UM CRISTÃO PROTESTANTE PODE PARTICIPAR DE FESTA JUNINA?

 

Segundo registros históricos a origem das festas juninas deu-se no VI século, quando “missionários” foram enviados ao norte da Europa – no dia 24 de junho. Nessa data ocorria o solstício de verão “época em que o sol se afasta o máximo possível da linha do equador”. A partir daí do dia 24 de junho passou a ser celebrado em vários lugares do mundo, como por exemplo, na Bretanha (Inglaterra), na Escandinávia, na Finlândia e na Alemanha. Naquela época a igreja romanista adotou o dia 25 de dezembro, como o natalício de Cristo. Diziam: “Se o nascimento de Jesus é celebrado em 25 de dezembro, então o de João Batista é celebrado seis meses antes, em 24 de junho”. Devemos lembrar que que João, nasceu antes de Jesus, conforme diz a Escritura (Lc 1.26,36). Dessa forma, o dia 24 de junho passou a ser conhecido no calendário papal como sendo o “Dia de São João”. No Brasil as “festas juninas” são realizadas em todo o país no mês de junho (daí o nome “juninas”, que resulta no Dia de São João).

 

O principal momento da festa é a quadrilha, que teve sua origem na França. Trata-se de uma dança em que vários “casais” vestidos de caipira simulam uma cerimônia de casamento – que em geral não acontece. Também fazem parte dessas celebrações as fogueiras, os fogos de artifício, missas, procissões e as comidas. Vale lembrar que todos esses elementos que compõe a festa junina fazem parte de um contexto pagão. A origem das fogueiras nas celebrações deste dia é algo desconhecido, mas ao que tudo indica, vem do costume pagão de adorar deuses com fogueiras. Registros históricos apontam que no dia 24 de junho, os druidas britânicos, adoravam Baal com fogos de artifício. A Igreja Católica inventou a história que Isabel acendeu uma fogueira para avisar Maria que João tinha nascido. As missas e procissões que também fazem parte dessas celebrações, são realizadas com muitas rezas – muitos pedidos feitos a São João. As tradicionais comidas como, a pipoca, o milho, o pé-de-moleque, os bolos de fubá, quebra-queixo, canjicas e outras, são todas oferecidas a São João.

 

Pergunto: “As festas juninas de caráter religioso têm o propósito de glorificar a Deus”? Absolutamente não, pois o único objetivo dessas celebrações é adoração de ídolos e isso é idolatria. Mas, o que é idolatria na Bíblia? O que significa idolatria? Idolatria no texto original grego é εἰδωλολατρία eidololatria, “adoração de ídolos”. Se você é um cristão protestante e participa das festas juninas, você está sendo um adorador de ídolos como as demais pessoas que estão nestes festejos porque idolatria implica em tudo aquilo que se coloca no lugar de adoração a Deus. Se você estuda as Escrituras, então, sabe muito bem que a idolatria é um pecado claramente repreendido e punido por Deus em toda a Bíblia (Dt 27.15; Sl 16.4; 115.4-8; Jn 2.8; Gl 5.19-21; Ap 9.20; 21.8).

 

“São pessoas desprovidas do verdadeiro conhecimento todos aqueles que levam de um lado para outro imagens de madeira e outros materiais, que rogam e suplicam a deuses que não têm qualquer capacidade para ouvir e, tampouco, podem salvar alguém”. (Is 45.20).

 

“Não vos torneis idólatras, como alguns deles foram, conforme está escrito: “O povo se assentou para comer e beber, e levantou-se para se entregar à orgia. Por isso, meus amados irmãos, fugi da idolatria”. (1Co 10.7,14).

 

Agora pense comigo! Um “cristão protestante” pode participar de celebrações idolatras, como as festas juninas? Os filhos de um casal cristão protestante podem participar dessas festas nas escolas? Com certeza não. Biblicamente falando, acredito que não existe lugar para cristãos protestantes nas chamadas “festas juninas”. Famílias que tem a Bíblia como sua única regra de fé e prática de vida cristã, não celebram, não homenageiam, não louvam, não reverenciam, não cultuam, não adoram deuses, ou ídolos, e nem mesmo os anjos, mas unicamente o Deus Vivo das Escrituras (Êx 20.3-5; Is 42.8).

 

Os pais devem ensinar os nossos filhos que as festas juninas têm sua origem no paganismo e os elementos que compõem tal celebração são para promoverem a idolatria de santos católicos e não a glória de Deus. Portanto, não sejamos omissos. Precisamos ensinar os nossos filhos a se posicionarem. Não podemos transferir para a Igreja a responsabilidade que é nossa (Dt 6.3-9; Pv 22.6). Os cristãos protestantes devem manter-se distante dessas celebrações porque Cristo é o nosso único mediador entre Deus e os homens (1Tm 2.5), e somente Ele é digno de culto (Lc 4.8).

 

Na Igreja de Corinto, o apóstolo Paulo enfrentou um caso semelhante, pois havia celebrações pagãs oferecidas aos deuses dentro dos templos naquela cidade.

 

“Sendo assim, o que estou querendo dizer? Será que o sacrifício oferecido a um ídolo significa alguma coisa? Ou o ídolo tem algum valor? Não! Quero enfatizar que o que os pagãos sacrificam é oferecido, isto sim, aos demônios e não a Deus. E não quero que tenhais qualquer comunhão com os demônios. Não podeis beber do cálice do Senhor e do cálice dos demônios. Não podeis participar da mesa do Senhor e da mesa dos demônios. Ou desejamos provocar os ciúmes do Senhor? Porventura somos mais fortes do que Ele”? (1Co 10.19-22).

 

Paulo está ensinando aqueles crentes que eles não deveriam ir ao templo pagão para participarem de tais celebrações e ali comer e beber, pois, isto evidenciaria culto idolatra. Da mesma forma, hoje os crentes que vão aos templos católicos, ou em qualquer outro lugar onde há missas, procissões, rezas e invocação de São João, ou de qualquer outro “santo” estão celebrando um culto idólatra. Nós que temos aliança com o Deus das Escrituras, não devemos ir a estes lugares.

 

Portanto, como cristãos protestantes que amam a Deus acima de qualquer coisa e que procuram viver de modo a lhe agradar e lhe honrar em todas as coisas, não podemos agir como ignorantes, ingênuos, imprudentes, néscios (Ef 4.27; 5.15; 2Co 2.11). Se temos o conhecimento de que algo que é consagrado a ídolos, devemos nos abster (1Co 10.27,28; 2Co 6.14-17; Ef 5.11), pois as Escrituras nos adverti a fugir de toda a aparência do mal (1Co 10.23-33; Pv 6.27-29). Precisamos entender que Deus estabeleceu limites para vida cristã, de maneira que não vivemos para agradar a nós mesmos, mas a Deus que prova os nossos corações.

 

“Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras; e Eu vos receberei”. (2Co 6.17).

 

JESUS FAZ A DIFERENÇA.

 

Pastor Jose Junior
Enviado por Pastor Jose Junior em 02/07/2023
Reeditado em 20/07/2023
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