Saúde no Brasil.

Crise na Santa Casa de São Paulo reflete realidade do setor filantrópico:
A possibilidade de o pronto-socorro da Santa Casa de São Paulo fechar as portas é mais um indicativo da grave crise financeira enfrentada pelas “Santas Casas e Hospitais Beneficentes”.

Eu Penso que o Problema relacionado á Saúde em São Paulo e no Brasil, é muito mais causado por má administração do que por falta de Recursos. Porque eu digo Isso. Pelo simples fato de já ter trabalhado no Setor Financeiro de um Grande Hospital.

Ta certo que o maior problema da Saúde no Brasil é a “Corrupção”, mas esta corrupção que tantos comentamos esta infiltrada desde nossas residências até a Presidência da Republica, o que quero dizer com isso? Quero dizer que temos de Educar nossas crianças ensinando como é maléfico e canceroso para a própria população esta tolerância que temos, e que achamos ser normal “o Brasileiro” ser corrupto.

Com relação á má administração de Determinadas Instituições, veja bem não estou afirmando que este é o caso! Mas como disse anteriormente conheço uma parte da história, a que vivenciei.

Com isso pensamos: O Governo deveria fazer uma auditoria nestas instituições para realmente saber como são feitos todos os tramites de faturamento, do custo real á venda!
Mas que exemplo o Governo dá, para ser eleito como tutor, Auditor ou Analista de alguma coisa, se vê todos os dias noticias de corrupção declarada em todo o Sistema Político no Brasil.

Infelizmente meus amigos, enquanto nós acharmos que corrupção é coisa normal, no Brasil viveremos assistindo de camarote a degradação de todos os Sistemas; Saúde, Educação, Justiça, etc.

Eu tenho medo até de pronunciar meus pensamentos, acho que estamos fadados á conviver com este mal, este câncer, esta gangrena que apodrece as Instituições Sérias e as não tão serias assim, em Nosso Amado Brasil.

Este é meu pensamento, baseado em Noticias e dados expostos em todos os meios de comunicação, nada posso afirmar, nem estou culpando alguém ou algo ou quaisquer Instituições, penso que se carapaça servir, use-a, se não servir, descarte-a.


Segue abaixo o Relatório da OMS com Relação a Corrupção.

A Organização Mundial da Saúde aponta suas baterias contra um poderoso inimigo: a corrupção. Essa agência da ONU, com sede em Genebra estabeleceu como um de seus objetivos, lutar por mais transparência no fornecimento e na regulamentação dos insumos e medicamentos. Segundo dados da OMS, se gasta perto de US$ 50 bilhões por ano em produtos farmacêuticos, "um mercado enorme e muito vulnerável à corrupção", diz a organização.

"Somos conscientes de que existe corrupção de vários tipos tanto em países de baixa renda quanto entre os de renda alta", disse Guitelle Baghdadi-Sabeti, do Departamento de Políticas e Pautas para Medicamentos da OMS. Essas práticas ilícitas "causam perda de grandes quantidades de dinheiro que poderiam ser usadas para comprar remédios muito necessários ou contratar mais pessoal nas instituições médicas", disse Baghdadi-Sabeti à IPS. "Em poucas palavras, a corrupção no setor da saúde mata. Mas graças à imprensa, de certa forma essas práticas vêm à luz", acrescentou. A OMS reconhece que "a corrupção é um problema complexo, imenso e difícil de resolver".

A Transparência Internacional, com sede em Berlim, estima que entre 10% e 25% do gasto público em logística de fornecimento, incluindo o setor de saúde, se perdem devido à corrupção. Em nosso meio, o mal esclarecido "escândalo das ambulâncias" também conhecido como CPI dos Sanguessugas melancolicamente vai caindo para a vala do esquecimento. "Isso é uma aberração quando se sabe que os pobres lutam contra uma dupla complicação: A pesada carga das doenças e a dificuldade de ter acesso a medicamentos", disse o subdiretor-geral de Tecnologia da Saúde e Produtos Farmacêuticos da OMS, Howard Zucker. "As nações devem enfrentar este problema e garantir que os preciosos recursos destinados à saúde sejam bem aproveitados", acrescentou.

O objetivo da OMS é frear a corrupção na área da saúde pública através de um enfoque que contempla três etapas, cuja aplicação pode ajustar-se à realidade de cada nação, explicou Baghdadi-Sabeti. A primeira etapa consiste em avaliar a transparência e a vulnerabilidade diante da corrupção das funções-chave nos sistemas de logística nacional e das autoridades que respondem pelas regulamentações em matéria de medicamentos. Em segundo lugar, devem ser desenvolvidos e aplicados contextos éticos que promovam a boa administração na saúde pública, mediante um processo de consulta consensual. Finalmente, é preciso socializar o contexto ético nacional através da capacitação de funcionários quanto aos princípios de boa gestão em saúde pública.

A OMS também ressalta que, em nações de baixa renda, o gasto com remédios pode chegar a 50% do custo total da atenção sanitária. Isso significa dizer que "as práticas corruptas são extremamente prejudiciais para os orçamentos de saúde". Segundo esta agência, a corrupção pode aparecer em diferentes etapas da cadeia do fornecimento de medicamentos, começando por funcionários públicos subornados para permitir o registro de remédios que não atendem aos requisitos necessários.

No mês passado, a OMS também lançou outra campanha mundial, junto com mais 20 organizações, para lutar contra a venda de remédios falsificados. Mais de 30% dos medicamentos da América Latina, sudeste da Ásia e África subsaariana são adulterados, segundo um estudo conjunto da OMS, da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e o Pharmaceutical Security Institute. Em muitas ex-repúblicas soviéticas estes produtos podem representar mais de 20% do valor de mercado, enquanto nas nações industrializadas, com fortes mecanismos de regulamentação, representam menos de 1%. O estudo também assinala que mais de 50% das vendas ilegais feitas pela Internet são de remédios falsificados.

FONTE : http://www.superig.com.br/ /Último Segundo/ dezembro, 2006