A DIETA DA JUVENTUDE E BELEZA ETERNA

Hoje a humanidade se debate em pesquisas científicas a procura de cura para tantas doenças, atrás de vitória contra o envelhecimento e o utópico triunfo contra a morte. Para sobrevivermos à gestação, ao nascimento, a infância e alcançarmos o fim da vida aos setenta e cinco ou oitenta anos contamos com um fabuloso arsenal de exames, vacinas, remédios, cirurgias incríveis e gigantescos investimentos no conhecimento do corpo humano e recursos para tratá-lo. Não obstante todo esse conhecimento, ironicamente, é comum pessoas submetidas a tratamentos rigorosos, como cirurgias e radioterapias, por exemplo, entrarem num vertiginoso sistema de sofrimento e declínio da saúde que só termina quando a morte chega. Muitas vezes se impede que a pessoa morra num momento que entendemos precoce, mas as sequelas e sua evolução para a morte irremediável tornam-se muito piores que a morte. Aí cumpre o ditado que diz que “quanto mais se mexe ‘(...)’ mais fede.

Mais eficiente do que as máquinas que criamos, os corpos vivos são capazes de fazer a própria manutenção, reconstruindo os tecidos de órgãos lesionados até restaurar-lhes as funções ao estado mais perfeito possível, substituindo também tecidos em todo o sistema num processo repetitivo que dura desde dois anos, quando ele completa a reconstrução de toda parte carne, à quatorze anos, quando completa a reconstrução da estrutura óssea.

Tal sistema e processo são tão completos e perfeitos, seguindo a um plano de sustentação infalível da vida, que nem precisaríamos de médicos, exames e remédios. Ou seja, nosso corpo foi programado para não morrer, mas buscar recursos nas últimas instâncias para continuar vivendo. O que estaria errado, se, apesar de todo esse trabalho do corpo, adoecemos, envelhecemos e morrermos, é que todos os nossos gostos, especialmente as preferências dietética, nos levam à exaustão do sistema, à insuficiência e esgotamento, ao processo de falência e morte. Costumeiramente não gostamos do que produz saúde e vida e tratamos o cuidado da saúde como cafonice.

Já vai muito longe o tempo de pensarmos em nosso corpo como algo místico e sobrenatural. Muitas vezes já disse que somos máquinas complexas, sensíveis, fortes e perfeitas, mas não infalíveis, pois, como as máquinas de ferro e plástico, sofremos desgastes e danos e desgaste existe mesmo no sistema perfeito. Entretanto, nosso sistema de escolhas força muito mais esse desgaste e, além do mais, ocasiona danos. Não podemos, por exemplo, utilizar o carro ou outra máquina com excessos, com descuido, de forma violenta, e nem podemos utilizar nelas, para funcionamento e manutenção, equipamentos e suplementos inadequados, fora da bitola e de material impróprio, pois as danificamos, acelerando-lhes o desgaste e o fim da utilidade. Pessoas relapsas no uso e cuidado dos seus equipamentos, comumente moram em casas mal cuidadas, usam carros desgastados, envelhecidos e cheios de problemas, e seus equipamentos domésticos e de trabalho mais atrapalham do que ajudam. Assim mesmo é o nosso corpo, que não é nada estranho a lei da física.

Se considerarmos que, como as casas, os carros e máquinas em geral, fomos projetados, veremos que, como os projetistas e engenheiros das máquinas que criamos, o Projetista e Engenheiro de nós criou também os insumos (energia e materiais) ideais para o nosso funcionamento e manutenção, pondo-os inesgotáveis na natureza, de onde tiraríamos e tiramos ainda a nossa sustentação. Um sistema artificial de lógica construído com peças, fios e cabos feitos de material inferior terá dificuldade na transmissão dos dados e as informações chegarão cortadas, distorcidas e modificadas, causando não só prejuízo ao usuário do sistema, mas também outros danos e prejuízos no próprio sistema. De igual modo, para que o sistema de lógica vivo e humano processe e transmita as informações que digito agora e as entenda corretamente é imprescindível que o processo se faça num sistema construído com material adequado e se transmita através desse meio utilizado energia de qualidade. Captamos mal, processamos inadequadamente as informações e aprendemos pouco e errado, entendemos errado, formando opiniões equivocadas, que conduzirão nossa vida de forma a nos acarretarem problemas de relacionamento, angústia, desgosto, ressentimento, ódio, cansaço, esgotamento físico e mental, sofrimento, doença, dores e, por fim, a morte porque fazemos o trabalho de captação, processamento e transmissão das informações através de nosso sistema de lógica debilitado por causa do tanto que exigimos dele, além da ineficiência que lhe ocasionamos por obrigá-lo a manter-se, construir-se e reconstruir-se com material inadequado e energia imprópria. E essa deformação no processo e transmissão das informações que captamos de forma errada faz que prefiramos cada vez mais alimentos e líquidos que nos fornecem material impróprio e insuficiente, que será utilizado para reconstrução incompleta e deformada dos tecidos de nosso sistema de lógica e outros órgãos do corpo, pelo que eles serão ineficientes, repetindo continuamente esse ciclo deficitário. Assim, cansamos, deformamos nossos genes, atrofiamos funções, adoecemos, sofremos e morremos.

Entretanto, os materiais e energia ideais para o trabalho de manutenção e restauração de nosso sistema de lógica (processamento das informações, captação, reconhecimento de problemas, resposta e monitoramento de todo o sistema) e para o trabalho de manutenção e restauração do corpo sempre estiveram a ainda estão disponíveis na natureza, nos alimentos vegetais e frutas, que são feitos dos minerais extraídos da terra e desses minerais é que somos construídos, portanto, nada mais lógico e óbvio do que o funcionamento de nosso corpo, sua manutenção e restauração sejam feitos utilizando esses materiais na medida certa requerida de cada um.

Se não seguimos esse plano, somos como o pedreiro que utiliza borracha em lugar de tijolo, ou o mecânico que utiliza esferas de madeira nos rolamentos do carro. Imagine o resultado. Na verdade, nossas ações quanto a sustentação, manutenção e restauração do nosso corpo são muito mais absurdas, pois, comendo preferencialmente carne, damos muitos tijolos para o pedreiro e nada de cimento e, tampouco as ferramentas, querendo que ele reconstrua a parede sem elementos de ligação entre os tijolos. Comendo farinhas, açúcar e líquidos contaminados, como os refrigerantes e bebidas em geral, saturamos o pedreiro de energia, força e vontade alucinada de restaurar a casa, mas a restauração não acontece, pois não lhe fornecemos o plano ideal e tampouco os materiais necessários.

O plano ideal previa a sustentação do corpo e sua manutenção completa, sem déficit de material de construção, energia de trabalho e plano de ação (que é a execução completa do código genético correto). Ou seja, o plano ideal previa manter o corpo eternamente, sem perdas pelo caminho que cumulassem em declínio e morte. Quando Deus criou nossos primeiros pais eles viveriam eternamente, mas isto não se daria por mágica, tampouco por milagre inexplicável do ponto de vista da física, mas pela maravilha do trabalho inteligente e eficiente de um corpo programado para restaurar-se completamente do desgaste normal de seu trabalho de funcionamento. E o corpo faria esse trabalho sistemático de auto-manutenção através de um trabalho eficiente utilizando somente o material ideal, na quantidade requerida, fornecido pelo sistema de sustentação, que o extrairia unicamente das “ervas” e frutas, como Deus diz ao final do primeiro capítulo do livro de Gênesis (*Gên. 1:29-30). Entretanto, porque, em função de um paladar carnívoro, no decurso do tempo, a humanidade acostumou-se e transformou em cultura o fornecer somente proteínas para os reconstrutores do corpo, definhamos e passamos a morrer depois de viver centenas de anos e, na continuação, fomos deformando nossos genes e transmitindo deformações geneticamente até reduzirmos nossa estatura, adoecermos e morrermos cada vez mais cedo. Descobrimos, porém, hoje, aos poucos, e ficamos por isto maravilhados, que as plantas, as ervas, os legumes e frutas são excelentes como remédios para o combate a muitas doenças, como se as vacas, após milênios tentando pôr ovos como as galinhas, de repente descobrissem que podem dar leite. Então agora passamos a utilizar as ervas, os legumes e as frutas por prescrição de uns poucos médicos para curar doenças que não teríamos se utilizássemos essas ervas, legumes e frutas como meio de sustentação, como alimento, e daí jamais ficaríamos doentes.

Observe, os vegetais e frutas naturais não são remédios, são os meios normais de sustentação e manutenção da vida, são a comida que deveríamos consumir cotidianamente e jamais precisaríamos de remédios.

Quão avessos temos sido, invertendo os valores dessa maneira e “utilizando filosoficamente avião como automóvel”, apesar de toda a inteligência e conhecimento científico que produzimos e pensamos possuir. Mantemos nossa vida de maneira tão desajeitada e ilógica, ouvindo as mentiras de que o homem tornou-se inteligente quando começou a comer carne, o que é uma brutal burrice, pois o efeito é exatamente contrário. Na verdade, não comemos carne por necessidade, apenas arrumamos em uma ou outra declaração de alguns médicos a justificativa para comê-la e satisfazer nossa voracidade, nosso paladar. Em nada a carne pode nos fazer mais bem do que o bem que a grama (vegetal) faz aos animais cuja carne consumimos. Se simplesmente pensarmos no que comem os animais cuja carne comemos imaginando que nos tornaremos inteligentes, veremos que, ao comê-los, nada mais comemos do o que eles comem, porque a carne deles que comemos é construída do que eles comem e a força e inteligência que presumimos extrair da carne deles eles retiram do vegetal que comem. Porque pensaríamos então que ao comer o que eles comem quando comemos a carne deles ficaríamos inteligentes se o que eles comem em estado bem mais primário e puro não os torna inteligentes? Precisamos, portanto parar de ir atrás das “pérolas de conhecimento” (crendice e superstição) de pessoas que refutam o conhecimento de Deus. É por seguirmos essas crendices que a humanidade torna-se cada vez mais irracional e violenta, incapaz de diferenciar entre justiça, injustiça e igualdade; é por seguirmos essas superstições que a humanidade sofre, maltrata-se, faz guerra entre si, rouba-se, explora-se, abusa-se, adoece, sofre dor, angustia-se e morre. Você quererá continuar nesse esquema tão falto de inteligência?

Pense nisto: Ao final do primeiro capítulo de Gênesis, após terminar a criação dos animais e do ser humano, Deus disse que deixara para os animais comerem todas as ervas do campo e para os seres humanos as ervas e as frutas lhes seriam por mantimento. E Ele concluiu dizendo que tudo estava muito bom. Observe a ênfase, Deus disse: “eis que tudo estava muito (muito) bom”. E tudo seria eterno. Gênesis 1:29-31: Disse-lhes mais: Eis que vos tenho dado todas as ervas que produzem semente, as quais se acham sobre a face de toda a terra, bem como todas as árvores em que há fruto que dê semente; ser-vos-ão para mantimento. E a todos os animais da terra, a todas as aves do céu e a todo ser vivente que se arrasta sobre a terra, tenho dado todas as ervas verdes como mantimento. E assim foi. E viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. E foi a tarde e a manhã, o dia sexto.

Wilson do Amaral