Estruturas Heliocêntricas

Entende-se por energia uma resultante de certas interações da matéria. Esta resultante se dá sempre em nível subatômico, pela movimentação de partículas elementares. Esta movimentação, uma vez iniciada, no início dos tempos, é ininterrupta, tendendo sempre à estabilidade. A dimensão do tempo, entretanto, permite que as partículas subatômicas interajam de diferentes modos e formas, resultando em diferentes campos de atuação, que por sua vez necessitam de diferentes meios de estabilidade. Logo, a estabilidade de um campo, não é necessariamente a estabilidade de outro. Sucessivamente, estas interações modificam-se, as partículas alteram-se, não funcionando mais com o comportamento anterior, miscigenando-se e estabelecendo novas ordens moleculares.

Existem diferentes formas de propagação energética, Todas advindo de uma mesma origem, a saber, do comportamento atômico. Este comportamento gera o movimento, que repercute em energia de radiação, eletromagnética, calor e atração.

A única fonte energética do planeta Terra é a estrela amarela à qual orbita. Embora muitas formas de energia radiativas cruzem a Terra, estas não são aproveitadas pelo que se considera ‘vida’. Cerca de 1% de toda a energia solar é aproveitada pelos seres vivos, o restante é devolvido ao espaço ou retido em forma de calor.

O aproveitamento pelas formas de vida é feito no nível molecular. Os seres autótrofos, capazes de produzir seu próprio sustento, o fazem por intermédio de energia solar. Estes seres utilizam-se de água, dióxido de carbono e da energia luminosa para, pela agitação de moléculas intracelulares, produzirem glicose, substância de ligações altamente energéticas. Desta transformação resulta o composto necessário à respiração ou fermentação celular.

A fermentação é um processo mais antigo do que a respiração, tendo provavelmente se iniciado quando a atmosfera do planeta não apresentava oxigênio em abundância. A fermentação apresenta também uma quebra incompleta da molécula glicose, embora seja realizada por todos os tipos de células.

A respiração celular, diferente da fermentação, ocorre com a presença de oxigênio. A célula realiza uma quebra mais completa das moléculas sacarídeas da hexose glicose. Esta quebra resulta em dióxido de carbono, água e energia. O dióxido de carbono é eliminado pela célula, a água é aproveitada em processos diversos e a energia – a mesma armazenada no processo fotossintético, ou seja, a mesma fornecida pelo Sol – é armazenada em moléculas de difosfato de adenosina, que passam a se chamar trifosfatos de adenosina. Esta molécula tem a capacidade de guardar a energia em sua ligação com o terceiro fosfato, podendo utilizá-la a qualquer momento rapidamente, devido à sua grande solubilidade em água.

Sobre a formação da molécula de adenosina difosfato, pode-se dizer que é feita com um nucleotídeo (base nitrogenada adenina unida a uma ribose e um fosfato) à qual se une outro fosfato. Um terceiro fosfato só conseguirá se unir mediante a captação de muita energia, o que ocorre durante a quebra dos sacarídeos hexoses, formando assim o trifosfato.

As células autótrofas fazem todo o processo de fotossíntese, fermentação e respiração. As células heterótrofas fazem apenas a respiração e a fermentação, sendo necessário que os heterótrofos retirem sua glicose dos autótrofos, direta ou indiretamente.

Assim, toda a energia e a vida resultante do processo de absorção energética, advém do Sol. Os compostos químicos nas formas moleculares como se encontram formando o ambiente – assim como suas reações – também são resultantes da ação da temperatura do Sol. Pode-se classificar as formas de estruturas orgânicas e inorgânicas existentes nesta parte do cosmo como estruturas heliocêntricas, pois formam-se e transformam-se de acordo com o campo energético solar.

DoctorD
Enviado por DoctorD em 01/06/2008
Reeditado em 03/06/2008
Código do texto: T1015218
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