Padres também são mercenários da fé

Muitos já se acostumaram com minhas postagens criticando, de maneira ácida, os pastores mercenários, politiqueiros e 171 da fé, como Edir Macedo, Silas Malafaia, RR Soares, Valdemiro Santiago, José Wellington, Estevam Hernandes e dezenas de outros espertalhões da fé.

Também tenho postagens criticando padres pedófilos, pároco que tinha caso com o homem que ele próprio fez o casamento , também sobre os casos sexuais divulgados pelo famoso clérigo Robson de Goiás, que desviou mais de 2 bilhões da Igreja Católica e foi descoberto, virando caso de polícia no estado e muitos outros escândalos católicos envolvendo a história escravocrata do catolicismo romano, sua nefasta participação na política. Mas, nunca escrevi sobre os mercenários da fé de batina e o absurdo que cobram para divulgar a "palavra".

Mas, saiu ontem, na coluna do Leo Dias, no Metrópoles , os valores dos cachês dos clérigos católicos mais famosos do Brasil. Cabe, também, ressaltar que esses valores cobrados mudam de acordo com o calendário litúrgico da Igreja, como Dia da Padroeira, Finados, Natal, Corpus Christi, dentre outros.

Vamos aos valores:

"Padre Marcelo Rossi, por exemplo, por muitos anos não cobrou para evangelizar. Sobretudo, ele é o nome que revolucionou o formato show-missa e já chegou a reunir cerca de 2,4 milhões de pessoas num mesmo espaço, no autódromo de Interlagos, em São Paulo, para ouvir suas músicas e conhecer a palavra de Deus."

Na mesma linha de Rossi estão Reginaldo Manzotti e o padre Antônio Maria que, também, assumem compromissos na TV e no rádio. Ambos os sacerdotes dizem que não cobram para fazer shows em paróquias ou entidades sociais. Em contrapartida, quando o contratante é um órgão privado ou prefeituras, cobram cachês.

Ainda segundo Dias, "Fábio de Melo – um dos mais populares sacerdotes brasileiros – hoje de contrato assinado para participações do Domingão com Huck, cobra cerca de R$ 120 mil Reais para evangelizar; valor que supera, com larga vantagem, alguns nomes da Música Popular Brasileira".

Outra estrela do catolicismo popular e do sertanejo, o padre Alessandro Campos, transmite a palavra sagrada por meio do estilo musical há 11 anos, sempre vestido com chapéu de cowboy e bota. "Atualmente, um show dele custa R$ 135 mil Reais."

"Juarez de Castro: também popularizado nas emissoras de TV e rádio, além de ter sido indicado ao Grammy Latino, padre Juarez afirma não cobrar para evangelizar. Mas, quando se trata de órgão privado, seu cachê chega a ser de R$ 60 mil Reais."

O famoso padre Antônio Maria: seu cachê para prefeituras e eventos privados gira em torno de R$ 60 mil Reais. A informação foi confirmada pela assessoria à coluna do Léo Dias.

Por último, o padre Patrick Fernandes, muito famoso nas redes sociais, "as publicidades do sacerdote de 5 milhões de seguidores e que ganhou projeção ao responder seguidores de maneira bem-humorada, custam entre R$ 10 e R$ 15 mil Reais. Sua presença para eventos custa, em média, R$ 25 mil Reais."

Nunca foi tão fácil ganhar dinheiro em nome de Deus, de Jesus e da fé alheia. Mas, isso não é uma marca do catolicismo e dos evangélicos, mas da religião como um todo e da casta sacerdotal que, historicamente, sempre foi um grupo de privilegiados que vivem do dinheiro e das benesses do público que exploram e prestam serviços espirituais, em todos os tempos, lugares e povos, sem exceção.

Deixo para meditação final os textos de 1 Pedro 2:3, que diz: "Também, movidos pela ganância, e com palavras fingidas, eles farão de vós negócio; a condenação dos quais já de largo tempo não tarda e a sua destruição não dormita."

Marcos 10:8: "Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça daí."

1 TM 6:10: "pois o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram com muitos sofrimentos."

Acioli Junior
Enviado por Acioli Junior em 13/08/2022
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