MAL DE ALZHEIMER DO INICIO AO FIM

MAL DE ALZHEIMER DO INICIO AO FIM

O mal de Alzheimer precisa ser diagnosticado cedo, antes que a pessoa desenvolva um estágio severo de demência, indicam novos estudos. Já faz 27 anos que os princípios para diagnosticar a doença foram estabelecidos. Desde 1984, pesquisas mostram que o Alzheimer é um mal que começa décadas antes de a demência se manifestar. Agora, apresentações feitas no Instituto Nacional sobre Envelhecimento e Associação do Alzheimer, nos Estados Unidos, dividiram a doença em três estágios, sendo uma delas muito prévia aos sintomas mais graves:

1) Demência, incluindo deficiências mentais não tão graves como aqueles previamente necessários para o diagnóstico de Alzheimer.

2) Prejuízo cognitivo suave. Esta nova categoria inclui pacientes com alterações na capacidade de memória e de pensar que não os impedem de exercer funções do dia a dia, mas que sugerem fortemente que o paciente irá desenvolver demência do tipo Alzheimer.

3) Doença pré-clínica. Novos estudos reconhecem que o processo de desenvolvimento da doença começa antes de haver qualquer sintoma. Mas, por enquanto, não há testes bons o suficiente para constatar se uma pessoa está neste estágio.

?) Talvez a maior mudança é a forma como os médicos vão diagnosticar a demência do tipo Alzheimer - diz ao site "WebMD" Gary Kennedy, psiquiatra geriátrico especialista no tratamento de pacientes com a doença no Montefiore Medical Center, em Nova York. - O novo componente aqui é que você não precisa ter comprometimento da memória para ter demência do tipo Alzheimer. Eles estão aumentando os critérios para diagnosticar demência. Se você tem problemas para fazer planos, se adaptar a mudanças no seu ambiente, ou lapsos que comprometem seu envolvimento social com outras pessoas, você pode ter o mal de Alzheimer, mesmo que sua memória não seja tão ruim.

Outras pesquisas:Um diagnóstico precoce para o Mal de Alzheimer

Nova também é a constatação de que é possível identificar pessoas com comprometimento cognitivo leve, cujo agravamento dos sintomas provavelmente refletem um estágio inicial do mal de Alzheimer. Os critérios para diagnosticar comprometimento cognitivo leve devido à doença são:

Preocupação por parte do paciente, um membro da família, amigo ou médico sobre mudança na função mental, especificamente a memória, capacidade de resolver problemas, habilidade com linguagem, espaço, visão ou atenção.

Evidências objetivas, geralmente resultados de testes, mostrando que um paciente tem uma ou mais dessas mudanças nas funções mentais.

- A pessoa ainda é independente e capaz de lidar com todas as funções do dia a dia. Ela não sofre de demência.

O problema, claro, é que muitas pessoas com comprometimento cognitivo leve negam a condição.

- O critério, então, precisa de refinamento - afirma Kannedy. - Este é mais um diagnóstico provisório. É por isso que a pesquisa dá ênfase a biomarcadores.

Biomarcadores são testes que detectam o processo da doença. Exemplos são exames de níveis de colesterol para prever riscos de doenças cardíacas ou testes de glicose no sangue para prever diabetes. Eles estão sendo desenvolvidos para o mal de Alzheimer, mas ainda não estão disponíveis para uso clínico, exceto em certas situações bem definidas.

jurinha caldas
Enviado por jurinha caldas em 22/04/2011
Reeditado em 16/10/2013
Código do texto: T2923644
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