COMO LER E PREGAR EFÉSIOS 6 A Armadura Celestial

A ARMADURA CELESTIAL

10 Ademais, fortaleçam-se no Senhor e na força do seu poder.

11 Vistam a armadura de Deus para poderem resistir às manobras do diabo.

12 A nossa luta, de fato, não é contra homens de carne e osso, mas contra os principados e as autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra os espíritos do mal, que habitam as regiões celestes.

13 Por isso, vistam a armadura de Deus para que, no dia mau, vocês possam resistir e permanecer firmes, superando todas as provas.

14 Estejam, portanto, bem firmes: cingidos com o cinturão da verdade, vestidos com a couraça da justiça,

15 os pés calçados com o zelo para propagar o evangelho da paz;

16 tenham sempre na mão o escudo da fé, e assim poderão apagar as flechas inflamadas do Maligno.

17 Coloquem o capacete da salvação e peguem a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus.

18 Rezem incessantemente no Espírito, com orações e súplicas de todo tipo, e façam vigílias, intercedendo, sem cansaço, por todos os cristãos.

19 Rezem também por mim: que a Palavra seja colocada na minha boca, para anunciar ousadamente o mistério do Evangelho,

20 do qual sou embaixador aprisionado. Que eu possa anunciá-lo com ousadia, como é meu dever.

Efésios 6.10-20

A primeira coisa a pensar é na estrutura de Efésios. Na primeira parte, dos capítulos 1 ao 4, nos tivemos teoria, doutrina bíblica. Nos cap. 5.1-6.9, ensinamentos práticos sobre a nova sociedade de Deus e os novos relacionamentos requeridos. No cap. 6.10-20 nós aprendemos sobre a Armadura Celestial.

Dito de outra maneira, nós lemos na primeira parte de Efésios a teoria bíblica, como deve ser, qual a doutrina por detrás disso. Na segunda parte nós somos ensinados sobre como deve ser os novos relacionamentos dos casados, dos pais e seus filhos, do patrão e do empregado. E aqui, muitas igrejas param. Muita gente vive como se a Bíblia ensinasse somente a doutrina bíblica, a teoria filosófica cristã, e desse alguns parâmetros a respeito dos nossos relacionamentos sociais. Muitos cristãos, principalmente os reformados, vivem e são ensinados a olharem apenas para as doutrinas e o convívio social diário e não tocam no assunto de quê a Bíblia fala com todas as letras e mais um pouco, de um mundo estranho, paralelo, espiritual, onde uma guerra está sendo travada e que o nosso mundo está inserido, nós estamos inseridos. Nós fazemos parte dessa guerra, desse mundo. Existe sim, um mundo espiritual além do nosso. A vida cristã jamais é só o aqui e agora. Na verdade é o espiritual que manda no material.

Dia desses escrevi sobre o Reino de Deus. “Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação, pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou soberanias, poderes ou autoridades; todas as coisas foram criadas por ele e para ele. Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste. Ele é a cabeça do corpo, que é a igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a supremacia. Pois foi do agrado de Deus que nele habitasse toda a plenitude.” Colossenses 1:15-19

Nele, tudo subsiste. Todas as coisas, todos os seres, todas as pessoas existem em Deus. Se tudo subsiste em Deus, então tudo é Reino de Deus, tudo está sob a autoridade de Deus. Mas apesar de tudo estar no Reino, nem todos estão dentro do Reino pregado nos Evangelhos. Para muitos é como estar nas cercanias do Palácio, mas não dentro dele. Nós temos até mesmo muitos cristãos que estão dentro da igreja, mas não estão dentro do Reino. Estar no Reino é estar vivo espiritualmente, reconectado ao Espírito de Deus, tendo acesso a uma parte do Reino que só os salvos têm. Se na igreja tem um monte de gente que está na igreja, mas não está no Reino, imagina no mundo.

Nossa dificuldade é entender que temos em nossas fileiras muita gente natural, que não nasceu de novo (1 Coríntios 2), alguns em cargos importantes, como diáconos, presbíteros ou até mesmo pastores. Temos gente não nascida de novo dirigindo algumas igrejas, em cargos chave. Por outro lado temos gente carnal (1 Coríntios 3), dirigindo a igreja. Se o natural é o que nunca teve contato com o Espírito Santo, não foi iluminado, visitado pelo Espírito, não teve o seu espírito humano, reconectado ao Espírito de Deus, sendo essa a morte descrita por Deus no Jardim, o carnal é o que já foi espiritual, já teve o seu espírito reconectado com o Espírito de Deus e se desviou, deixou apagar o Espírito. Só da pra ser espiritual quem já foi natural e só da pra ser carnal quem já foi espiritual. Uma pessoa natural, não tem como ser carnal, é um erro doutrinário dizer isso. Ele não voltou a fazer as obras da carne, na verdade o natural nunca saiu dela e não conhece outra coisa além disso. O natural não sabe o que é ser espiritual.

DE todo jeito, sendo natural, ou sendo carnal, temos pessoas que conseguiram de travestir de cristão, sendo que ou nunca foi, ou não é mais. Cristão não é o nominal, é quem está vivo em Cristo. Cristão não é o que diz que é, o que se professa cristão, mas o que está vivo em Deus, vivo para o Espírito, reconectado o seu espírito ao Espírito de Deus. O cristão verdadeiro tem e sente o Espírito, se não tem ou não sente o Espírito, não é cristão. Se nunca foi cristão, e é uma pessoa natural, deve buscar arrependimento até Deus o visitar. Se está desviado, deve buscar o perdão verdadeiro, se arrepender de abandonar a Deus e suplicar a misericórdia.

Quem nunca foi cristão, nunca saiu do natural, nem sabe o que estou dizendo e tem sua felicidade por não saber o que significa o mais de Deus. Por outro lado o carnal, o desviado, aquele que já foi visitado, que já usufruiu do Espírito e já foi cheio do Espírito e o perde, o apaga, o que o não sente mais, está num estado ultimo lamentável e pavoroso. Ele sabe o que perdeu. Alguns não sabem como voltar ao caminho, outros são impedidos por amar mais o seu pecado do que a Deus. Em todos os casos, em qualquer caso, devemos nos lembrar que Deus sempre deu o primeiro passo em nossa direção e não nós na direção Dele.

Exatamente por que existem em nossas fileira gente natural e gente carnal, que sabem se passar como ovelhas, não o sendo, que sabem se passar como trigo, não o sendo, é que foi sendo apagado de muitas igrejas os ensinos que nos mostram que ser cristão não é apenas ter doutrina, ter teoria, e alguma prática. Nós estamos inseridos numa guerra e nossos adversários são perigosos. Fazer de conta que eles não estão ali, só ajuda a causa inimiga.

A ARMADURA CELESTIAL

Fortaleçam-se no Senhor, não é apenas conhecer a doutrina bíblica e tentar viver uma vida certinha, mas estar vivo espiritualmente. Vestir a armadura não é literal, mas compreender da forma narrada por Paulo do quê precisamos nessa batalha. Aqui temos ensinamentos chave a respeito do assunto e que devemos colocar em prática.

Vistam a armadura, incorporem à vida os ensinos bíblicos, para vencer o diabo.

Quem é o Diabo? A Bíblia fala que Deus criou os anjos e por algum motivo, um dos anjos se revoltou contra Deus querendo ser Deus no lugar de Deus. Esse anjo se chamava Lucifer, anjo de luz, mas que por sua revolta ganhou o nome de Diabo, que significa pai da mentira, enganador e sinônimo de assassino, opositor, negador de Deus, acusador dos cristãos.

Entendemos que o Diabo é o líder da terça parte dos anjos que se revoltaram no Céu contra Deus, onde uma Batalha aconteceu e foram expulsos. Um dia irão para a prisão eterna chamada Inferno, que ainda não foi inaugurada. Esses anjos caídos, expulsos, se tornaram diabos, ou demônios. Nós não temos dados suficientes para dizer como funciona a hierarquia dos demônios, mas é claro que existem os chefes e os subchefes. A nossa luta não é contra os homens, mas contra os principados, as autoridades, os dominadores deste mundo de trevas, os espíritos do mal, que habitam nas regiões celestiais.

Esses demônios sempre estiveram operando na história humana, com os nomes mais variados possíveis. No Egito Antigo eram os deuses do Egito. Entre os Maias eram os deuses Maias, ou os deuses dos índios sul-americanos. Sempre estiveram operantes e ainda estão.

Há de chamar a atenção que a nossa luta não é contra o ser humano, nosso conterrâneo, pois o pior inimigo o é, por que está debaixo de forças que ele e nem nós compreendemos exatamente.

Vestir a armadura de Deus, não é vestir uma armadura literal, mas incorporar à vida essas características ditas aqui, assim como outras não ditas. Vestir a armadura é estar vivo em Cristo, cheio do Espírito, operante no Espírito, para vencer o mal. E devo chamar a sua atenção que Cristo disse que as portas do Inferno não prevalecerão contra a igreja. Se pensarmos bem, “as portas do Inferno” não nos atacam, mas resistem contra o nosso ataque. Quem ataca quem é a igreja que ataca o inimigo. O diabo nos tenta e quando isso acontece a igreja vai pra cima, ora, jejua, busca a Deus, pede perdão e desculpas, santifica, adora e uma hora dessas o inimigo cai por terra. O que vence o diabo é estarmos cheios do Espírito e profetizarmos segundo o Espírito nos dirija.

Estejam firmes na verdade que é Cristo, na justiça de Deus, no zelo em evangelizar, tenham sempre fé espiritual, que não é apenas a fé normal, mas a que faz maravilhas, opera curas e revela. Coloquem o capacete da salvação e não o tirem nem pra dormir. Estejam salvos o tempo todo. Manuseiem a Espada do Espírito que é a Palavra de Deus, com maestria, com ousadia, com sabedoria. Orem sem parar, com todo tipo de oração que souber. Jejue, faça vigílias, interceda sem cansaço pelos outros cristãos, por todos os cristãos.

Cabe outra palavra aqui. A gente intercede pelo irmão cristão, mas pelo não cristão a gente evangeliza. Tem gente abençoando a vida de quem não tem e não quer Cristo, não deveria. Ao não cristão a gente oferece Cristo, ao crente a gente intercede por ele a Cristo. Nem deveríamos orar para Deus abençoar o não crente, mas nós acabamos nos lembrando que apesar de não dever, nós oramos, pois assim como Cristo pode ser criticado por alguém, por chamar à graça, alguns que a gente acha difícil perdoar, nós fazemos a mesma coisa. Cristo deveria chamar apenas os que têm tendência de serem adoradores, mas na Cruz ele morreu por todos os que o aceitarem e o seguirem. Cristo morreu por nós, enquanto éramos inimigos da Cruz. (Romanos 5.10 “Ora, se quando éramos inimigos de Deus fomos reconciliados com Ele mediante a morte de seu Filho, quanto mais no presente, havendo sido feitos amigos de Deus, seremos salvos por sua vida.”)

Apesar de termos a ordem de não orar por certas pessoas, a gente continua a orar. “Deus disse: — Jeremias, não ore por este povo. Não peça, nem implore em favor deles; não insista comigo, porque eu não atenderei.” Jeremias 7.16 Mas como abandonar alguém da nossa família, um filho, ou uma mãe? Como não orar pelo pai, ou pelo amigo? Como não pedir misericórdia a Deus pela irmã que virou drogada? Como abandonar um amigo de infância? Como não orar pelos envolvidos nas guerras? Como não orar pelos muçulmanos, ou pelos espíritas? Como não orar pelo amigos que estão enganados na macumba? Como não orar? Senhor, como não orar?

Não da para não orar pela filha que casou errado, ou pelo marido que fugiu com a vizinha, ou pelo pai que saiu de casa, ou pela filha que chega tarde da noite, madrugada a fora. Não da pra não orar pelos que amamos. Acreditamos tanto em Deus que a resposta sempre é sim, que mesmo que Jesus tenha dito à sua mãe, que não era hora de operar milagres ela assim disse aos serventes: Façam como ele mandar. Mas ele disse que não vai fazer, ele disse que não vai ouvir essa oração, ele disse que não é pra orar por esse povo. Por que não é pra orar por esse povo? Por que se orarmos Deus vai ouvir. Perdoa Senhor, mas alguns perdidos a gente não pode deixar pra lá. Precisamos orar pelo filho, pela filha, pelo pai, pela mãe, pelo primo, pela namorada, pelo noivo. Precisamos orar e precisamos que o Senhor os perdoe.

Orem pela revelação da Palavra.

Amém.

Fique na paz.

pslarios
Enviado por pslarios em 26/12/2022
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