ISAÍAS 2-5 CAMINHANDO PARA SER O QUE DEUS QUER QUE SEJAMOS

Quem almeja ser um pregador ou escritor bíblico, tem que ler, principalmente a Bíblia. O costume de alguns em ler apenas versículos esparsos e nunca ler capítulos inteiros e nem a Bíblia inteira, perde muito da mensagem que se quer dizer. Os capítulos 1-5 de Isaías são apenas a introdução. Os capítulos 2-5 são uma coisa só e devem ser entendidos e lidos assim. Há uma elipse, o profeta fala algo e volta a falar aquilo. Sempre que o Espírito Santo repete algo, deve isso ser prestado muita atenção.

A sinopse desses capítulos é mais ou menos assim:

2.1-5 Bençãos

2.6-4.1 Maldições

4.2-6 Bençãos

5 – Maldições

No comentário de Isaías de John Oswalt, ele fala assim: “Os capítulos 2–4 formam a segunda maior unidade na seção introdutória, capítulos 1–5. Como tais, descrevem nos termos mais severos o contraste entre o que Israel se destina a ser e o que ele de fato é. Por certo que esse é o Israel como simbolizado em Judá e Jerusalém (2.1a), mas as referências a Jacó (2.3,5,6) e Israel (4.2) indicam que não é meramente o estado político de Judá/Israel que abarca a visão de Isaías. A unidade percorre um círculo completo do ideal para o real e volta novamente ao ideal. G. A. Smith vê uma dialética em operação onde as visões utópicas de um jovem, um profeta um tanto ingênuo (2.2–5), são aprimoradas por meio do sério conflito com a realidade (2.6–4.1).”

1 - Visão de Isaías, filho de Amós, sobre Judá e Jerusalém: 2 -No final dos tempos, o monte do Templo de Javé estará firmemente plantado no mais alto dos montes, e será mais alto que as colinas. Para lá correrão todas as nações. 3 - Para lá irão muitos povos, dizendo: “Venham! Vamos subir à montanha de Javé, vamos ao Templo do Deus de Jacó, para que ele nos mostre seus caminhos, e possamos caminhar em suas veredas”. Pois de Sião sairá a lei, e de Jerusalém a palavra de Javé. 4 - Então ele julgará as nações e será o árbitro de povos numerosos. De suas espadas eles fabricarão enxadas, e de suas lanças farão foices. Nenhuma nação pegará em armas contra outra, e ninguém mais vai se treinar para a guerra. 5 - Venha, casa de Jacó: vamos caminhar à luz de Javé.

Nessa série de revelações, Isaías teve uma visão sobre Israel, dito Judá e Jerusalém, o que deve ser entendido como a igreja, onde no final dos tempos todos os povos correrão para lá, para encontrar ensinamento. Lá haverá paz.

É significativo que Isaías comece os capítulos 2-5 falando sobre um Israel que não condiz com a realidade. Depois que ele fala o que será Israel, ele regride mostra o Israel atual, idolatra, pecador, abominável, desagradando ao Senhor sempre. Isaías foi acusado de ingênuo, o que se quer pensar, principalmente porque é o inicio do seu ministério profético. Ele viu um Israel ideal e não o real. De certa forma é isso que o Espírito Santo quer nos falar, o que seremos, mas sabendo bem quem somos.

Já foi dito que o cristão é o único que sabe toda a sua trajetória de vida. Ele sabe de onde veio (do pecado), sabe para onde vai (para Deus) e sabe onde está no caminho (na jornada). O caminho, a jornada é o caminho de aprendizado, de quebra do passado e caminhada para o que será. Mas no momento ainda da caminhada, ele vai errar muito ainda, até começar a não errar e começar a acertar. A meta é não errar, a meta é não pecar. Nada é desculpa para pecar, o crente tem que se esforçar diuturnamente para não pecar. E quanto mais pecador ele for, ou mais tiver impulsos, fomes não preenchidas maior será sua luta para vencer o seu pecado. Mas isso não é motivo para desistir e nem para ficar pecando.

Esses capítulos devem ser lidos assim, Deus sabe quem quer que a gente seja, mas sabe quem somos agora. Deveríamos ser reais conosco mesmo e compreender isso também. Não sou perfeito, mas não sou mais aquela pessoa de quando aceitei o evangelho. Com o tempo, e quanto mais na presença de Deus, mais somos mudados, transformados em nova criatura. A cruz de Cristo é a primeira entrada, para a fé. Lá levamos o nosso pecado para ser morto. Morto o pecado ressuscitamos. O Novo Testamento tem quatro livros, quatro evangelhos, que falam da cruz de Cristo e vinte e três que falam o que é Novo Nascimento. O problema é que o nosso Velho Homem crucificado vive ressuscitando. Devemos alimentar o Novo Homem e quanto mais alimentado, mais forte ele será.

Na verdade vemos poucas pessoas convertidas na igreja e a culpa é nossa como pregador. Deveríamos focar em ensinar as pessoas o que é ser um Novo Homem e como vencer o Velho, mas a igreja quando fica pregando sobre derrotar o gigante, ou fazer campanha de sete dias em volta de Jericó, não ajuda nada. Ficar com um discurso parecido com o cristão, mas no fundo esquisito, como Moisés apostólico é bobeira pura, perca de tempo. A igreja não vive a Nova Natureza porque não há quem pregue. É necessário. Você quer uma igreja cheia de gente não convertida ou de gente convertida? Para que haja convertidos você tem que pregar o que converte. Ensine, aprenda, o que é o Novo Nascimento.

Isaías 2-5 fala o que seremos, mas sem esconder o que somos.

Amém.

Fique na paz.

pslarios
Enviado por pslarios em 26/10/2023
Reeditado em 26/10/2023
Código do texto: T7917292
Classificação de conteúdo: seguro