AMOR E JUSTIÇA

Conta-se de um homem que resolveu tomar um banho de mar bem cedo pela manhã. Estava numa praia deserta e perigosa, sem notar que havia entrado em um grande buraco na areia. Não conseguia encostar os pés no fundo; o mar estava agitado e com uma forte correnteza, impedindo a sua saída da água e tornando inúteis os seus esforços para nadar em direção à praia. Após um longo tempo se debatendo, estava a ponto de desistir quando surgiu um rapaz que notou a sua situação desesperadora. Não hesitou em entrar no mar, nadar agilmente em sua direção, e puxá-lo com grande dificuldade para fora da água. Apesar de ter engolido uma enorme quantidade de água, conseguiu se recuperar, retornando à vida sem qualquer sequela.

Após muitos anos, essa pessoa que foi salva envolveu-se em uma briga, e usou uma arma para matar seu oponente. O delito foi objeto de juízo, e no dia da audiência, da cadeira de réu, surpreso constatou que o juiz que o julgaria era a mesma pessoa que o havia salvo daquele afogamento na praia. Falaram os advogados, o juiz ouviu atentamente os argumentos apresentados, e deu o veredito:_“Culpado de crime de morte, com agravante pelo porte de arma de fogo e evasão do local; e atenuante por não ter sido o provocador da briga e por ser réu primário. Pena de 12 anos de reclusão, em regime fechado”.

O réu não se conformou e pediu a palavra, mostrando-se surpreso por ter sido condenado com tanto rigor, e logo pela pessoa que um dia o salvou heroicamente. Disse jamais esperar que uma mesma pessoa pudesse um dia salvá-lo abnegadamente, e em outro condená-la a uma pena tão severa. Então, o juiz lhe disse:"_O senhor precisa entender a minha atuação como cidadão e como juiz. Quando o salvei na praia, pude exercer meu papel de cristão, arriscando a minha vida para beneficiá-lo; mas agora, estou exercendo minha função de magistrado, onde busco com equidade aplicar a justiça e julgar segundo a lei. Não posso, de maneira alguma, agir de forma diferente, pois sou remunerado para tanto e a sociedade espera que eu atue da forma mais impessoal possível”.

Meus irmãos, assim também ocorrerá conosco. Nesse tempo da graça, que perdura desde a morte e ressurreição de Jesus, podemos contar com o favor Dele para nos salvar, ajudar e perdoar os pecados; porém, no dia do Juízo Final, que rapidamente se aproxima, o Senhor Jesus virá como Juiz, e julgará o mundo e a nós todos, premiando quem deve ser premiado e punindo quem precisa ser punido. Portanto, a hora de pedir misericórdia a Deus é AGORA, antes do juízo, enquanto perdura a graça de Deus. A porta do perdão ainda está aberta. Logo ela será fechada, e quem carregar seus pecados para além desse tempo, terá que responder por eles em um julgamento justo, onde a sentença corresponderá exatamente ao grau de culpabilidade de cada pessoa que não soube recorrer ao perdão de Deus no tempo de atuação da graça.

Oração: “Senhor Deus nosso Pai, não quero atravessar esse período da graça sem me valer da salvação e do sacrifício de Teu filho Jesus na cruz. Por isso, confesso que sou pecador e te peço perdão dos pecados. No dia do Juízo Final, quero estar com meus pecados confessados e perdoados, pelo sangue derramado do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Peço também o Teu Espírito Santo, para poder andar com retidão e inocência, e que Tu não me deixes cair em tentação, mas livra-me do mal. Amém!”.