A perfeição do amor, só se alcança amando. (II)

Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai Celeste. (Mat 5:48). Este versículo nos leva a meditar sobre perfeição, mas a perfeição citada por Jesus não é aquela moldada sobre os eitos e preceitos do mundo, porque está ideia de perfeição só gera preconceito. Em outro estudo estudamos a parte teológica deste mandamento, aqui estudaremos a revelação e a prática.

Pois se seguirmos pensando nesta perfeição sobre a ótica humana. Este mandamento parecerá não ter nada a ver conosco. Ninguém entre nós estabeleceria uma relação necessária, por mais tênue que fosse, entre nossa vida e qualquer forma de perfeição. Até porque a vida aqui vivida é de aperfeiçoamento.

A palavra grega usada aqui é: “τελειος teleios”, que significa: O que é levado a seu fim, finalizado que não carece de nada necessário para estar completo. Ou seja, teleios é aquele que atingiu o objetivo para o qual foi criado. Uma criança é dotada da inocência e do amor abnegado que Deus soprou em nós, mas ainda não está completa.

Um adulto que viveu todo os dissabores, experimentou todos os desejos e deveria estar completo, mas por triste que pareça este ainda não está completo pois durante o seu viver este se deixou levar por sua segunda natureza e fatalmente quedou-se no desamor ou seja errou o alvo. E se distanciou da imagem e semelhança de Deus que é amor.

Má se em vez de nos deixarmos poluir pelas adversidades e pela maldade que vemos ao nosso redor e mesmo que o mundo nos pressione, primarmos por manter o foco na perfeição do gracioso amor de Cristo Jesus caminharemos para tal perfeição como o apóstolo Paulo diz: Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. (Flp 3:12).

Ou seja, o ser humano é um ser social e quando está sociedade o oprime e o relega a solidão este definha e morre, e morre por inteiro. Quando olhamos os índices de mortes por depressão no Brasil chega a ser assustador. E o interessante que parte destas mortes por depressão acontece no meio dos ditos crentes.

Eu sei que alguns ditos espirituais dirão: “Estes que morreram não eram convertidos completos.” Mas se faz bem lembrar que um dos trabalhos da igreja na terra, é o de levar vida aos que precisam. E devemos fazer isso com atos concretos, ou seja, na viva ação da presença. É comum vermos alguém triste e definhando ouvir do irmão de fé eu estou orando por você.

Orar é importante, mas quando oramos para pôr na conta de Deus aquilo que é nosso dever, nos distanciamos da perfeição que coaduna com o Pai. Que cada um de nós pense sobre isso, entenda e se autoavalie. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 02/06/2022
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