Falar línguas estranha pode ser fatal para o crente

"Pois está escrito na Lei: “Por meio de homens de outras línguas, e por intermédio de lábios de estrangeiros, falarei a este povo, todavia, mesmo assim, eles não me ouvirão”, diz o Senhor" (1 Coríntios 14:21).

O que está escrito?

"Não tornarás a ver aquele povo arrogante, aquela gente de falar bárbaro, com sua língua obscura, estranha e incompreensível" (Isaías 33:19).

"Ó Casa de Israel! Palavra do ETERNO: Eis trago de longe uma nação que a invadirá: uma nação muito antiga e invencível, uma nação cuja língua não conheces e cuja fala não compreendes" (Jeremias 5:15).

"Afinal, não estás sendo enviado a um povo estrangeiro, de fala incompreensível e língua difícil de se entender, mas sim à Casa de Israel" (Ezequiel 3:5).

"De sorte que as línguas estranhas são um sinal, não para os FIÉIS, mas para os INFIÉIS; e a profecia, não para os infiéis, mas para os fiéis.

Se, pois, toda a igreja se congregar num lugar, e todos falarem línguas estranhas, e entrarem ignorantes ou infiéis, não dirão porventura que estais loucos?

Mas, se todos profetizarem, e algum ignorante ou infiel entrar, de todos é convencido, de todos é julgado" (1Co 14:22-24).

Os sinais que acompanham a pregação são dons do Espírito Santo para confirmar o que é pregado (Mc 16:15-20).

Estes sinais não devem levar-nos à soberba, nem fazer com que sinta-mo-nos superiores aos demais irmãos.

Tão pouco, os que não falam em línguas, que é a maioria dos irmãos, se sintam inferiores aos demais.

ESCOLAS e PROFESSORES de LÍNGUAS

Os professores e Escolas que ensinavam línguas desconhecidas só surgiram uns dois séculos depois da ascensão de Jesus aos céus, e assim mesmo só ensinavam as principais línguas (latim, grego, egípcio, aramaico, hebraico, árabe e turco).

Línguas estranhas e línguas desconhecidas são sinônimos, ou seja: quer dizer a mesma coisa.

Foi providencial o Espírito Santo, naqueles dias da Igreja Primitiva para que os cristãos tivessem a faculdade de falar línguas estrangeira na pregação da Palavra, sem ter que aprende-la numa Escola; mas, com o decorrer do tempo, esta providência foi cessando, na medida que aumentou muito a quantidade de cristãos que dominavam duas ou mais línguas.

O ensino de uma nova língua era antes de tudo, entre os cristãos primitivos, uma demonstração de amor ao próximo.

Quando Pedro, em Jerusalém, pregou a Palavra á vários judeus de todas as nações do Império romano, falou em aramaico, no dialeto da Galileia, porém, todos os judeus, ainda que estrangeiros, entenderam em suas próprias línguas maternas, ou seja: a língua falada em seu País (Atos 2:5-13).

Ainda que tais judeus estrangeiros não falassem o aramaico ou hebraico, eles tinham no seu DNA a língua de seus antepassados. Já os gentios que se converteram ao judaísmo, embora também não falassem o aramaico, tinham no seu inconsciente o falar em aramaico, pela convivência deles com os seus irmãos da fé judaica.

Paulo falava em outras línguas estrangeiras (ditas naquela época:línguas estranhas, ou desconhecidas) mais do que todos os cristãos (1Co 14:18,21).

Isto está a indicar que o falar em língua estranha é falar língua estrangeira, e, consequentemente, não é se expressar em língua de anjos.

Na Igreja primitiva, de entre-meio, falava-se também em línguas estrangeiras, embora a maioria ali falassem a língua local; entretanto, se não houvesse um interprete (um tradutor), isto sinalizava que não havia estrangeiro na Igreja, pois se houvesse, ele traduziria o que estava sendo dito. Neste caso, se não houvesse interprete, e se o pregador não soubesse o que estava falando, para ele mesmo traduzir, ele, o pregador deveria se abster de continuar falando aquela língua (1Co 14:27,28).

Tal pregador poderia continuar a falar tal língua desconhecida desde que, logo a a seguir a frase ou a expressão em língua estranha, traduzi-se para a língua local, o que foi dito.

Não sabendo o pregador o que ele estranhamente disse, deveria ficar quieto, e pedir em oração a Deus que traduzisse para ele, o sentido da frase ou expressão que lhe veio a mente (1C 14:13,14).

Muitos pregadores, irmãos na fé, neste fim dos tempos, estão inventando línguas estranhas, sem sentido nenhum, e não conhecida nas mais de seis mil línguas e dialetos existentes no mundo. E fazem isto com o objetivo de enganar os seus ouvintes, e se passarem por homens santos, sábios e mais importantes do que os demais irmãos.

É possível que nas frases estranhas pronunciadas por estes mentirosos, o diabo tenha introduzido blasfêmias. Então, o galardão destes pregadores mentirosos, e de irmãos inconsequentes que repetem o que foi dito pelo pregador, é o inferno.

O melhor a fazer quando escutamos alguém falando em língua desconhecida, sem a tradução devida. é ficarmos quietos, sem juízo de valor, e, em secreto orarmos por eles, para que não estejam mentindo.

Quando digo ficar quieto, é quieto mesmo. Não diga nada, ainda que o pregador insista. Nem aleluia, nem glória a Deus, afim de não serdes cúmplices do que fala, nem co-participantes em seus flagelos.