DEPRESSÃO O MAL DO SÉCULO

DEPRESSÃO O MAL DO SÉCULO

“Passe o dia com otimismo. Este dia não será igual aos outros. Neste, há outros raios de sol, outras experiências, outras ideias que você deve aproveitar. O dia está a sua disposição e em tudo depende de você. Se você crê ser este dia de oportunidades, progresso e alegrias, terá como resultado realizações, simpatias e sorrisos”. (Lourival Lopes).

Dizem os estudiosos que a depressão é o mal do século, mas o que seria mesmo depressão? No sentido mais simples, a depressão está definida como a ação de deprimir-se, abaixamento de nível, achatamento ou cavidade profunda e abatimento físico ou moral. Nessa definição vemos que a palavra depressão está conotada em duas variantes, a do terreno e a do físico humano. A doença que afeta 17 milhões de brasileiros poderá ser detectada por exames de sangue e de imagens cerebrais e não mais apenas por avaliação dos sintomas feita pelo psiquiatra. Esses recursos também permitirão um melhor tratamento.

A depressão é o tipo de condição emocional que não podemos permitir que nos envolva. O espírita tem conhecimento a esse tipo de enfermidade, que causa certo desânimo com clima de desânimo considerado veneno que corrói lenta, surdamente, a vida. É o verme destruidor nas melhores realizações de nossa vida, é uma praga que arrasa serviço. É fruto envenenado da ilusão que alimentamos a nosso respeito. A depressão pode nos levar a melancolia. Melancolia é doença, vírus quase mortal, invade a desatenta alma é como veneno letal.

Para os religiosos a melancolia é a doença da alma, é um estado nostálgico onde nos entregamos sem vontade de lutar, sem disposição, sem entusiasmo para nada. Como afirma Lourdes Carolina Cagete seria como se fôssemos alienígenas na nossa própria casa, no trabalho, na rua, nos entretenimentos e algo mais. Os melancólicos crônicos já morreram e não sabem... A depressão causa medo? Quem nunca topou com esse monstro devorador de sonhos? Normalmente ele nasce no momento em que temos de tomar alguma decisão importante em nossas vidas. “Começou a ser usado no Brasil, por exemplo, o teste MD Metal. A partir de uma amostra de saliva, ele analisa o DNA para identificar variações em genes ligados ao metabolismo e a eficácia de medicamentos psiquiátricos”. “Ajuda o médico a prever a resposta a mais de 40 antidepressivos”.

Sigmund Freud, em seus estudos sobre o superego, se deparou com uma forma de depressão conhecida por melancolia, que segundo ele, diferiria do luto em apenas um ponto: não haveria necessariamente uma perda para tais indivíduos manifestarem tristezas, senão uma perda narcisista. O narcisismo é a mania dos que olham no espelho como o Narciso da fábula ou se envaidecem facilmente. Na psicanálise, o narcisismo, designa o estado em que a libido é dirigida ao próprio ego. Na psicologia o ego é o eu de qualquer indivíduo e a experiência que o indivíduo possui de si mesmo.

Em “luto e melancolia” Freud investiga a melancolia, um estado patológico, a partir do paradigma do luto, um estado normal. Analisar as causas da depressão creiamos que não sejam fáceis para os profissionais da psiquiatria. A estimativa de melhora com aplicação de antidepressivos é de apenas 30% dos indivíduos acometidos de depressão. Segundo o laboratório Roche, os biomarcadores ou marcadores biológicos são entidades que podem ser medidas experimentalmente e indicam a ocorrência de uma determinada função normal ou patológica de um organismo ou uma resposta a um agente farmacológico.

Os biomarcadores podem ser de diversos tipos, ou seja, fisiológicos (funções dos órgãos), físicos (alterações características em estruturas biológicas), histológicos (amostras de tecidos obtidas por biopsia) e anatômicos. Podem ser células específicas, moléculas, genes, enzimas ou hormonas. Provavelmente os mais relevantes em investigação médica são os marcadores bioquímicos que podem ser obtidos com relativa facilidade a partir de fluidos corporais e que estão ao dispor dos investigadores. Os biomarcadores podem ser usados na prática clínica para o diagnóstico ou para identificar riscos de ocorrência de uma doença.

Podem ainda ser utilizados para estratificar doentes e identificar a gravidade ou progressão de uma determinada doença, prever um prognóstico ou monitorizar um determinado tratamento para que seja menos provável que alguns efeitos secundários ocorram. Por vezes os biomarcadores são usados como ferramenta que pode ajudar as entidades reguladoras a decidirem sobre a aprovação de um medicamento. “A utilização de biomarcadores tem permitido a individualização de alguns tratamentos e tem permitido o desenvolvimento da medicina personalizada”.

Os biomarcadores em medicina podem ser classificados em três categorias: Tipo 0 - Marcadores de história natural de doença; Tipo 1 - Marcadores de atividade de fármacos; Tipo 2 - Surrogate markers (uma medida da atividade biológica dentro do corpo que indica o efeito de tratamento no estado da doença). Os biomarcadores avaliam pacientes em busca da definição do melhor tratamento segundo pesquisas do Instituto do Cérebro da PUC/RS. A terapia para cada paciente – Conheça os achados e os recursos mais recentes da medicina. São informações que, em conjunto com sintomas, poderão em breve ser usadas para prevenir e tratar a doença.

Podemos enumerar alguns avanços da medicina no combate a doença. Pesquisadores da Universidade Johns Hopkins (EUA) desenvolveram um exame de sangue capaz de indicar as gestantes propensas a ter crises de depressão pós-parto. O recurso, experimental, detecta dois genes alterados. –Com a finalidade de saber quais pacientes darão melhores respostas ao tratamento com o antidepressivo sertralina, um consórcio de universidades americanas rastreia substâncias no sangue e alterações cerebrais que possam funcionar como indicadores. A segunda etapa do estudo investigará as respostas ao antidepressivo bupropriona, que tem um mecanismo diferente de ação. –Na Universidade de São Paulo, pacientes já podem ser submetidos a exames de sangue para avaliar se têm metabolismo lento, normal ou rápido.

Isso interfere na absorção dos remédios e na dose necessária para que a terapia produza efeito. Ricardo Soder neurorradiologista da PUV/RS, irá explorar o potencial da ressonância magnética funcional aplicada a doentes com transtornos como a depressão. Ele procura alterações na forma como as áreas do cérebro se conectam para trabalhar em conjunto. “As imagens são comparadas às de pessoas sem as doenças. O objetivo é encontrar um teste para ajudar no diagnóstico”. Existem muitas experiências em andamento para descobrir e tratar essa horrenda doença que acometa milhões de pessoas no mundo.

Com recursos, cientistas da Universidade de Pittsburgh (EUA) descobriram que a baixa reatividade no córtex cingulado subgenual, área também envolvida com respostas emocionais, revela pacientes, mais receptivos à terapia cognitivo-comportamental. Ela se concentra na mudança de pensamentos negativos, uma marca da doença. Estudo com 23 crianças com idades entre 4 e 6 anos e diagnóstico de depressão mostrou que elas tinham uma atividade mais intensa na amígdala, área do cérebro associada a emoções. Padrão semelhante tem sido observado em adolescentes e adultos deprimidos.

Não somos cientistas e muito menos médicos, no entanto, o jornalista deve pesquisar e conhecer nuanças de algumas doenças que assolam a humanidade. A depressão está no rol dessas doenças que se não bem tratadas pode levar risco ao doente. Os seres humanos em depressão tem mais possibilidade de praticar o suicídio. Aqui vai uma indagação: “Os cérebros dos psicopatas são diferentes dos cérebros das pessoas normais”? Nos últimos 20 anos, muitos estudos têm mostrado que assassinos e criminosos muito violentos têm evidências precoces de doença mental. O estudo realizado por Pamela Y. Blake, Jonathan H. Pincus e Cary Buckner – Neurologic abnormalities in murderers, 20 a 31 assassinos confessos e sentenciados possuíam diagnósticos neurológicos específicos. Mais de 64% dos criminosos com anormalidades no lobo frontal.

Muitos comportamentos associados às relações sociais são controlados pelo lobo frontal, que está localizado na parte mais anterior dos hemisférios cerebrais. Todos os primatas sociais desenvolveram bastante o cérebro frontal, e a espécie humana tem o maior desenvolvimento de todos. Há muito tempo que os neurocientistas sabem que as lesões nos lobos frontais levam a anomalias graves em determinados comportamentos. O uso abusivo da lobotomia pré-frontal (lobos = porção, parte + tomos = corte, ou seja, corte do lobo frontal), como uma ferramenta terapêutica pelos cirurgiões em muitas doenças mentais nas décadas de 40 e 50, forneceu dados suficientes aos pesquisadores para concluir que a gênese de muitas personalidades antissociais se encontra no lobo frontal.

O PET obtém secções transversais do cérebro reconstruídas por computador, mostrando a cores o nível da atividade metabólica dos neurônios. Isto é conseguido injetando-se moléculas de glicose marcadas radioativamente no sangue de pacientes e observando o quanto dele é incorporado em células cerebrais vivas. Quanto mais ativas são as células, mais intensa é a imagem naquele ponto. Usando o PET, o pesquisador médico americano Adrian Raine e colegas estudaram assassinos com resultados surpreendentes.

Estes encontraram 41 assassinos que tinham um nível muito baixo do funcionamento cerebral no córtex pré-frontal em relação às pessoas normais, indicando um déficit relacionado com a violência. O dano nesta região cerebral notou Raine, pode resultar em impulsividade, perda do autocontrole, imaturidade, emocionalidade alterada, e incapacidade para modificar o comportamento, o que pode facilitar atos agressivos. Ficamos por aqui esperamos ter atingido os objetivos para que nos propormos; Pense nisso!

Referências:

-1)- http://mapadocrime.com.sapo.pt/cerebro%20psicopata.html

-2) Revista “Isto É” de 31 /07/2013. Ano 37-nº. 2290

-3)- http://www.biology-online.org/dictionary/Surrogate_marker

-4)--http://www.roche.pt/portugal/index.cfm/investigacao_ps/novos-desafios---biomarcadores/

5)- http://www.precepta.com.br/blog/depressao-segundo-sigmund-freud/

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ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI- DA ACE- DA UBT- DA AVSPE- DA ALOMERCE- DA AOUVIRCE- DO PORTAL CEN-JORNALISTA E PISOCOPEDAGOGO.

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 21/08/2013
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