jeito que lhe ensinaram - errado – do que examinar a Bíblia por si próprio, que é o ensinamento básico razoável, racional.

Uma teologia que não chega na cruz, mas fica sempre alguns passos antes do sacrifício, vive eternamente num estado de pecado sem perdão. A teologia pentecostal, vive como aquele ofertante do seu sacrifício, que está com o sacrifício, o seu boi, ou novilho, ou algo que ele leva para ser sacrificado, mas que nunca sacrifica. Ele vê o sacrifício há alguns passos à frente dele, eternamente, mas não consegue romper, não consegue dar mais alguns passos, não consegue, não é ensinado, não aprende nunca, não segue o fluxo, não é levado ou empurrado para chegar na cruz e na cruz receber o perdão dos pecados.

Sua teologia é baseada em pecador que merece a ira. Ele não entendeu nada, até agora. O pentecostal raiz não entendeu o motivo da Bíblia. Expiação é para ele uma palavra desconhecida totalmente. Novo Nascimento então é um enigma total.

A CRUZ É PERDÃO DOS PECADOS

Deus instituiu o Sistema Sacrificial, onde o pecador arrependido deveria levar um animal para ser sacrificado no seu lugar. Ele colocaria a sua mão sobre o animal, que deveria ser um animal criado em casa, onde ele sofreria por causa da morte do animal querido, nascido e criado em casa. O Sistema Sacrificial era uma teatralização do pecado e do perdão de forma que todos pudessem compreende-lo sem muitas explicações teológicas difíceis. Se fosse hoje em dia, o pecador deveria levar para o sacrifício o gatinho criado em casa, ou o cachorrinho, que ganhou dos pais, quando era criança e cresceu a juventude com ele. Deveria haver um sofrimento pelo animal a ser morto no nosso lugar. O ofertante deveria compreender que um inocente, que amamos, morreu no seu lugar, para que ele não morra, devido ao pecado. Colocar a mão na cabeça do animal era dar a sentença de morte.

Uma vez levado o animal inocente ao sacerdote, sendo entregue o inocente que carrega o nosso pecado, ao sacerdote, o processo é imparável, ele será sacrificado, Deus aceitará o sacrifício pelo pecado e seremos perdoados. A teologia bíblica que o nosso caminhar é levar o inocente para ser sacrificado no nosso lugar e a fila, dos que estão pedindo perdão está nos empurrando para frente e uma vez na fila, somos levados a um único caminho, para frente, para ofertar o nosso inocente, e ele ser recebido pelo sacerdote que o sacrificará a Deus. O inocente é morto no nosso lugar, para que nós não morramos devido ao nosso pecado.

A teologia pentecostal raiz, daqueles radicais que não leem a Bíblia, primeiro para a fila, obstrue o caminho, não segue e nem deixa outros seguirem. Ela atravanca o caminho causando congestionamento na fila do perdão. Ela é uma teologia obstrutiva de quem não recebe o perdão e nem deixa outros receberem.

Ai a teologia pentecostal raiz, daqueles caras que desconhecem Bíblia, fica obstruindo o caminho do perdão, dos outros, criando sua própria teologia na fila do perdão. O cara faz uma igreja religiosa na fila do perdão, que obstrue a passagem e desvia a muitos de receberem o seu perdão. A igreja religiosa pré-cruz, olha para o lugar do sacrifício, a alguns passos à sua frente, que se torna quilômetros, que nunca chegam, pois é incapaz de chegar ao sacerdote e entregar o seu inocente e receber o seu perdão.

E tome religiosidades estranhas, como aquela que tem a Bíblia como um livro mágico, onde se tira uma palavra como se tira um versículo na caixinha da sorte. Abre-se a Bíblia em qualquer lugar e se lê para o outro, o versículo aleatório, como se isso fosse a Palavra do Senhor. Isso está longe de ser o melhor de Deus. Isso é Urim e Tumim, o último ato do Antigo Testamento realizado no Novo Testamento, em Atos.

No Antigo Testamento eles utilizavam Urim e Tumim, duas pedras coloridas, que quando jogadas, se elas caíssem para cá ou para lá, dessa maneira ou daquela, com as cores para baixo ou para cima, ou para o lado, eles interpretavam de forma diferente a vontade do Senhor. Urim e Tumim é uma clara invenção humana, dizendo ser religiosa é apenas humana, emocional, carnal.

URIM E TUMIM É CARNAL E DIABÓLICO – O NOSSO EVANGELHO NÃO É MÁGICO

Fazer uma oração superficial por alguém, ou por si, e abrir a Bíblia aleatoriamente e dizer que o que caiu é a Palavra do Senhor a ser seguida é Urim e Tumim. Isso aí é o melhor de Deus? Não pode ser. Urim e Tumim é carnal e, portanto, diabólico. Abrir a Bíblia aleatoriamente onde se lê a bel-prazer esse ou aquele versículo é Urim e Tumim, adivinhação bíblica, e, portanto, não pode ser de Deus. Deus não é mágico e nem o nosso evangelho deve ser um evangelho mágico. Qualquer espécie de religiosidade criada por nós, no lugar da Bíblia é carnal, diabólica, adivinhatória e condenável.

Ouvimos as pessoas dizerem: “Tirei uma palavra pra você”. O que a frase já denuncia que fez errado. O que o Novo Testamento nos ensina, não é que devemos orar, até que Deus coloque em nossos corações a resposta Dele? Você acha que uma “tirada” aleatória de um versículo - onde se abre a Bíblia de qualquer jeito e se lê qualquer coisa, principalmente se for acusatória; para poder explicar o que nos acontece; como sendo fruto do nosso pecado; como acusavam Jó, como pecador, sofrendo devido ao fruto do seu pecado - mesmo Deus dizendo que Jó não tinha pecados - por que não se crê em Deus, mas na teologia religiosa pré-cruz, obstrutiva, no meio do caminho, da fila do perdão que não perdoa e nem deixa os outros serem perdoados – é a maneira de Deus? Como você acha que Deus olha para os tiradores de versículos? Se ele ler o versículo de cima, a vida vai bem, mas se ele por acaso tirou o versículo de baixo, pode condenar para sempre a vida de alguém.

ORANDO ATÉ DEUS RESPONDER

É mais fácil dizer que todo mundo está em pecado, do que orar até Deus responder. No Novo Testamento eles oravam até Deus dar uma revelação. Hoje a igreja que congestiona a fila do perdão, não tem tempo de orar, até Deus responder. Eu orei até Deus responder sobre quem seria minha esposa, durante um ano. Eu orava e orava, com sabedoria suficiente para saber que Deus não tinha respondido. Dia após dia orando e nada de haver uma resposta. Eu lia a Bíblia todo dia e ouvia muitas pessoas e pregações e em nenhuma delas estava a resposta.

Em outra ocasião orei até Deus falar que eu iria mudar de casa. Mas Deus não falava nada e as pessoas todas me apertando até o extremo para sair daquela casa. Mas Deus não tinha falado nada e eu sabia disso. Deus tinha mandado eu entrar na casa, há nove anos antes, mas não havia uma única palavra sobre sair da casa, até que Deus começou a falar que estava na hora de eu sair de lá, quase dois anos depois do tempo que as pessoas impuseram a mim. Enquanto Deus não se manifestar, ficamos na revelação anterior. Não se apresse, faça as coisas na hora de Deus.

O pentecostal raiz não sabe ter paciência de esperar a resposta de Deus, é mais fácil e rápido abrir a Bíblia de forma mágica e ler qualquer coisa e empurrar qualquer coisa para as pessoas. É mais rápido e preguiçoso ler um versículo de forma Urim e Tumim, do que da forma lenta, que nos converte, que pode demorar dias ou meses e até anos, até que a resposta chegue.

A VERSÃO DO NOVO TESTAMENTO SOBRE AS AFLLIÇÕES DO CRENTE

“De fato, todos os que desejam viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos.” 2 Timóteo 3:12

Para algumas pessoas é muito difícil compreender porque pessoas boas sofrem. A versão Neo-Testamentaria nos explica que aqueles que querem viver piedosamente, ou seja, em santidade, na presença, religiosamente, em Deus, hão de sofrer perseguições. Vivemos num mundo caído, onde o próprio Jesus deu testemunho: "Eu lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo". João 16:33 Fica subentendido nesse versículo que Jesus venceu o mundo e nós venceremos também, nele.

Sofrer perseguições porque quer viver uma vida piedosa, separada, santa, é diferente de ser acusado de pecado. Deveríamos ler a Bíblia melhor e com maior responsabilidade, pois senão vamos acabar dizendo que ser pobre é sinônimo de pecador, o que em contrapartida é o mesmo que dizer que rico não tem pecado.

Amém

Fique na paz

pslarios
Enviado por pslarios em 17/03/2022
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