Eis que estou à porta e bato. (Parte II).

Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo. (Apo 3:20). Ao ler esta passagem o meu coração chega a tremer, mas não de medo, e sim de amor. Porque diante de tão linda expressão de amor, só podemos ficar maravilhados e com os olhos marejados. Aqui Jesus nos mostra duas coisas:

O Pai nos dotou do livre arbitrio, quando olha a nossa volta vemos que somente o ser humano pode escolher em fazer o mal ou o bem. Pois toda a animália age por instinto, e os seres espirituais criados por Deus, agem de acordo e para as funções para quais foram criadas.

Mas em seu amor e em sua misericórdia e em sua infinita sabedoria Ele sabia da nossa tendência de escolhermos a morte, Ele jamais nos deixou só, e sempre nos ofertou a vida, exemplo: ( Gen 2:17; Dt 30-15-17; Lc 9:22-25), entre outros tantos.

Vemos também que o abrir e o aceitar, é do ser humano. Cristo bate na porta; Nós podemos responder a esse chamado ou ignorar. Cristo não entra sem que se abra a porta, pois o amor não é invasor. O amor deve ser convidado e aceito em nossos corações para que seu agir seja pleno. Jesus não invade Ele bate à porta e pede para entrar, Cristo não impõe a sua presença Ele sendo Deus onipotente, pede licença para entrar em nossas vidas.

E podemos ver isso representado no caminho de Emaús: Quando se aproximavam da aldeia para onde iam, fez ele menção de passar adiante. (Luc 24:28). Ele aqui faz menção de seguir em frente, ou seja, Jesus Cristo jamais impõe a sua companhia, Ele nunca nos obriga a recebermos ou que O aceitemos: Ele oferta a sua misericórdia e amor numa viva presença, e espera até que nós entendamos e, em amor peçamos para Ele continuar e entrar para nossas vidas.

Para ilustrar um pouco: Existe um quadro do pintor “Holman Hunt” intitulado a luz do mundo, onde ele retrata uma cena de uma porta no coração humano, e está porta pelo lado de fora não tem fechadura nem maçaneta, dando a entender que o coração só pode ser aberto pelo lado de dentro.

E isto nos leva a entender, que toda a obra da cruz só pode atingir o seu maior auge, quando abrimos o coração e recebemos para cear conosco Cristo Jesus e seu gracioso amor. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.

(Molivars).