Mestres falsos do medo, ou mestre do Pai do amor. (Parte final).

Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores. (1Tm 6:10). Este versículo mostra o mal que pode trazer sobre si mesmo aquele que se alia ao ganho material, em vez de aliar-se ao ganho espiritual.

Em outro estudo dissertamos como falso mestre age, aqui trataremos como deve ser o agir de um mestre guiado pelo Espírito Santo.

Primeiro um mestre que é guiado pelo Espírito Santo jamais deixa que seu ego, suas emoções ou desejos comande o seu ensinar e o seu viver. Ele sempre busca a orientação do Espírito. Ele tem como meta levar os ensinamentos de Cristo limpo e gratuito para todos os que querem ouvir.

O verdadeiro mestre não visa ganho próprio, não empurra garganta abaixo um religiosismo, não diminui e não afronta as crenças ou os pensamentos alheios. Ele cuida para que a palavra seja entregue exegeticamente sem vicio ou ideais próprios.

Ao entregar o ensinamento ele sempre tem a mente voltada para a misericórdia, a piedade, a justiça, constância e mansidão como podemos ver Paulo ensinar: Porém, tu, ó homem de Deus, foge dessas ciladas e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância e a mansidão. (1Tm 6:11).

Deste versículo destacaremos a palavra, mansidão do grego, praotes (πραοτης), numa tradução rasa e literal significa mansidão. Mas quando estudamos mais afundo veremos que ela significa também, a qualidade daquele que usa a ira só no momento devido e na medida certa. Aristóteles definiu o termo praotes como o equilíbrio entre a ira excessiva e a mansidão excessiva.

É o vivo autodomínio que somente o Espírito Santo pode nos dar. É a capacidade de corrigir na hora certa da maneira certa, sem temer perder a admiração de quem ensina ou é corrigido. Pois o que importa para o mestre ou o líder é o crescimento espiritual daquele que é ensinado.

Em uma certa feita eu ouvi uma pregadora dizer o seguinte: “Prefiro que vocês vão para o céu bravos comigo, do que ir para o lago de fogo me admirando.”

E o que aprendemos aqui? Aprendemos que o verdadeiro líder ou mestre, prima por estar do lado dos ensinamentos de Cristo, e o faz exegeticamente mesmo que isso lhe custe os holofotes, os aplausos, a fama e o dinheiro que possa ganhar. E entre o ganho material e a pessoa sempre primará pela pessoa.

Cabe a cada um de nós se autoavaliar para entender como estamos neste quesito. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.

(Molivars).