NÃO AO TABAGISMO: QUERER É PODER!

Voltando ao assunto...

As prevalentes estatísticas nos mostram que está mais que consolidado o papel do tabagismo na implicação de diversas doenças em todo o mundo.

A cada pequeno espaço de tempo a humanidade computa a somatória de vidas amputadas, muitas delas precocemente, relacionadas ao hábito de fumar e as doenças campeãs a lideraream o "ranking" dos óbitos são as que acometem os aparelhos cardiocirculatório e o respiratório.

Outras várias condições estão relacionadas ao vício do tabagismo, como a aceleração das doenças degenerativas, os canceres de todo o aparelho gastrointestinal, urinário, e nas mulheres, o tabagismo também está relacionado à evidência de maior incidência do câncer de mama.

O tabagismo é uma doença séria e cronica classificada como drogadição e a despeito de toda campanha de conscientização sobre seus malefícios à saúde, ainda é, dos vícios, o socialmente mais aceito.

Interessante lembrar que o poder da indústria do cigarro é tão grande, que mesmo as advertências explícitas estampadas nas suas embalagens, que nos trazem as várias fotos dos seus agravos à saúde, não impedem que os dependentes da nicotina o consumam.

É como cometer CONSCIENTEMENTE um suicídio a passos lentos, se é que podemos considerar que as doenças desencadeadas pelo tabagismo são tão lentas assim. Algumas são rápidas demais!

No meado do século passado, o tabagismo era tido como sinal de alto status social e as propagandas relacionavam o poder de garantida ascensão social relacionado ao "charme" do hábito de fumar, e os jovens eram os mais precocemente arrolados ao vício.

Embora numa escalada descendente, relacionada até à nossa recente e abençoada lei que restringe o hábito em espaços públicos, ainda hoje há um apelo enorme ao tabagismo, embora já se perceba um nítido aumento da procura espontânea para a ajuda ao abandono do vício.

Vale ressaltar que a NICOTINA, apenas uma das inúmeras substâncias químicas venenosas absorvidas pelo organismo depois dum único cigarro, é considerada altamente viciante, e a literatura científica fala em poder de vício maior que o das mais temidas HEROÍNA E COCAÍNA.

Após circular na corrente sanguínea a NICOTINA se liga aos receptores cerebrais nicotínicos e lá deflagra uma inundação cerebral de DOPAMINA, relacionada à forte sensação de compensação (locus do prazer) e da baixa da ansiedade.

Assim que a inundação se esgota, e o tal tempo é varíavel entre as pessoas, o fumante logo sente a necessidade de acender outro cigarro instalando-se assim o danoso círculo vicioso do próprio vício.

Eu precisaria de dias para falar do tabagismo, porém minha intenção aqui é outra: a de sensibilizar o fumante a procurar as AJUDAS CIENTÍFICAS MODERNAS JÁ DISPONÍVEIS EM TODO O MUNDO.

Todos o médicos, independentemente de suas especialidades, estarão aptos para prestar os devidos esclarecimentos aos pacientes fumantes quanto às armas farmacológicas disponíveis, inclusive as mais recentes que ajudam em muito o abandono EFETIVO do tabagismo.

Também gostaria de ressaltar que o nível de envolvimento com a "paixão pelo cigarro" é variável entre os fumantes, e é necessário um tempo de SENSIBILIZAÇÃO "preliminar" também muito variável, entre o momento em que se pensa em parar e o momento no qual definitivamente se pára.

Outro fato interessante a esclarecer é que o abandono pode precisar de várias tentativas até que caminhe para o alcance do seu êxito, porém nunca desanime de parar se encontrar dificuldades.Tal ocorrência faz parte do processo. É assim na vida, e é assim com qualquer compulsão dos vícios.

Enfim, gostaria muito de aqui ter atingido o meu objetivo: o de estimular os fumantes que nesse momento me lêem a abandonar o seu vício e sua intrínseca e incontestável indução à autodestruição.

Acredite: você pode largar, é principalmente uma questão de opção .

Se decidido, apenas procure seu médico e nele tenha um verdadeiro amigo, aquele que o ajudará a trilhar pela vida com mais saúde e mais qualidade.

Nossa vida é o nosso maior bem e não é inteligente destruí-la.

Boa sorte.